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Fui abrindo lentamente meus olhos, percebi que já era de noite e estava deitado envolto nos cheiros de Louis, mas não o vi ali.

Voltei a deitar após ver que estava sozinho, ele falou que não iriam me deixar só, mas apesar disso eu estava e morto de vergonha pelas minhas atitudes da noite anterior, não sabia onde enfiar a minha cara quando encontrasse o Louis.

Depois de alguns minutos escutei a porta sendo destrancada, me levantei abruptamente, minhas pernas ainda estavam cambaleando até o caminho da sala, então peguei a primeira coisa que eu vi na minha frente, que era um abajur e esperei o indivíduo entrar.

-AAAAAAAA!

-Sou eu! Sou eu! 

Louis segurou meu braço rapidamente me impedindo de acertar a cabeça dele em cheio.

-Louis? Pensei que você tinha ido embora!

-Solta esse abajur primeiro. Fui comprar comida, por isso saí.

Após colocar o abajur no seu devido lugar e olhar para a cara de Louis, eu fiquei instantaneamente vermelho como um pimentão e não sabia o que falar.

-Como está seu corpo? Tá doendo em algum lugar?

-Na verdade, a adrenalina de achar que alguém ia invadir a minha casa me fez não lembrar disso.

-Você ainda está no calor? Seu rosto está vermelho.

-Eu tô bem.

-Tem certeza?

-Tenho, tenho certeza.

-Bom -Louis me pegou nos braços e me jogou em seus ombros -você ainda está, então volte pra cama.

Após ele me sentar, foi até a cozinha e depois trouxe uma bandeja com comida.

-Desculpa a intromissão em sua casa, mas eu acabei mexendo em algumas coisas.

-Ok.

-Quer mais alguma coisa?

-Tá bom, obrigado.

Eu comecei a comer uma sopa pronta que Louis tinha comprado, mas devido a forte vergonha eu comia de cabeça baixa para não olhar na cara dele.

-Ainda é domingo à noite, então estamos de boas. Ah, vi que você tem um gato, ele começou a miar hoje de manhã enquanto ia pegar água para você, eu vi que ele precisava de ração e coloquei. Agora ele está dormindo debaixo de uma mesa, qual é o nome dele?

-Amêndoa.

-Ele é muito bonito.

Louis desatou a conversar e eu apenas assentia ou falava palavras monossilábicas. 

-Eu acho que o presidente da República é um reptiliano.

-Hum… hum? -Eu me virei para ele após falar isso.

-Sabia que você não está prestando atenção. O que está acontecendo?

Minha cara ficou ainda mais vermelha.

-Não… não é nada.

-Foi algo que eu fiz?

-Não! Longe disso… foi algo que eu fiz, eu… eu tô com tanta vergonha do meu comportamento -tapei o rosto com as mãos.

-De fato, foi uma experiência incrível ver você daquele jeito ontem.

-Cala boca, Louis! Não está ajudando.

-Hahahaha, calma… calma, eu não estou achando ruim, só foi diferente… eu nunca dormi com um ômega no cio que agisse assim.

-Assim como?

My Boss is the DevilOnde histórias criam vida. Descubra agora