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                                   Fabrini ⚔️

As coisas estavam muito corridas aqui no morro. Tudo estava a todo vapor depois que planejamos um roubo no banco principal do rio de janeiro. Foi do nada, tá ligando? Bem naquele pique "tava no tédio, peguei e fiz".

Passamos a semana inteira organizando os bagulho pra não ter erro e sair todo mundo vivo de lá. Já tava tudo certo sobre os mano que ia, as armas e as munições, além de toda proteção necessária incluindo colete a prova de balas, máscaras e boné. Tampamos o máximo possível do rosto pra não sermos reconhecidos e fuder ainda mais com a nossa ficha criminal.

Não vi a melissa esses últimos dias. Depois que "sequestrei" ela lá pra casa, mandei uns cara buscar as coisas do trabalho dela porque no outro dia ela tinha que sair cedo. Ela dormiu lá e não aconteceu nada demais além de beijos e amassos fervorosos. No outro dia, ela acordou bem cedinho deixando seu cheiro gostoso na cama.

Burrei e não peguei o número dela (Palmas pra minha burrice e lerdeza ) então ficamos incomunicáveis. Não vou mentir e dizer que não fiquei com saudade dela mas também eu não vou exagerar e dizer que ia morrer se não encontrasse com ela logo.
Às vezes eu via ela passando de longe indo pro trampo dela mas nunca ia até lá.

— Fabrini! — o TH disse alto, me fazendo sair dos meus devaneios. Estávamos na sala de reuniões aqui do morro fazia mais de uma hora, apenas organizando tudo em questão do assalto. Tinha que sair tudo perfeito já que um errinho era nossa morte. Ele tava no comando dessa vez já que era um dos responsáveis do morro —Entendeu?

Olhei pra ele não entendendo porra nenhuma do que ele tava falando.

—Tá repassando o plano? — Perguntei.

—Vou falar tudo denovo, presta atenção — ele respirou fundo me olhando, antes de continuar. — Vamos sair daqui às quatro da madruga, nesse horário não tem ninguém lá porque os seguranças fazem a troca de turno e os outros só chegam cinco horas. — Ele abriu a planta do mapa do banco. Ali, ele tinha todas as entradas e saídas, pontos secretos e essas paradas. O cara é um gênio! — Ou seja, a gente só tem uma hora pra fazer tudo sair perfeito. — Ele olhou pra cada um ali na sala de reunião. — O primeiro carro vai sair daqui comigo, o Fabrini e o Matheus atrás. O segundo vai com o Paçoca, Neguin, JP e Biel. — apontou pra eles conforme falava seus nomes — Vocês vão ser os responsáveis de cortar as fiações da porta, alarme de segurança, detector de movimento e abrir portas senha. E os que sobraram, vão pra dar suporte e armados... — e  continuou explicando perfeitamente, passo a passo até que todo mundo decorasse e falasse o plano em voz alta ao mesmo tempo.

Tudo tava nos planos para dar certo, não tinha como sair do controle!

                                      ~~~x~~~

Hoje era sexta-feira, logo o assalto seria daqui algumas horas. Tinha acabado de acordar e ia dar quase oito horas então decidir seguir monoticamente a mesma rotina que fazia nesses últimos dias e levantar pra ir ver se era pra fazer alguma coisa lá na boca. Tomei um banho só pra despertar da preguiça e depois comi qualquer coisa que tivesse no armário. Sai de casa e tava descendo a rua quando encontrei com a melissa usando roupas normais e sem o uniforme. Estranhei já que hoje ainda era sexta-feira e que pelo o que eu sabia, as folgas do hospital era somente nos finais de semana.

Conforme nos aproximávamos, comecei a abrir um sorriso cafajeste em sua direção.

— Eai, gatinha! — disse quando estávamos perto um do outro, passando o braço sobre seu ombro. — Quanto tempo, pô!

— Oi! — ela disse sorrindo, meia acanhada. Parei de andar e passei na frente dela, fazendo ela parar também.

— Ihh, qual foi? tu tá suave? — perguntei preocupado enquanto olhava em seus olhos.

— Acabei não sabendo me acostumar com os plantões do hospital e desmaiei de cansaço ontem — ela respirou fundo, olhando para os próprios pés e depois me olhando de novo — Então eles me liberaram hoje.

— Mas tu tá melhor agora? — perguntei mais preocupado ainda, me aproximando dela. Foda-se que a gente tava na rua ou que provavelmente eu tava atrasado. Quando eu ficava com ela, eu não ligava pra porra nenhuma ao redor.

— Tô sim! aliás...— ela ficou tímida de repente e eu não entendi o porquê, até ela explicar — Eu tava indo pra sua casa agora, não nos vimos nem conversamos durante essa última semana, então eu meio que...senti sua falta — ela disse rápido, desviando do meu olhar. Sorri de canto em resposta.

— Tá com saudades do gostoso aqui? eu sei que sou irresistível, fica suave que tem pra todas. — ela me olhou de cara feia, incomodada e eu dei risada. —Tô brincando, linda — eu disse puxando ela pela cintura, cheirando o pescoço dela.

— Você para com isso senão eu surto aqui e agora contigo — ela disse ameaçadora, me abraçando pelo pescoço.

— Ah, é? — perguntei desafiador, sorrindo malicioso e olhando pra boca dela. Eu tô adorando isso!

— Quer pagar pra ver? — ela disse baixo e me olhou com os olhos desconfiados.

— Só tem pra você, gatinha — dei risada. —Sou todo seu — eu disse me aproximando do ouvido dela, abaixando o tom de voz e sentindo ela se arrepiar.

Que saudades que eu tava disso!

𝐑𝐢𝐬𝐜𝐨 𝐌𝐚𝐥𝐚𝐧𝐝𝐫𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora