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-Você acha que a minha roupa está adequada? Eu pareço muito grávido com ela?

-Você está perfeito e grávido, não se preocupe com isso.

-Eu preciso passar uma boa impressão, eles não são as pessoas mais agradáveis que existem -disse massageando minha barriga.

-Ei, você está bem?

-Estou, estou sim. É que a Lily está chutando pouco hoje, até ela tem medo dos avós paternos.

-Não vou deixar que nada de ruim aconteça com os dois, eles estão cientes da nossa chegada.

-Tudo bem.

-Não vou deixar eles falarem nada ofensivo a você.

-Me sinto melhor, eles não iriam bater em um ômega grávido, não é?

-Eles têm classe, pagariam alguém para fazer isso.

-Louis, você merece um prêmio por me fazer sentir melhor, muito obrigado! 

Passei a mão no rosto para tirar o suor que se formou pelo meu nervosismo.

-Podemos ir para casa.

-Não! Combinamos que faríamos isso, eles são a família da nossa filha, vamos apenas fazer o mínimo.

-Ok, vamos -Louis segurou minha mão.

A residência Evans era três vezes maior do que podia se imaginar, Louis tocou a campainha e aguardamos alguns segundos antes de um mordomo vim nos atender. Dentro a mansão era tão linda quanto a entrada, era espaçosa, repleta de quadros caros e paredes com uma cor neutra, era o lugar que o Louis havia crescido e passado tantos anos da vida.

Fomos encaminhados para uma sala de estar e logo em seguida foi servido um chá em xícaras de porcelana chinesa.

-Odeio essa casa.

-O que disse?

-Odeio a porra dessa casa, é opressora, faz anos que não venho aqui.

-Vamos sair o mais rápido -segurei uma das suas mãos no meu ventre -por ela.

-Por e…

-Boa tarde.

Uma mulher apareceu na sala, se vestia com um vestido tubinho azul marinho, saltos e colar de pérolas, seu cabelo estava penteado em uma única trança na lateral. Agora eu sabia onde Louis puxou a sua beleza, a mulher tinha as mesmas características dele, branca, cabelos louros e olhos tão azuis quanto o céu, a semelhança faziam com que ela fosse reconhecida em qualquer lugar como mãe dele.

-Sejam bem-vindos -seu rosto estava firme, a linha da boca fechada em um único traço mostrando força e um leve sinal de estresse -não precisam se levantar.

-Mãe.

-Louis… pensei que não lembrava do caminho de casa.

-Talvez seja porque não é minha casa.

-É óbvio que é, foi e sempre será.

-Licença… eu… eu sou o Kate, prazer em conhecê-la Sra. Evans.

Ela virou seu rosto para mim como se não tivesse me enxergado até então.

-Você é o ômega que arrebatou o coração do meu filho e vejo que está grávido.

-Foi sobre isso que viemos conversar aqui hoje, onde está meu pai?

-Seu pai? Oras, onde mais ele estaria? No clube de golfe ou com alguma puta, você sabe que ele não é pontual para assuntos familiares. 

My Boss is the DevilOnde histórias criam vida. Descubra agora