Leitores, sei que está sendo difícil e sofrido acompanhar a história, mas acredite que pra mim é igual. Porém preciso responder a todas as perguntas deixando tudo esclarecido e passar por tudo isso é necessário. Sejam fortes!
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Becky
Já faz uma semana da separação de Becky e Sam. Becky continuava seus afazeres, praticamente como um robô. Atendia todos com simpatia porém não sorria mais. Acordava, mandava James para creche, fazia suas massas, atendia os clientes, fechava a loja com Yuki, colocava James pra dormir e ia para seu quarto.
Esse era o único momento que ela se permitia chorar abraçada as roupas de Sam que tinham ficado lá e Becky se recusava a lavar:
- Tem o cheiro dela, eu preciso ter pelo menos isso... Ah, Sam.. sinto tanto sua falta! - E adormecia toda noite agarrada a uma roupa de Sam chorando sentindo seu coração sangrar.
Sam
Sam não atendia telefonemas, não lia mensagens, não queria contato com ninguém porque ela sabia que a única pessoa capaz de tirar ela do abismo que estava era Becky, só Becky. E Becky não viria, nunca mais! Sam se acostumou com a dor no seu peito. Não tinha o que fazer.
Quando se alimentava eram dos pacotes de biscoitos e água. Não sentia fome, não sentia nada que não fosse saudade e dor. A única coisa que fazia diariamente era alimentar seus cães, mas nem brincar com eles conseguia mais. Os cães pareciam sentir a tristeza de sua humana.
Sam se sentia mais sozinha do que nunca em toda sua vida e decidiu que durante o dia ficaria com os únicos seres que não faziam perguntas e lambiam suas lágrimas. Pegava um colchonete, um travesseiro, uma manta e deitava perto do canil ficando ali até anoitecer quando subia e depois de uma ducha rápida deitava em sua cama olhando para sua formiguinha na cabeceira da cama.
Sam perdeu muito peso, os cabelos antes brilhosos e bem cuidados, hoje era um emaranhado de fios que ela não tinha a menor preocupação em pentear. "Se enfeitar para que?".
Uma tarde Jim e Tee aparecem em seu portão, tocam o interfone e esperam a porta da sala abrir. Para o espanto e assombro delas, surge uma figura de pijama no quintal. Sam estava irreconhecível!
- Sam! Minha nossa senhora! O que ... Deus Sam... você não atende mais o telefone, não responde mensagens - diz Jim.
- Não tenho muito o que falar Jim.
- Vamos ficar conversando aqui no portão? Precisamos falar com você Sam - diz Tee.
- Tá, vou prender os cães.
Entraram e encontraram a casa de Sam um verdadeiro caos. Pacotes vazios de biscoitos espalhados, copos, roupas jogadas. Sam sentou na poltrona com as pernas encolhidas para cima e não parecia estar ali, sua mente estava longe.
- Sam, você já se olhou no espelho? Você já viu como está com cara de defunto? E sua casa? Parece uma lixeira! Que diabos Sam! - disse Jim.
- Não Jim, não quero me olhar no espelho. Não tenho mais motivos para me enfeitar, não tenho fome, não quero fazer mais nada Jim.
- Foi impressão minha ou você estava deitada no canil? - pergunta Tee.
- Não foi impressão não. Eu costumo passar o dia deitada com eles. Pelo menos eu não preciso falar nada e eles não perguntam.
- Sam em nome de Deus, você quer morrer de inanição? Você já viu o quanto está magra e pálida? - fala Jim indignada.
- Amiga, eu morri quando perdi ela.
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Tudo o que o amor faz
FanficKhun Sam. Herdeira da família Samanan. Família poderosa da Tailândia que tem como principais negócios o tráfico de drogas, armas e assassinos de aluguel, sendo Khun Sam a mais letal de todas. Criada desde cedo para ser fria e evitar envolvimentos pe...