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                                                           MARATONA 3/5

                                    Melissa ☀️

Esse Fabrini vai me deixar louca!

Eu ainda não sei lidar com essas provocações desse safado, fico meia sem jeito de provocar de volta mas ele que me aguarde!

Assim que peguei minhas coisas, sai sorrindo da casa dele. Tinha algumas pessoas me encarando mas nem liguei. Tava quase chegando em casa quando senti meu braço sendo puxado pra trás, me fazendo virar de uma vez. Arregalei os olhos pelo susto e encarei quem tinha feito isso. Era uma mulher de cabelos pretos cacheados, me olhando com raiva. O que caralhos ela pensa que tá fazendo?

— É você a vadia que tava na casa dele, né? — ela riu debochada, largando meu braço e empurrando meu ombro. Cambaleei para trás começando a me estressar com um semblante confuso.

— Quem você acha que é? — eu disse não tão alto porque não sou de fazer barraco. Mas se ela continuar me estressando, eu não vou responder por mim! Brigar por homem não é do meu feitio. Ridículo isso!

Ela riu debochada, cruzando os braços e me olhando
— Não vou render papo pra você não, demorô? o Fabrini é MEU, vai ser o pai dos MEUS filhos, então para de ficar atrapalhando a gente! Decora meu nome Débora Menezes, vai receber o convite do nosso casamento daqui uns meses. — Ela disse e eu comecei a rir, dando gargalhada mesmo.

— Você é hilária! — eu disse, gargalhando dela. Começou a me dar crise de riso e já tava ficando com falta de ar. Vi quando ela fechou a cara e saiu de perto em passos rápidos.

Meu deus, é cada coisa que eu tenho que ouvir!

Foi muito engraçado isso que ela disse, pelo amor de deus. Entrei em casa ainda rindo, vendo minha mãe no sofá, fazendo um tapete de crochê. Ela me olhou assim que abri a porta.
— Bom dia sumida! tá rindo tanto assim porque? — ela perguntou risonha, parando de tricotar.

— Aí mãe, é cada coisa que eu escuto esse povo dizer! — me aproximei e beijei a cabeça dela — Eu vou sair de novo e tô até atrasada mas juro que assim que eu chegar, te conto tudinho, detalhe por detalhe! — me afastei correndo sem esperar a resposta dela, indo pro meu quarto.
Tomei um belo banho e lavei o cabelo também. Depois que terminei, enrolei a toalha no corpo e peguei um secador, começando a secar o cabelo. Passei uma loção corporal com cheirinho de morango, pra deixar a pele hidratada e cheirosa.

Depois, sai do banheiro e escolhi uma roupa bem fresquinha. Vesti um cropped branco e um short preto junto com minhas amadas havaianas brancas. Passei um corretivo e um rímel só pra não ir com a cara limpa e depois passei um gloss. Senti minha barriga roncar de fome, sinal que já tava enrolando demais.

Tirei uma foto rapidinho, só pra não deixar passar em branco. Primeira vez que eu saio com o Fabrini depois de tanto tempo, isso TEM que ser registrado.

 Primeira vez que eu saio com o Fabrini depois de tanto tempo, isso TEM que ser registrado

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                                      ~~~x~~~

Me apressei saindo de casa rapidão e corri, indo pro restaurante do seu Jorge. Será que deixei o Fabrini esperando muito? ai meu deus!

Assim que cheguei lá, vi ele sentado em uma mesa mais afastada, com uma latinha de cerveja na mão. Senti minha mão começar a soar e meu coração acelerar quando ele me olhou. Comecei a andar, indo pra mesa.

— Oi! desculpa se eu demorei, acabei enrolando... — eu disse e afastei uma cadeira, sentando do lado dele.

— Tá de boa, cheguei agorinha também — ele disse me olhando. Acabou que depois disso, nem eu nem ele disse nada. Tava um silêncio constrangedor demais, só dando pra ouvir o barulho das outras pessoas conversando e rindo alto.

— Vamo pedir alguma coisa pra comer? — disse quando senti minha barriga começar a roncar. Acho que ele até ouviu porque riu baixinho, concordando com a cabeça.

Ele tava conversando com o garçom quando eu parei pra observar ele. Senti que estava me encantando cada vez mais. Ele é muito lindo, lindo de verdade. Nem percebi quando ele parou de conversar com o cara e  começou a me olhar de volta.

— O que foi? — ele perguntou, colocando os cotovelos sobre a mesa. Abaixei o olhar tímida, por ter sido pega no flagra. Balancei a cabeça negando devagar.

Lembrei do acontecimento de mais cedo e deu vontade de falar pra ele, só pra saber o que ele ia falar.

— Quando eu tava quase chegando na minha casa... — eu comecei a falar, levantando a cabeça e colocando as mãos na mesa, usando uma mão pra apoiar o queixo, o encarando. Ele me olhou prestando atenção no que eu falava.
— Quando uma mulher me puxou pelo braço começando a falar um monte de coisa, dizendo que tu era dela, que vocês iam casar e mais outras coisas — ri soprado lembrando do acontecido.

Ele fechou a cara, negando com a cabeça e respirando fundo.
— Eu não tenho nada com essa mulher não, nem da bola pra isso. — ele disse sério. — Sabe o nome dela? — perguntou pegando o celular.

Forcei a memória tentando lembrar do nome.
— Ah! é uma tal de Débora, Débora Menezes se eu não me engano... — disse incerta se era esse mesmo o nome ou não, mas isso não importa agora.

Ele concordou com a cabeça, ainda olhando para o celular, digitando alguma coisa. Logo depois, ele desligou o celular e colocou na mesa.

A comida chegou depois de um tempinho. Era um prato com churrasco e mandioca, arroz, feijão tropeiro e vinagrete. Tinha duas cervejas também pra beber. Que delícia!

Salivei na hora, sentindo minha barriga roncar mais. Ele acertou em cheio!

Começamos a comer em silêncio, apenas nos deliciando com a comida.

Depois que terminamos, o papo tava fluindo normalmente, falando sobre nada de importante, apenas para passar o tempo.

𝐑𝐢𝐬𝐜𝐨 𝐌𝐚𝐥𝐚𝐧𝐝𝐫𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora