Mommy.

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Eu ainda tentava processar o que tinha sido aquele dia. Eu acordei doente, estava tremendo de frio e com febre. Tudo aconteceu tão rápido! Wednesday veio me acordar, viu que eu estava mal e prometeu que cuidaria de mim. Me deu banho, me vestiu, me medicou, e ainda fez o meu café da manhã. Me senti mal por enxergá-la com outros olhos, quando a mesma me via como a "menininha" dela.

Confesso que quando estava naquela banheira, só conseguia imaginar ela ali comigo. Foi esquisito, porque ao mesmo tempo que ela estava ali para me ajudar e cuidar de mim, seus olhos demonstravam outra coisa. Pareciam me desejar.

Ouvi quando o recipiente para o meu banho, que estava em seu colo se chocou contra o chão. Ela estava parada, não tinha como tê-lo deixado cair se não estivesse imóvel. Quando ouvi o barulho, rapidamente abri meus olhos. Eu tinha cochilado, estava relaxada demais no momento. A encarei e a vi ficar sem jeito, desviou o olhar para a minha toalha e fez menção em pegar para que eu pudesse me secar e sair. Só então, pude perceber como eu estava; minha perna havia pendido para o lado, — o joelho, para ser mais específica.

Eu estava totalmente aberta em sua frente, não é como se eu estivesse achando ruim. Agi como se nada tivesse acontecido, ela pareceu acreditar. A verdade é que eu fiquei estremamente nervosa e envergonhada. Minutos atrás eu havia desejado que me fizesse companhia naquela água, eu era uma sem noção. Wednesday estava cuidando de mim, no que eu estava pensando?

O ápice para mim, foi quando precisou me vestir, eu ainda estava molenga, mal conseguia pensar algo concreto direito, então apenas deixei-a colocar as roupas em mim. Teria sido muito mais fácil se a cena no banheiro não tivesse acontecido. Wednesday se agachou para pôr minhas meias, não sei qual expressão tinha em meu rosto, mas eu gostava da visão que recebia da garota abaixada, me encarando. Precisei levantar quando a calcinha já não deslizaria facilmente por estar sentada. A peça já tinha passado das coxas, mas a aderência ainda fazia falta, Wednesday então, se inclinou colocando as mãos na parte de trás da minha calcinha para terminar de me vestir, me desequilibraria se não tivesse me agarrado à ela. A melhor sensação que eu poderia sentir com Wednesday.

Suas mãos puxaram a pequena peça de roupa para cima, fazendo com que suas mãos entrassem em contato com a minha bunda. Meu corpo reagiu muito que instantaneamente, não consegui decifrar se tinha me arrepiado, ou se uma corrente elétrica tinha passado por dentro de mim. Meus mamilos enrijeceram imediatamente, e o contato deles em seu corpo me fez perder a sanidade durante meio milésimo de segundo, fazendo com que eu soltasse um suspiro sôfrego, preso no fundo da garganta. Meu corpo havia reagido. Não sabia se Wednesday tinha ouvido, mas minha boca estava rente à sua orelha, pude sentir o calor da cartilagem em meus lábios, mesmo a centímetros de distância. Após estar vestida, me sentei e percebi os olhos da que estava em minha frente, perdidos em meus seios. Oh, ela havia notado. Desviei meu olhar imediatamente para o chão e Wednesday preocupou-se em pegar qualquer outra peça de roupa e me vestir.

Eu parecia estar no cio, não era possível que eu havia criado tudo aquilo. Por que eu era assim? Wednesday só queria o meu bem, queria cuidar de mim, e foi o que ela fez. Não nos desgrudamos em nenhum momento, eu finalmente me senti protegida. O sentimento de "sentir-se pertencente" eu só desfrutava com meu pai, mas pela primeira vez, eu estava me sentindo da mesma forma com outra pessoa, ela realmente me fazia bem. Por que eu não conseguia vê-la com outros olhos?

Ao mesmo tempo que eu enxergava Wednesday como uma grande gostosa, sentia um enorme carinho por ela, não era fácil de explicar, era confuso. Jamais a teria como figura materna, mas, durante a tarde naquele sofá, conversando sobre a vida, enxergando seus pontos de vistas, pude perceber uma relação fortemente fundida por nós duas.

Wednesday parecia querer me proteger de todo mal quando disse que eu era o seu "nenezinho", a sua "garotinha". Aquilo com certeza despertou algo em mim, ao ouvir aquilo meu estômago revirou, me senti flutuar, queria que sentisse o mesmo que eu. Foi tudo tão rápido, quando percebi havia a chamado de "mommy", não que fosse motivo para alarde, mas eu com certeza não enxergava Wednesday como minha mãe.

A amante do meu pai | WenclairOnde histórias criam vida. Descubra agora