148. A Loba

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Fey

Ao nascer, minha mãe Felt me nomeou Fey, eu era a única de entre três irmãos que nasceu com vida. Meus outros dois irmãos nasceram mortos, o xamã da alcatéia dos lobos brancos, dizia que eles não tinha almas, como se fossem apenas corpos vazios.

Na época o Alfa da alcatéia Fenrir entrou em depressão, pois os irmãos que perdi eram machos um deles sendo um ômega de acordo com o xamã. Minha mãe teve que cuidar de mim sozinha já que Fenrir mal voltava para a toca as noites.

Oque sabia de Fenrir na época é que mesmo em depressão ele cuidava bem da alcatéia.

Certa noite, logo após meus olhos se abrirem, acordei e escutei minha mãe chorando no canto. Em meio ao choro ela dizia que talvez os deuses, haviam a amaldiçoado por ter se deitado com Tales um dos lobos da alcatéia que desejavam o cargo de Alfa de Fenrir. Em meio a suas lágrimas, eu me levantei e fui até ela, onde lambi seu focinho mostrando que estava ao seu lado.

O tempo foi passando e minha mãe cada vez parecia pior, ela se culpava pela morte dos meus irmãos e pela traição que cometeu. Eu já uma filhote de um mês completo, que mal conhecia o mundo, só queria que minha ela melhorasse.

Felt: Vai brincar lá fora, vai Fey... Você não precisa ficar sempre comigo aqui - diz a loba lambendo meu rosto, sendo a lambida uma demonstração de amor.

Mesmo na tristeza, minha mãe se preocupava comigo.

Fey: Mas mãeeeeee... Eu quero ficar com você.

Lin: Eu fico com sua mãe, você vai brincar e respirar um ar fresco - ecoa a voz de uma loba que veio de fora da alcatéia, sendo ela linda e a melhor amiga da minha mãe.

Fey: Mas...

Lin: Sem Mais - diz ela se aproximando de mim e mordendo meu colarinho. A lobo me levanta e me leva até para fora da toca, onde a luz do dia me faz colocar as patas nos olhos.

Lin: O dia tá lindo, vai brincar Fey - diz ela me soltando na grama verde, onde havia caído de bumbum no chão.

Sabendo que não poderia voltar a toca, suspiro e vejo outros filhotes de lobo brincando. Ignoro os outros filhotes principal o Geri e sua irma que eram uns bobalhões e vou correndo até a toca da Tiny uma loba de olhos verdes e pelo branquinho.

Ao chegar na toca da loba, a mesma me recebe com muita alegria.

Tiny: Olha se não é a filhote mais bela dessa alcatéia - diz ela animada.

Fey: Você também é bonita - digo abanando a cauda.

Tiny: fico agradecida, mas sabe estou feliz que tenha saído da toca.

Fey: Eu não queria, a mamãe ela não tá bem, queria ficar com ela.

Tiny: Own minha lobinha, é normal a tristeza da sua mãe... Logo ela melhora - diz a loba se deitando em minha frente.

Fey: A senhora já disse isso semana passada - digo desviando o olhar.

Tiny: Leva tempo Fey...

Fey: Se fosse meus irmãos vivos ao invés de mim, ela não estaria tão triste - engulo a seco enquanto meus olhos marejam.

Tiny: Isso não é verdade Fey... Sua mãe so consegue sorrir mesmo que um pouco, por causa de você.

Fey: Mas...mas...

Tiny: Olha eu sei algo que pode melhorar seu humor, que tal experimentar a carne pela primeira vez ? - diz ela abanando a cauda.

Fey: Carne ?

Tiny: Isso, você já tá virando uma mocinha, acho que consegue mastigar - diz ela se levantando.

A bela loba vai para o fundo de sua toca e após alguns minutos volta com um pedaço de carne na boca. Tiny solta a carne em minha frente e lambe os beiços, mostrando suas fortes presas que um dia teria.

Nexus - Livro 5, Parte 1 - Ascenção (Romance Gay ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora