20. Adeus Okami

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Nekomin (Lorde do Medo)

Depois de ver Kain, escolhi uma cama para mim que já estava pronta e me deitei para dormir, embora todos do bando estivessem conversando e arrumando confusão, eu só queria descansar um pouco.

No meio da noite, sinto alguém beijando minha testa e se deitando ao meu lado, mas o sono era tanto que nem dei bola e continuei dormindo.

Acordo de manhã e me espreguiço, me deparando com Pai Kas do meu lado dormindo de barriga para cima enquanto os tigres albinos dormiam sobre o peitoral dele. Meu Pai estava com uma cara péssima até dormindo, oque indicava que ele não teve um noite legal.

Acho que a preocupação não faz bem a ele, e eu também não ajudo, sempre deixo o gatão preocupado, mesmo não querendo - penso.

Me levanto da cama e vejo todos dormindo, mas acho estranho a rainha do castelo estar dormindo no chão ao lado do Tio Kenai que parecia desmaiado na cama. Tudo bem que ela tá afim dele, mas tá parecendo que a mulher não bate bem e que a qualquer momento vai agarrar o pé dele.

Saio do salão onde dormimos e resolvo dar uma passeada no castelo, enquanto caminhava uma empregada se aproxima e me pergunta se eu queria algo para comer.

Nekomin: vocês tem farinha de trigo ? - pergunto a mulher que me fitava com um olhar radiante, parecia que ela estava admirando o fato de uma criança ser Lorde.

Empregada: Sim ?

Nekomin: Bom, tudo bem se eu mesmo preparar o café da manhã ? Quero fazer coxinha.

Empregada: Coxinha ? Diz a de frango ? Podemos assar para você - diz ela não entendendo.

Nekomin: não, é outro tipo de coxinha... Talvez posso te ensinar a fazer - digo em tom calmo.

Empregada: não sei, senhora Tris ficaria furiosa se fizesse eu você colocar a mão na massa.

Nekomin: eu me viro com ela, so me mostre onde é a cozinha que vou preparar a comida.

A empregada anda na frente me perguntando coisas aleatória, tipo ela queria saber sobre minha família, como lordes crianças nasceram e se era normal para mim viver com um grupo de diversas espécies distintas. Nas palavras dela não era natural diferentes espécies estarem juntas por causa da cadeia alimentar, ela disse que um coelho, Morcego, Gato e macaco seriam devorados por lobos, águias e Ursos.

Ouvindo ela soltei um leve sorriso, afinal ela não está falando mentiras, na cadeia alimentar da floresta, Lumen, Falen, Dino e Tio Kenai estariam no topo já que são predadores natos. Expliquei a ela que este grupo se formou pois nossos laços transcendem está vida e nossas raças, que nunca iríamos ferir unas aos outros na forma animal porque nós vemos como uma família e isso não vai mudar.

Enquanto conversava com a empregada, vejo Trento sentado em um banco da madeira. O deus estava pensativo e desanimado como sempre, algo que até no tempo perdido acontecia.

Faço sinal para a empregada esperar e me aproximo do Deus da barganha.

Nekomin: você está bem ?

Trento: porquê não estaria ? - diz ele voltando seu olhar a mim.

Nekomin: Tá com cara de desânimo.

Trento: depois de ontem, acho que é normal, eu perdi minha loja - ele cruza os braços.

Nekomin: não tem nada a ver com o Etan ? - pergunto curioso, afinal eu sei algumas coisas do Trento do tempo perdido.

Deus se assusta ao ouvir o nome do falecido amado sair da minha boca e engole a seco.

Nexus - Livro 5, Parte 1 - Ascenção (Romance Gay ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora