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                                    Fabrini ⚔️

Chegamos em casa e ela logo correu começando a vomitar pra caralho no banheiro. Não sou bom em cuidar de ninguém porque não sei cuidar nem de mim mas tentei por ela. Só por ela.

Na época que minha mãe ficou em depressão por causa da morte do meu pai, ela vomitava nas crises que tinha então eu aprendi algumas coisas pra evitar isso. Depois de ter certeza que ela tava melhor, fui procurar alguma coisa pra ela vestir já que ela tava fedendo a álcool e agora a vômito. Procurei no guarda roupa alguma coisa pra ela vestir mas não tinha nada de mulher aqui, então escolhi uma roupa simples minha que não usava faz um tempo. Peguei também uma toalha pra ela usar.

Por que caralhos eu tô me importando tanto com isso?

Abri a porta do quarto e vi ela parada no corredor, andando em sua direção devagar e logo entregando as coisas.

Aquele abraço dela me fez arrepiar de uma maneira que vocês não tão ligado! Isso é problema, mermão.

Ela tava tomando banho quando decidir ir na cozinha pra ver se tinha algum remédio pra dor de cabeça aqui, coisa que por sorte tinha só um. Peguei um copo e enchi de água, colocando no batente de mármore do armário.

Tava tudo em silêncio quando escutei a campainha tocar. Estranhei, porque já eram mais de uma hora da manhã e não tava esperando ninguém.

Ah não ser que...

Corri em direção a porta, imaginando quem seria, começando a ficar nervoso. Isso ia dar merda!
Abri um pouco a porta e dei de cara com a loira do baile escorada no batente com um sorriso. Ela tava com o braço cruzado em baixo do peito, expondo o colo dos seus seios.
Olhei pra ela com a cara fechada, já dando o papo
— Qual foi loira, pode ir vazando que não vai rolar nada! — disse grosso e um pouco alto,  com a postura rígida.

— Faz isso não gato, tô aqui preparadinha pra você, bebê... — ela disse se aproximando, abrindo mais a porta e passando a mão pelo meu peito. Ela fez menção de se aproximar pra me beijar mas rapidamente empurrei ela pra trás, segurando no queixo dela com força.
— Tu tá achando que só porque eu te beijei uma vez pode ter autoridade pra cima de mim, piranha? — eu disse nem me importando se tava segurando muito forte o rosto dela. Segurei com a outra mão em seu cabelo e puxei para trás. — Vaza daqui agora, e se eu te ver outra vez tu vai ficar careca! — puxei o cabelo dela, a soltando com força vendo ela com medo e saindo correndo, indo embora.

É cada merda que eu tenho que passar, viu? tenho paciência não!

Fechei a porta com força virando e dando de cara com a melissa parada me olhando com os braços cruzados.

Agora deu o carai mermo.

— Atrapalhei sua foda, Fabrini? — ela disse nervosa, falando alto. Respirei fundo guardando toda paciência que eu ainda tinha dentro de mim.

— Olha só melissa, não vem de marola pra cima de mim não. Eu tô contigo agora, não tô? então pronto. — Passei por ela, sentindo ela segurar meu braço com força me parando e virando em sua direção.

— Eu não sou otária, Gabriel. Se eu tiver atrapalhando algo, fala logo! não quero ser estraga prazer de ninguém. — ela apertou meu braço. Puxei sua mão de mim perdendo a paciência e agora era eu que segurava firme o braço dela, a puxando pra perto de mim. Comecei a respirar fundo várias vezes tentando me acalmar e levei minhas mãos em direção no cabelo dela, puxando pra trás, olhando em seus olhos.

— Cala a boca e fica quieta, eu tô cuidando de tu agora — eu disse baixo tentando parecer firme mas olhei para a boca dela, vendo tão próxima da minha. Perdi a postura na hora. Senti a raiva sumir na mesma hora automaticamente.

Sem pensar nas consequências, me aproximei e ataquei seus lábios em um beijo caloroso. Ela correspondeu o beijo na mesma hora, aceitando de bom agrado quando minha língua pediu passagem, intensificando o beijo. Ela levou as mãos até a minha nuca, ficando na ponta dos pés e arranhando. Segurei seu cabelo com uma mão e com a outra, apertei forte sua cintura. Ela suspirou quando eu forcei seus cabelos para trás e depois desci as duas mãos em sua bunda, enchendo a mão. Porra, que delícia!

Meu coração tava muito acelerado além de eu ter começando a suar enquanto beijava novamente aquela boca depois de tanto tempo. A sensação sempre ia ser a mesma, não tinha pra onde correr. Posso ter beijado outras bocas mas era na dela que o beijo encaixava perfeitamente.

Sai dos meus pensamentos quando ela mordeu e puxou meu lábio, me fazendo resmungar de prazer no mesmo instante. Abri os olhos quando ela começou a distribuir selinhos na minha boca, logo me abraçando e descendo os beijos pelo pescoço. Eram só beijos inocentes mas do nada, começaram a ser beijos de língua e chupões.

Dei espaço com o pescoço pra ela fazer o que quisesse, gemendo baixo com seus beijos. Apertei minhas mãos na bunda dela novamente, dando um tapa forte e alto escutando ela gemer baixinho em resposta.

Afastei o rosto dela no meu pescoço, olhando pra ela com os olhos pequenos e com a respiração acelerada. Ela estava do mesmo jeito, além de que dava pra perceber a cara de safada que ela estava fazendo. Subi as mãos e passei os dedos na bochecha dela em um carinho singelo, depois descendo para a boca dela.

— Que saudade... — eu admiti baixo, olhando nos olhos dela. Encostei nossos narizes, dando um beijinho de esquimó. Ela sorriu e confirmou várias vezes com a cabeça. Respirei fundo, sem saber o que falar depois.

Tava com tesão. Com muito tesão.

Segurei na mão dela e a puxei em direção a cozinha, tentando distrair a mente e lembrei do remédio que tinha separado pra ela tomar.
Apontei pro remédio com a cabeça e disse
— Toma, vai passar tua dor de cabeça e vai ser melhor amanhã — ela pegou o remédio e bebeu, fazendo cara feia depois de tomar.
Dei uma risada soprada e esperei ela falar alguma coisa.

— Desculpa pela cena agora pouco, eu... fiquei com ciúmes — ela abaixou a cabeça tímida e se apoiou no batente, automaticamente marcando seus seios na blusa. Puta que pariu, ela não tava me ajudando!

Desviei o olhar e tentei raciocinar logicamente o que ela disse, respondendo
— Relaxa, tô contigo agora — ela me olhou. — Tá tarde já, melhor a gente ir dormir. Tu fica lá no meu quarto e eu durmo aqui na sala — ela negou rapidamente com a cabeça, balançando as mãos assim que terminei de falar.

—NÃO! quer dizer... n-não, não precisa, a gente dorme junto — O QUÊ? — Se você quiser... — ela disse quando me viu com os olhos arregalados sem dizer nada. Tava parecendo um virgem bobão que nunca dormiu com uma mulher.

Eu já tava todo errado hoje, provavelmente ia me arrepender amanhã então foda-se, não vou pensar muito.

Concordei com a cabeça e sai da cozinha com ela me seguindo. Entrei no meu quarto e ela olhou em volta disfarçadamente. Era grande como todos os outros cômodos, com uma cama enorme no meio e uma televisão grande na frente. Um guarda roupa no canto e uma outra porta que dava pra suíte do banheiro.

Peguei o cobertor que tinha guardado no guarda roupa e joguei na cama, vendo ela deitar NO LADO QUE EU DORMIA. Resolvi relevar isso, dando a volta na cama e deitando no espaço que tava sobrando, abrindo o cobertor e me cobrindo. Olhei pro lado vendo ela se cobrindo com bochechas vermelhas. Sorri pela timidez dela.

— Boa noite... — ela disse baixinho, quase não dando pra escutar. Se virou, ficando de costas pra mim e instantaneamente olhei pra bunda dela. A sensação de apertar aquela raba era inexplicável, mano!

— Boa noite — eu disse de volta, virando e ficando de costas pra ela também. Tava um silêncio mó constrangedor no ar e isso tava me incomodando. Apertei os olhos sabendo que ia me arrepender muito depois mas me virei pra ela e abracei sua cintura, a encaixando em mim, como fazíamos antigamente. Ela logo relaxou, colocando o braço em cima do meu em sua cintura e empinou a bunda na direção da minha virilha.

Eu ia morrer hoje!

𝐑𝐢𝐬𝐜𝐨 𝐌𝐚𝐥𝐚𝐧𝐝𝐫𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora