O Astro Rei estava irrompendo do céu negro quando finalmente encontrei o caminho certo para pelo menos voltar à residência Matos. Pela quantidade de sangue que havia consumido, não iria precisar forçar nenhuma alimentação pelo menos por um ou dois dias além, cruzei meu caminho com Kairós, que aparentemente estava indo para a Academia Vera Cruz.
— E aí Sirius, a noite foi longa pelo visto hein? — Disse o meio elfo, com um sorriso amigável.
— Pode apostar, acabei encontrando alguns imprevistos que me impediram de chegar mais cedo. — Bocejo. — Mas aí, porque você tá saindo tão cedo assim?
— Ah, nada demais, é que plantei cogumelos lunares e preciso colher eles antes das sete, e toda vez que vou entrar na estufa do colégio ficam enchendo a minha paciência perdendo tempo fazendo nada. — Kairós explicou, nisto estendeu o punho em minha direção, trocando um "soquinho". — Aí, o lance da mulher lá da televisão, o pai ficou muito nervoso com ela.
— Não se preocupe, ela é um trabalho que podemos lidar com cautela. — Respondi mantendo a serenidade no olhar, convencendo o jovem que apenas se despediu indo para o destino dele.
Passando pela varanda pude ver Alice cuidando de alguns dos animais junto de Niko, que parecia estar um pouco mais alegre do que o normal. Não fui importuná-las, apenas me dirigi para o interior da casa, em busca de um rápido banho. Desta vez, a água fria caía sobre meu corpo enquanto imaginava quais seriam as provações daquele conselho, encerrando aquela higiene corporal, faria uso das roupas autolimpantes e ajustáveis recebido da bruxa e da garota, secando-me antes de trajar uma camisa sem mangas pretas e uma bermuda floral verde junto de chinelos de borracha azuis, estava bem à vontade naquela manhã. Desço as escadas após deixar a toalha pendurada em algum canto do quarto de hóspedes encarando Jeremias que vinha subindo os degraus.
— Eu preciso falar com você. — Disse. — É sobre a Cassandra, acho que sei uma maneira dela não sair querendo matar todo mundo.
— Você encontrou algo ontem à noite? — O demônio franziu o cenho.
— Não, na verdade isso é só uma hipótese, se ela quer o carisma de todo mundo para ela, como assim a mesma seria responsável por tipo, querer se vingar dos humanos, ela supostamente herdou o veículo de maior destaque do país e pode cativar o máximo de pessoas possíveis para isto. Para ser sincero Jeremias, o seu plano de derrotar todas as sete para acabar com o Equinócio parece ser muito nebuloso ainda. Gwynevere com certeza não vai dar uma de louca e começar a ter um instinto genocida e a Cassandra simplesmente não pode fazer isto, seria um tiro no próprio pé... ou tentáculo.
— Você tem um ponto, mas, mesmo assim, vamos precisar de confirmações, por mais que tenhamos uma das sete aparentemente do nosso lado, existem mais seis que claramente planejam fazer alguma coisa. — Jeremias apoiou o peso do corpo no corrimão, fitando um quadro na parede. — Mas de todo modo, elas estão afiliadas com seus respectivos demônios e precisam ser paradas antes que sejam completamente influenciadas por eles.
— E isso é possível? Pelo menos no Purgatório, quando libertei Gwyn do Asmodeus, ela parecia não estar sendo influenciada por ele. — Cruzo os braços.
— Acontece que entra no mesmo critério que mencionei antes, Gwyn foi morta e enviada ao purgatório antes de fazer o pacto com ele, logo, não teve a experiência de usar seu poder, não se tornou passível de ser seduzida à cobiça e se render cada vez mais ao pecado que poderia a representar. Ela tem facetas da luxúria, mas, não é exatamente algo que pode ser usado contra nós pelo Asmodeus. — Completou o homem.
— Tenho outra notícia, não vou poder à todo tempo atender os chamados, digamos que eu esteja sendo testado. — Completei. — Eu vou continuar enfrentando casos que envolvam crimes e fatores do tipo, mas, não à todo tempo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Os Contos de Nova Atlântica II: A Provação dos Sete
Fantasía"Hey, pessoal! Animados para mais uma jornada de tirar o fôlego? Depois de uma luta épica com um boneco de borracha que se achava o próprio pecado em forma de brinquedo, a gente nem teve tempo pra tomar uma coquinha gelada. A vida de caçador de mist...