14.

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They don't know about the up all nights
They don't know i've waited all my life
Just to find a love that feels this right
Baby, they don't know about, they don't know about us.

They Don't Know About Us, One direction.


— Como assim? – Me fiz de desentendido, levantando depressa, quase correndo para a cozinha na tentativa de ganhar mais tempo pra inventar uma mentira.

Falho. Jay estava logo atrás de mim.

— Você me entendeu muito bem, Louis Tomlinson. – Ela se escorou no batente da porta, proibindo minha saída da do cômodo que eu acabara de entrar.

— Pare de me chamar pelo sobrenome. – Resmunguei.

— Me responde a pergunta que eu fiz a você. – Sua voz estava mais grave agora, me deixando nervoso.

Eu podia sentir o suor se formar na minha testa.

— Mãe... – Suspirei, virando para olha-la nos olhos. — Eu não gostaria de fala sobre isso agora.

— Filho, – Caminhou até a mim, suspirou, fez um carinho delicado nas minhas bochechas, perdendo um bom tempo admirando meu rosto, sorriu triste e disse: — eu ando preocupada com você, sabe? – Continuei parado no lugar, recebendo seu chamego. — Meu bem, você tem andado estranho. Retraído, quieto demais. – Então ela percebeu? — Isso tem algo relacionado com Jake?

Sim, mamãe. Tem tudo a ver com com Jake.

— Não. – Engoli o seco, olhando para os meus pés.

— Você sabe que eu sei quando mente, não sabe? – Que droga, o que eu devo falar para ela agora?

Suspirei vencido, decidido que não tinha muito para onde correr. — Mãe, – Meus lábios já tremiam, meus olhos agora encontravam-se marejados, minhas mãos seguravam a sua com força, me sentindo seguro para chorar o que anda entalado havia tempo. — não sinto mais nada pelo Jake.

Fechei os olhos, sentindo a primeira lágrima rolar pela minha bochecha.

— Oh, amor... – Ela me puxou para um abraço, quebrando toda a barreira e pose de brava que havia construído. — Eu sinto muito.

Mamãe afagou meus cabelos, sentindo meu choro molhar sua camisa de dormir, entrelaçando os braços no meu pescoço enquanto eu soluçava baixinho.

— Eu não sei como resolver isso. Não sei mesmo. – Agora eu envolvi sua cintura com meu abraço.

— Querido, – Johannah segurou meu rosto, secando minhas lágrimas com seu polegar. — o amor é a coisa mais simples e complexa do planta, ao mesmo tempo. – Ela mexeu num fio de cabelo que caia sob minha testa. — Mas eu tenho certeza absoluta que o amor é leve, lindo, puro, mágico, acolhedor e seguro. – Era tão bom escuta-la, tão bom. Eu me sentia como se tivesse recebendo o conselho de um sábio, que viveu tanto ao ponto de saber todos os segredos do mundo. — Você não precisa complicar o que pode ser resolvido com facilidade, filho.

Como assim?

— Facilidade? – Funguei, franzindo o cenho.

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