Tudo o que o amor faz

Capítulo 16 - Descobertas catastróficas

Sam já está em casa aguardando Tee e Jim. Aproveita e liga para Becky:

- Oi amor! Como você tá?

- Oi baby, por aqui tudo tranquilo. Ai, sinto sua falta o tempo todo Sam... Como vamos resolver isso?

- Eu também sinto amor. Ainda estou pensando como resolver, mas eu vou conversar com o treinador dos meus cães e ver o que ele sugere, de que forma podemos fazer uma aproximação segura. Você não tem medo de cachorro né? - diz Sam.

- Medo? Não, nunca tive de nenhum! Depois te mostro as fotos que tenho aqui dos que já tivemos.

- Isso é bom porque uma pessoa com medo vira presa para eles.

- Tomara que pense em algo baby porque eu... bem... - diz Becky.

- Fala amor, você o que?

- Ah, Sam, eu quero morar com você! Eu, você e James! Nossa família sabe? Não consigo pensar em nada que eu queira mais!

Sam, sente seu coração acelerar porque nunca, em nenhum dos seus melhores sonhos imaginou que Becky pudesse querer o mesmo que ela, dessa forma. Uma família!

- Princesa, nossa! Eu nunca fui mais feliz em toda vida! Sim, quero o mesmo que você e prometo aprender todo dicionário do James e nunca mais fazer café da manhã! - Sam sorria sem parar.

Tee e Jim chegam. Apesar de aparentemente Sam estar bem, os três sabem que o assunto é sério e precisam de um plano.

- Tee, hoje resolvi testar o tal do Boripan. Na hora de atingir o alvo passei a arma pra ele e ele ficou super nervoso e adivinha? Não conseguiu matar o cara, só feriu. Ele não sabe atirar! Ele não foi contratado para a função que minha mãe diz.

- Que merda Sam! E ele parece ser leal como um cachorrinho a sua mãe. Merda!

- Então, eu andei pensando Tee... Você é muito respeitada dentro da organização, é à você que minha mãe confia os contrabandos mais importantes e lucrativos.

- Sim, isso é verdade Tee. Todos te respeitam - concorda Jim.

- E eu sou a herdeira desse maldito negócio, gostando ou não. O que estou pensando é arriscado, mas acho que temos que tentar. Vi na gravação das minhas câmeras de segurança alguém rodando meu portão, mas os cães afugentaram a pessoa. Sinto que temos pouco tempo para fazer algo.

- E o que você pensa Sam? - pergunta Jim.

- Bem, sabemos que 90% da organização só obedece minha mãe por medo. Sabem que se for contrariada ou se tentarem sair, a morte é certa. Mas eu sei que todos eles tem família e imagino que se pudessem escolher não ter entrado para a organização, não teriam entrado.

A maioria são pessoas de pouca instrução e tenho certeza que minha mãe recrutou oferecendo possibilidade de ganhar muito dinheiro. Eu preciso conseguir a lealdade deles.

- Mas Sam, eles tem medo! Você acha que eles iriam arriscar? - diz Tee.

- Amiga, precisamos tentar. Se não conseguirmos com todos, pelo menos alguns. Sei que algo vai acontecer. Você acha que consegue reunir um grupo para eu falar com eles? Quero fazer uma proposta. - diz Sam.

- Não sei, mas posso tentar. Claro, terei que tomar cuidado e ver quem não possa nos trair. Mas tenho alguns que conheço, que são pais de família e realmente não gostam nem um pouco de fazer parte disso.

- Tee, você tem que tomar cuidado com quem vai falar - diz Jim.

- Eu sei amiga, mas como disse Sam, temos que tentar.