13 - DESASTRES NATURAIS

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GABRIEL BARBOSA

Exatamente doze horas desde que a maldita "notícia" saiu, nesse meio tempo, provavelmente xinguei Leo Dias de todos os xingamentos existentes na língua portuguesa, talvez tenha criado alguns, e também mandei um milhão de mensagens para Antonella, recebendo um total de zero respostas.

Cacete. Que raiva do caralho.

Eu quero assassinar esse jornalistinha de merda, vai se foder, essa porra nem é jornalista de verdade, que lixo.

— Bi! — Dhiovanna desceu as escadas, toda produzida, com roupas que provavelmente me deixariam enciumado em outros dias, mas, hoje não — Tem planos para hoje?

Ultimamente, os meus pensamentos estão se resumindo em mandar uma mensagem para o líder da organizada do Flamengo, pedido para que ele organize um "evento" cheio de pedaço de pau e pedra, para descer lá na casa daquele maldito jornalista, e quebrarem aquele filho da puta na porrada. Mas, infelizmente, essa merda se enquadraria como crime organizado, e a última vez que passei algumas poucas horas na cadeia foi uma grande merda, não estou com vontade de repetir a dose.

— Não — Resmunguei.

— Quer ir em uma resenha comigo? — Sorriu.

Ergui uma sobrancelha, encarando a minha irmã com desconfiança.

Não. Para. Gabriel, você é muito paranóico.

Depois de todo aquele discurso que eu fiz questão de fazer Dhiovanna escutar, apenas algumas horas atrás, essa maluca não aprontaria uma dessas para cima de mim.

— Resenha na casa de quem?

— A Rafa resolveu fazer uma festinha na piscina, e me ligou, perguntando…

Quando o Diabo não vêem pessoalmente, manda a porra do secretário.

— Que Rafa? — Interrompi, já me estressando com aquela ladainha no meu ouvido.

— Rafaella, ué.

Puta que pariu.

O filho do pobre não tem UM dia de paz, a gente sai da pobreza mas parece que a praga da pobreza não sai de nós.

— Oshi, saí fora, doido — Desdenhei.

— Ah, qual é? Vai ser legal.

— Meu cu — Xinguei, perdendo o restinho de paciência que eu ainda tinha — Porra, Dhiovanna. Você não escutou nada do que eu falei hoje de manhã? Eu tô puto pra cacete com esses boatos que só começaram por sua culpa — Apontei — Esquece essa porra de cupido.

— Para de gritar, idiota.

— Quem sabe gritando, você entende. Porque falando de maneira calma você se faz de sonsa, porra — Foda-se. Minha irmã tirou o restinho de paciência de dentro de mim, que estresse da porra. 

— Você 'tá tão afetado assim por causa de um boato do Leo Dias? — Debochou.

— Vai pra porra da sua resenha, e some da minha frente — Pedi.

— Você 'tá me expulsando da sua casa?

Eu não mereço essa porra, eu tenho certeza que estou pagando os pecados de outra pessoa.

SABOTARAM A MINHA HORTA.

— Quer saber? Eu saio — Ergui as mãos, em sinal de rendimento.

— Gabriel — Me chamou — Você 'tá com raiva de mim?

— Gabriel — Me chamou — Você 'tá com raiva de mim?

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