X: O Lendário Tigre Gordo Monge e Funkeiro.

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Ok, o elevador não subiu tão rápido quanto havia pensado, pelo menos demorou tempo o suficiente para relembrar algumas músicas que conhecia enquanto tocava naquele violão, ah é, o selei no Ofanim então o objeto estaria bem protegido pelo artefato enquanto não estivesse em combate. Também tinha pensado em um nome para ele também mas, nada vinha, estava começando a pensar que estava em uma crise de criatividade.

Outro fato interessante, foi o que Qiang Mei estava falando sobre minha "energia arcana", segundo suas palavras, eu poderia ser capaz de usar das artes místicas, porém, não fazia ideia de como começar e sim, eu sei que praticamente namoro uma das sete bruxas mais poderosas do país e tudo mais, só que no fundo, não queria pedir ajuda à Gwyn logo de uma vez. Mei de fato me ensinou uma pequena parcela de sua feitiçaria, visto que quando estava focando muito em alguma coisa ou até mesmo em alguma nota nova, sentia que minha mente acelerava o raciocínio com a mesma proporção que a minha percepção de mundo ao redor se tornava mais vagarosa, aquilo poderia ser meu ás quando precisar usar velocidade. Estava tão distraído com o violão mágico que nem tinha notado a parada do elevador até que raios solares invadiram a gaiola, tirando a minha atenção do instrumento, no qual, curiosamente consegui selar no novo Ofanim, será que ele já contava como uma arma?

— Muito... claro. — Constatei.

Saindo do elevador, me deparo com uma paisagem bastante florestal, com pequenas casinhas no horizonte e alguns templos menores, de uma coisa tinha certeza, algum deles provavelmente era justamente a passagem para o próximo andar, por mais que sabia que estava dentro dos andares do templo, os dois andares pareciam mundos de tão amplos e também com suas próprias características. Com certeza não caminhei por cem metros antes de ouvir o ar sendo cortado por alguma coisa que vinha em alta velocidade, foquei os sentidos mesclando um pouco a prática que tinha usado de tentar manifestar a tal energia mágica citada por Mei, tive um estranho formigamento puxando minha atenção para cima, onde uma figura cresceu à medida que caía, prontamente desvio da ofensiva do que diabos era aquilo.

— Argh, ele não é preguiçoso! — Disse uma figura entre a pequena massa de fumaça terrosa. — Yo, você que deve ser o Gael!

— Você quase me matou! Tá ficando maluco?! — Protesto, apenas para ser respondido com um punho alaranjado direto em meu ombro, aquilo foi feito para me afastar, e bem feito, já estava longe o suficiente para não levar o soco.

Quando a fumaça se dissipou, dei de cara com uma imagem no mínimo bizarra, um Folk monge vestindo uma bermuda longa na altura dos "joelhos", camisa sem mangas azuis e um óculos que muito provavelmente ele poderia ter roubado da Gangue do Castunfo antes de "encontrarem Jesus".

— Yo! Eu sou O Lendário Tigre Gordo Monge Chamado Baguete. — Disse o Folk, resumindo um pouco para vocês, um Folk é basicamente o mesmo que usar o termo "animal antropomórfico". — E você vai ser treinado na Arte da Diligência.

— Rápido assim? — Aquilo foi algo genuinamente irônico, até porque no andar anterior, teria lutado contra Qiang Mei e sua técnica envolvendo a paciência. Mas, de algo precisava ser claro, diligência não era nada comparado à impulsividade. — Então vamos logo, Baguete. — O que?! Eu não disse que não iria ser impulsivo em momento algum!

— Esse é o espírito! — O Folk cantarola enquanto faz algo que realmente me deixou confuso. — E o meu nome é O Lendário Tigre Gordo Monge Chamado Baguete!

Sem mais nem menos, O Lendário Tigre Gordo Monge Chamado Baguete fez algo que com certeza seria digno de que apenas Jeremias seria capaz, retirou de um bolso nas costas, um carretel junto de um tipo de figura de papel, representando uma grande serpente, me lembrou vagamente de balões que tinha visto em uma peça bem antiga. Se ele iria lutar com algo que com certeza não era uma arma de verdade, não ia fazer mal se eu fizesse o mesmo, chamei o instrumento musical ainda sem um nome muito maneiro simplesmente porque não pensei em nada até agora, meus dedos já estavam prontos em seus fios da seda de Mei enquanto a canhota já preparava um acorde.

Os Contos de Nova Atlântica II: A Provação dos SeteOnde histórias criam vida. Descubra agora