portal

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Resumindo o que aconteceu recentemente foi que Miles acabou chegando atrasado o que resultou em uma discussão entre ele e meus pais, ele acabou ficando de castigo por um mês eu acho, ele foi para dentro de casa e meus pais foram atrás dele.

Depois de um tempo Miles aparece novamente mas ele não tava sozinho, ele estava acompanhando de uma garota loira com a lateral da cabeça raspada, ela era um pouco alto e bem bonita, tenho que dizer pelo menos meu irmão tem bom gosto, eles ficam comendo e conversando debaixo da caixa de água que havia no terraço, olho para o lado esquerdo e vejo meus pais olhando diretamente para os dois adolescentes.

Acho graça da situação e vou até meus pais.

_ Então, o que achamos da amiga do Miles? Como eu adoro botar lenha na fogueira.

_ Ela parece mais velha que ele, aposto que nem fala espanhol. Responde minha mãe enquanto meu pai só balançava a cabeça de forma negativa para a situação.

Continuamos encarando os dois até meus pais irem até lá, eu fui atrás é claro não posso simplesmente perder a cena do meu irmão sendo envergonhado na frente de uma garota.

_ Oi, sou a mãe do Miles. Minha mãe fala assustando os dois, subo pela escadas e me apoio nas barras de ferro que tinha lá.

_ Oi, o Miles falou tanto de você para mim. Ela cumprimenta minha mãe.

_ Eai, curti o cabelo. Digo a elogiando.

_ Nossa obrigada, eu também adorei suas tranças e seu piercing. Ela diz me examinando bem, sorrio fraco para ela.

_ Valeu parceira. Agradeço o elogio

_ Gostei do seu estilo, eu tenho um amigo que iria adorar você. Ela continua até meu pai a interromper.

_ A é? Bom avise a esse amigo que ela é filha do mais novo capitão da polícia. Responde meu pai soltando uma risada minha, depois do meu último relacionamento eu não quero saber de homem tão cedo.

Meus pais pareciam tentar intimidar a garota o que era uma cena bem engraçado, Miles parecia estar abeira de um colapso pela vergonha que sentira.
Derrepente a garota começa a falar que precisara ir embora, ela se desculpa com Miles e se despede indo embora do prédio, Miles apoia suas mãos nas barras de ferro passando as mãos no cabelo parecendo frustado, confesso que fiquei com pena, eu saio de lá junto de meu pai apenas deixando minha mãe para conversar com ele.

_ Ótimo trabalho hein capitão. Brinco com meu pai que solta uma risada.

_ Eu sei que mando bem. Ele responde, rio enquanto nego com a cabeça, ficamos um tempo em silêncio até meu pai puxar assunto comigo.

_ Então como estão as coisas no trabalho? E... Como você está filha? Ele pergunta

_ O trabalho tá de boa, só falta eu mandar algumas fotos que o Sidney pediu, e sei lá, tô bem sim. Respondo mas ele não parece convencido disso.

_ Tem certeza? Sabe que qualquer coisa pode contar pra mim né? Ele continua perguntando e eu começo a me sentir desconfortável.

_ Pai o que foi hein? Não entendo para que tantas perguntas. Vejo ele suspira e abaixar um pouco a cabeça.

_ E que eu olho para você e percebo quanto tempo eu perdi, você estava sempre trabalhando ou fora de casa, eu não lembro da última conversa que temos, você parece tão exausta, as vezes, sei lá, eu queria poder ajudar você, mas não sei como. Ele desabafa, ouvir essas palavras e como se uma faca atravessasse meu peito, depois que virei vigilante, comecei a trabalhar e da morte do tio Aron, eu acabei me afastando de todos, me isolando, não imaginei que meu pai sentirá tanto assim minha falta.

Sem ele esperar, o abraço forte que devolve o gesto, as vezes demonstrações de afeto são melhores que palavras.

_ A gente podi ir no cinema um dia deste? Pergunto era uma coisa que eu e meu pai gostávamos de fazer quando eu era criança, ele sempre tirava algum tempo para me levar lá, comprarmos o maior balde de pipoca que conseguíamos.

_ É claro que sim, faz tanto tempo desde a última vez. Ele diz parecendo animado, sorrio fraco, e derrepente sinto um arrepio por todo meu corpo, olho em volta, não sei o que é mas algo me diz que tenho que sair e descobrir o que é.

_ Pai o senhor poderia me dar licença, e que eu lembrei que tenho umas paradas para resolver, sabe de trabalho. Digo ainda sentindo aquele mesmo arrepio, meu pai apenas concorda com a cabeça e saio bem rápido do telhado, entro dentro do apê em procura da minha mochila, encontro ela debaixo da minha cama, tirando de dentro dela meu uniforme, vou até o banheiro para me trocar, já tinha o uniforme no corpo apenas faltava a máscara, é engraçado que toda vez que coloco sinto que eu não sou mais eu, porque não sou, aquela com a máscara era a mulher aranha, e eu era a Isabel Morales, duas pessoas totalmente opostas.

Saio do apê pela janela junto de minha mochila que levava algumas tralhas, começo a me concentrar nos meus sentimentos e talvez alguma pista de onde eu deveria estar.

Derrepente quando percebo cheguei em um prédio que parecia ter sofrido uma explosão , olho para baixo vendo poucas viaturas lá, o que está acontecendo?

Salto sorrateiramente para chegar ao prédio, começo a procurar uma forma de entrar lá, acho um buraco pequeno no canto da parede,mas não o suficiente para eu não passar, consigo passar pelo o buraco, começo a avaliar o local, quando do  nada um clarão aparece abaixo de mim, olho para baixo e noto algo surpreendente, havia um portal aberto e havia uma garota na frente dele, ela se vestia igual a mim mas seu traje era branco, ela estava sem máscara mas a luz do portal e seu cabelo cobrindo seu rosto não me permitiu identificar quem era.

Ela fica um tempo olhando para frente antes de entrar no portal, derrepente o garoto aranha aparece, ele estava invisível e sem a máscara, forço um pouco o olhar e assim que vejo seu rosto meu coração quase para, era Miles, minhas mãos começaram a tremer assim que vejo meu irmão entrando por aquele portal, não penso duas vezes antes de seguilo e se lançada para um lugar desconhecido.

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