IX: A Melodia da Tecelã

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Lindo e esplendoroso. Eram as duas palavras que podia dizer sobre o que era a Ilha de Santa Sofia, o local parecia uma antiga metrópole grega, com uma infinidade de belezas arquitetônicas, era como se aquele lugar fosse uma das maravilhas do mundo antigo que foi preservado até os dias atuais. Sério, espero que um dia vocês consigam entender o que estou dizendo. Aparecemos em uma praia movimentada por crianças, adultos e idosos usando roupas que era uma confusão de eras históricas, com isto, olhei para Virtua e Salem que pareciam estar em casa, pude perceber outra coisa em comum, todos ali eram seres celestes, assim como o casal de anjos que tinha me recepcionado, isto sem contar as criaturas de formas indescritíveis que ilustraram muito bem as muitas maneiras diferentes que retratavam os anjos e diferentes castas.

— Esse lugar é maravilhoso! — Disse olhando ao redor, tentando capturar todo detalhe que o litoral da ilha poderia proporcionar à minha visão.

— Bem vindo ao nosso lar, Santa Sofia. — Virtua sorriu para mim, o que me deixou uma pulga atrás da orelha.

— Nosso lar? Isso significa que estamos no céu?!

— Não, jovem Gael. — Salem riu com delicadeza. — ainda estamos no plano material. Acontece que Santa Sofia é um local em que os anjos e alguns santos junto de seus beatos usamos de intermediário para ajudar as almas que se perderam no limbo ou que mereceram sair do purgatório.

— Entendi, isso é real de pirar o cabeção. — Cocei a nuca olhando para o horizonte daquela cidade onde havia uma montanha com sete templos diferentes adornando de sua base até o topo, se a construção já parecia ser enorme ali daquela distância, imaginei o quão gigantesco seria visitar aqueles locais.

— Bem vindos meus amigos! — Disse uma voz estranha, rouca.

Um homem que com certeza não passava dos trinta anos, chegava correndo com altivez em nossa direção, este não era um dos alados, e se vestia com uma toga grega bem simples, seus cabelos era um emaranhado platinado presos em um arco de ouro que parecia simular uma auréola. ele passou por nós acenando para Salem antes de se jogar nas águas límpidas assim como alguns outros indivíduos ali.

— Homero, animado como sempre. — Constatou Virtua como se falasse de um velho conhecido.

— Homero? Tipo o Homero Homero mesmo? — Questionei atordoado, tá de sacanagem que o fodendo Homero, estava ali brincando na água com outros indivíduos como quem sei lá fazia uma festa na piscina.

— Ele foi o primeiro que descobriu essa ilha. Antigamente esse local era chamado de Campos Elíseos.

Tá de sacanagem! Além de ter visto um dos caras mais influentes da cultura ocidental, eles estavam me dizendo que estou pisando em um dos locais mais místicos e sagrados de um panteão, aquele pequeno evento foi um ponto que iniciou a minha curiosidade para estudar mais sobre aquele lugar, e o motivo da mudança de nome muito provavelmente estava relacionado com a própria Santa Sofia, mas aquilo seria história para outro momento, já que outra figura alada chegou pousando, este tinha pele bronzeada, cabelos encaracolados e um nariz bem longo além de um queixo pontudo que dava um tom bastante caricato ao homem, quanto às suas vestimentas, este usava uma armadura completa feita com um metal límpido, que fazia contraste com suas asas cor de terra.

— Galadriel Drummond, sua presença foi requisitada pelo Conselho dos Sete. — Disse o anjo, enquanto isso, Salem e Virtua viraram seus olhares para mim.

— Vamos esperar você voltar, que o Pai Celestial guie o seu caminho. — Disseram em uníssono antes de ruflar as asas.

— E que ele esteja com vocês também. — Respondi enquanto iria seguir a condução do outro anjo.

Os Contos de Nova Atlântica II: A Provação dos SeteOnde histórias criam vida. Descubra agora