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DEIXEI MEU CADERNO DE DESENHOS DE lado assim que vi meu irmão entrar em meu ateliê. Me entregou uma caneca com chocolate quente e sorriu.
- Obrigado. - Agradeci e ele olhou para a porta. Segui seu olhar e vi Gabriel ali, juntamente com Giorgian.
- Oi meninos, estão aqui para tirar as medidas dos novos uniformes? - Sim, eu trabalhava para o CRF. Desenhei o último modelo de blusa deles.
Eles concordaram e fui pegar a fita para tirar a medida deles. Já havia tirado a de Pedro, então ele optou por sair e ir descansar um pouco. Tirei as medidas do Arrascaeta e agora seria a vez de Gabriel. Assim que ele chegou perto, nossos olhares se encontraram em um delicioso contato visual.
- Vocês se esqueceram, que dentro deste ateliê eu também existo... - Escutamos a voz de arrascaeta cantarolar com o sotaque e rimos, quebrando o contato.
Lacei a fita na cintura de Gabriel e anotei no caderno. Arrascaeta parecia uma criança imperativa, não parava um momento quieto. Isso piorou quando ele achou uma peruca e um pano enorme em um dos meus armários. Pedro estava passando um tempo minha casa, já que moramos no mesmo bairro. Eu já havia terminado de tirar as medidas deles, mas Giorgian estava fazendo graça e nem vimos o tempo passar.
O de madeixas claras desfilava pelo ateliê com a peruca e o manto sobre o corpo, arrancando risadas minha e de Gabriel. Peguei meu celular para gravas, sem ele perceber e rimos quando ele se virar de frente para a gente e paralisou assim que vou a câmera, já que estava de costas para a gente.
- Deixa de ser besta e vamos deixar a Pedro segunda fazer o trabalho dela. - Gabriel deu um leve tapa na nuca da loira falsificada a nossa frente.
- Não se preocupem, eu estava sem nada para fazer. Querem um lanche? Posso preparar -
- Não queremos atra... - Gabriel foi cortado pelo uruguaio.
- Já que insisti tanto na nossa presença, eu aceito - Deu um sorriso e eu acabei não aguento e ri.
- Certo, vamos - Guiei eles até a cozinha, mesmo eles já conhecendo o caminho.
Preparava o lanche enquanto conversava com ele. Vi Pedro parar em frente a bancada, aonde os outros dois jogadores também estavam escorados.
- Pedro, pode pedir para o Pulgar vir aqui amanhã? - Falei e Pedro concordou.
Mirei meus lumes a Gabriel e vi ele me olhar, um olhar indecifrável. Mas eu conhecia bem aquele homem e sabia que ali havia ciúmes, mesmo a gente não tendo nada. Ainda.
- Pulgar? HMMMMMM, tá pegando o Pulgar! - Arrasca disse após roubar um sanduíche que eu havia feito.
- Não, ele só pediu um terno, apenas. - Entreguei um sanduíche para Gabriel, que pegou e continuou a me olhar.
- Sei, bom, irei dar uma perturbada no Pedro. Tchauzinho. - Arrascaeta pegou o outro sanduíche, levando para Pedro que já havia saído da cozinha a alguns minutos.
Dei uma mordida generosa no sanduíche, Gabriel olhava para mim enquanto tinha um sorriso no rosto.
- Oque foi? Tem algo no meu rosto? - Passei as pontas dos meus dedos no canto dos lábios.
Gabriel negou rindo e se aproximou, passando seus dedos do meio em meus lábios, e em seguida os atacando em um beijo. Não tive tempo de raciocinar, seus lábios se movimentavam sobre os meus e suas mãos apertavam minha cintura de uma forma provocante. Me deixei levar, retribuindo o beijo daquele homem. Após a falta de ar se fazer presente, nos separamos.
- O Pulgar ainda é melhor que eu? - Ele perguntou, levemente Ofegante.
- Hm.. não sei, você terá que se esforçar muito para me provar. - Falei sorrindo, recebendo um sorriso de volta.
- Então terei tempo para isso - Lhe olhei confusa. Sem entender sua fala. - Eu gosto de você, só quero que seja minha. Namora comigo?
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