Capítulo 19

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SINA DEINERT

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SINA DEINERT


Acordei sozinha no quarto, notei que não estava sentindo mais tanta dor. Não consigo acreditar que ele fez isso comigo, me bateu como se tivesse educando um filho.

Levanto com dificuldade e vou até o banheiro fazer minhas necessidades. Tomo um banho para relaxar meus músculos e não paro de pensar em tudo que aconteceu, será que minha vida seria isso a partir de agora? Teria que viver com medo de Noah? Medo das consequências dos meus atos. Mesmo eu não sendo a culpada, eu sinto como se estivesse fazendo tudo errado.

Noah tem um temperamento muito forte, e isso está me deixando com receio.

Quando termino meu banho e saio do banheiro, vejo Noah sentado na beira da cama me olhando.

Observo ele rapidamente e vejo que ele está usando outra roupa, provavelmente passou a noite enfiado no seu escritório como sempre.

- Como você está princesa? - diz ele me olhando da cabeça aos pés.

Seu olhar está vago mas não dou importância para isso. No momento estou com muita raiva de Noah. Não posso abaixar minha guarda. Ele tem que perceber que o que fez foi errado.

- Como você acha que estou me sentindo? - pergunto indo até o closet com dificuldade.

Ouço um rosnado dele e vejo pela minha visão periférica ele se levantando da cama e passando a mão nos cabelos o bagunçando.

- Sina não quer ser punida de novo quer? - ele fala andando em minha direção. Seu olhar está denunciando sua raiva.

Eu me tremo inteira quando vejo ele vindo em minha direção me fazendo recordar da noite passada. Ele para na mesma hora de vir até mim quando percebe minha reação. tento controlar minha respiração que começou a ficar irregular.

Ele é um mafioso. Não posso abaixar a guarda mas também não posso provocá-lo. Ele é meu marido, e pela lei da máfia, ele pode me punir da forma que achar necessária.

- Vamos descer para tomar nossa café da manhã. - ele fala virando as costas.

Percebo que sua voz ficou mais tranquila como se nada tivesse acontecido.

- Não estou com fome. - falo nervosa.

Não quero ficar perto dele, pelo menos não agora. Olho para as minhas mãos e elas estão trêmulas.

Ele para de andar, vejo que ele está respirando fundo. Provavelmente deixei ele bravo. Ele se vira e vem em minha direção, o mesmo gruda sua mão em meu rosto apertando minha bochecha que dói pela sua agressividade.

Fico quieta para não bater em sua mão como eu fiz ontem a noite. Não quero ser punida.

- Não está com fome, meu anjo ? Então não vai se importa de ficar o dia todo nesse quarto. Vou deixar a porta aberta, mas se ousar sair daqui vou te aplicar um castigo pior do que o de ontem. - diz ele e logo sai fechando a porta. Mas logo em seguida ouço um trinco.

Acho que ele mudou de ideia sobre deixar aberta. Vou até a mesma para ter certeza que está trancada, e sim está.

Por que ele estava fazendo isso comigo? A culpa era dele. Mas Noah está tentando fazer com que eu seja a culpada.

Vou para o closet e troco de roupa, coloco uma mais confortável e volto a me deitar na cama.

Horas depois...

Estou deitada e vejo o sol forte lá fora, provavelmente já está na hora do almoço, ouço a porta ser aberta e vejo a Betina. Ela está com o semblante sério mas vejo que seus olhos estão avermelhados, como se tivesse chorado por horas.

- Aqui está seu almoço senhora - diz ela em um tom seco.

Olho para ela confusa por está me tratando daquela forma, ela sempre foi muito gentil mas agora estava arisca.

- Está tudo bem Betina? - digo levantando e andando até ela.

Ela me olha com muito ódio, o que me faz recuar.

- Como você tem coragem de me perguntar se eu estou bem? Depois de tudo que seu marido fez para minha família? - ela fala apertando a bandeja com força em suas mãos.

- Desculpa não estou entendendo. - falo confusa.

O que Noah tinha feito?

- SEU MARIDO MATOU A MINHA FILHA - ela grita com muita raiva e desaba a chorar.

Aquilo foi um baque para mim, ele não teria coragem de fazer aquilo. Matar uma moça tão jovem por nada.

- O-oque? - gaguejo não acreditando.

- Ele torturou ela até a morte por sua causa - diz ela me olhando com nojo.

Dou um passo para trás, ele matou sua filha por ter feito a gente brigar? Não posso acreditar nisso.

- Ele arrancou todos os seus dedos e depois jogou ácido no seu corpo, tudo isso lentamente, até ela chegar a óbito - diz ela com lágrimas nos olhos.

Me lembro quando entrei no escritório, ela estava tocando ele, então é claro que ele arrancaria seus dedos. Aquilo me fez ter vertigem.

- Não, não. Noah nunca faria algo do tipo, ele pode ser um mafioso mas...

- Ele é um monstro - ele fala olhando para o chão.

- Ele...Ele...

- A culpa é só sua, como pode não fazer absolutamente nada? - fala me olhando com raiva.

- Eu não sabia...

- Como não? Ele é Noah Urrea. É conhecido por suas crueldades com as pessoas.

Fico confusa, eu ouvia algumas histórias dele mas algumas não levava a sério.

- Me desculpe senhora Betina, eu não fazia ideia que ele iria matá-la - falo sendo sincera.

- Eu achei que você fosse melhor do que as outras mulheres da máfia, mas vejo que me enganei - fala deixando a bandeja na cama - Só para a senhora saber, ele deixou seu corpo dentro de uma mala na frente do meu quarto - Ela fala e sai do quarto.

Eu não posso acreditar que Noah teria feito isso. Aquela menina tinha feito errado quando se aproximou dele mas não era motivo para matá-la.

Eu era a culpada.

Eu deveria ter imagina que ele iria atrás dela, mas estava tão preocupada com a minha dor que não pensei.

Eu fico em estado de choque, passo pela porta e vou correndo até seu escritório.

Bjsss Mary

My Angel - Noart Onde histórias criam vida. Descubra agora