IV: Virei pai de pet?

5 2 0
                                    

Nada como um treinamento com Salem para distrair minha mente de todo o negativismo que ela carregava desde as horas anteriores, o sol estava nascendo em meio aos nossos rápidos golpes, Salem fazia uso de sua corriqueira lança luminosa enquanto eu estava usando a Sköfnung mais uma vez, manusear uma espada bastarda não era tão difícil de portar se comparar com a Ascalon, que era uma espada longa, nem mesmo o peso que exigia o uso das duas mãos me afetava por conta da própria condição de vampiro, cortes em arcos diagonais eram feitos para repelir as estocadas velozes do armamento brilhante como o ouro. Salem havia cometido um equívoco, movimentou o corpo em um arco com sua lança, visando atingir minha clavícula com sua lâmina, nisto rodei o tronco em direção da lança e preparando um corte na diagonal, a lâmina se deslocou velozmente contra o ar e se chocou contra a lança, minha sorte era que daquela vez estava segurando a arma com ambas as mãos, pois, o choque dos ataques criou uma onda de choque, jogando meu corpo um pouco para trás, ocorreu o mesmo com o anjo, mas como ele voava, não havia perdido parte ou totalmente sua postura.

— Então, você disse que iria me explicar a história dessa arma. Qual vai ser a ideia, Salem? — O questionei, avançando.

O anjo parou o corpo no ar, parecendo se preparar para receber meu golpe, consistente em um salto no ar, segurando Sköfnung em ambas as mãos e por sua vez, executando um golpe da direita para a esquerda, que foi facilmente driblada pelo ser alado, batendo as asas contra mim e afastando-se no processo, meus pés mal tocam o solo e já tentei mais um golpe, projetei o corpo com um impulso em meio à manter a espada em ambas as mãos, direcionada ao anjo em uma poderosa estocada, por pouco não o acerto, isto pois, Salem separou as mãos do meio da haste e segurou o objeto a frente de seu corpo, fazendo os artefatos se colidirem e me impactar novamente ao solo, caindo sentado na cobertura, senti uma escala até que considerável de dor.

— O Sköfnung é um artefato construído a partir das doze almas de bárbaros, e por sua vez tem sua força de corte juntamente de sua durabilidade muito superior graças à este contrato, ela também podem causar ferimentos que ocasionam em efeitos de decaimento. — O anjo deu um rasante apontando sua lança para meu peito, defendi segurando a arma em uma mão e jogando o ombro esquerdo para a direita, forçando meu braço à elevar a espada em um aparar poderoso, aquilo deu tempo o suficiente para levantar e ajeitar a postura.

— Mas porque minha mãe não conseguia desembainhar ela? — Salem veio em minha direção enquanto fazia tal pergunta, prontamente separei levemente as bases das pernas, aparando com alta perícia cada um dos golpes de arco longo, no caso esticar o braço ao máximo enquanto segurava quase na extremidade oposta à ponta, para aumentar o alcance do objeto. — Tipo... ela parecia estar bem calma quanto às condições da arma, mas não comentou nada sobre sua história ou algo além do próprio nome dela. — No fim da sucessão dos golpes repelidos de Salem, iria virar a lâmina para baixo, apoiando meu peso como se fosse uma bengala.

— Mulheres não tem permissão para usar essa arma, em resumo, a espada não pode ser desembainhada por uma mulher por conta de seu espírito superprotetor, digamos que ele... faria tudo para salvar a vida de uma donzela junto de seu portador, mas se recusaria a entrar em combate contra uma.

Bufei um pouco insatisfeito, se a espada tinha tantas coisas legais, porque o único prejuízo dela é simplesmente ser a lendária lâmina nórdica do Gadão Guerreiro... Salem não avançou ou fez menção de novas movimentações acerca do novo combate, o que me fez apenas puxar a espada daquela cobertura e segurar o armamento com as duas mãos. Pelo menos, podia usar aquele item como um porrete, caso fosse enfrentar alguma criatura feminina.

— Eu tô pronto, vou tentar selar essa arma. — Firmei meus dedos com força contra o cabo de Sköfnung concentrando novamente em tentar fazer o selo assim como em Ascalon. — Juro que irei manusear e portar este armamento com sabedoria e pelo bem dos inocentes, para expurgar o mal proveniente dos pecadores sem salvação.

Os Contos de Nova Atlântica II: A Provação dos SeteOnde histórias criam vida. Descubra agora