ME SENTEI EM UM DOS BANCOS COM MEU irmão e esperei o jogo começar, faltava poucos minutos.
Era Real Madrid x Cádiz, eu não torcia para o Real, mas meu irmão era obcecado. Reclamei com Luccas que não queria sentar nos bancos perto do gol, já que algumas pessoas com bandeiras grandes do Real Madrid atrapalhava nossa visão.
Qual é a necessidade de sentar na frente? Esse povo está com um negócio gigante e senta na frente. Bando de otários.
•••
O jogo já estava rolando 1x1, meu irmão estava gritando igual um doido. Claramente um fã de coração, já que o homem que estava ao meu lado nem se levantar, ele fazia questão.
Mais alguns minutos se passaram e logo senti um impacto muito forte em meu rosto.
Caralho, alguém quer me matar?
Vini Jr.
Chutei a bola e percebi ela ir para a arquibancada, eu não consegui enchergar aonde tinha chegado, mas escutei alguém gritar do banco, era Rodrygo que estava de no banco hoje, por reclamações de dor na perna.
— VOCÊ QUEBROU O NARIZ DA GAROTA, MIRA BOA EM — Arregalei os olhos e corri até lá, vi alguns enfermeiros passando algo no nariz da garota.
— Tendremos que llevarla a la enfermería, me dolió mucho. — Escutei um dos enfermeiros falar e me senti culpado.
Tive que voltar ao jogo normalmente, mas iria procurar a garota depois para me desculpar.
SN.
Estava sentada na maca enquanto o enfermeiro colocava curativos em meu nariz.
— Deu sorte que não quebrou — Ele disse em espanhol e eu nada disse.
Esse jogadorzinho que chutou a bola me paga! E se me paga.
— Irá demorar para melhorar? — Ele negou e guardou as coisas assim que terminou de colocar o curativo em meu nariz.
Depois de alguns minutos vi três jogadores entrar na sala.
Eu ia conhecia, muito bem. Luka Modrić, Vinícius Junior e Rodrygo Goes.
— Isso tá bem feio em — Rodrygo disse e eu revirei os olhos.
— Espero que meliore rápido! — Modrić disse devagar e com dificuldade. Dei uma risadinha ao escutar ele falar.
— Sinto muito pela bolada, não foi proposital. — Vinícius Júnior se aproximou e eu arregalei os olhos. Ele era ainda mais bonito de perto.
— Tudo bem, não foi sua culpa — Me ajeitei e sai de cima da maca.
— Llamemosla para comer una, coxinha? — Luka tombou a cabeça para o lado e fiz uma cara confusa ao pronunciar "coxinha".
Acabei rindo e Rodrygo deu um tapinha fraco em sua nuca.
— Liga não, ele parece um bebê aprendendo a falar. — Goes disse e eu dei um sorriso.
— Então, aceita sair com a gente? Te pago um lachão. — Vinícius disse e eu o olhei.
— Se for assim, eu topo.
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