CAPÍTULO 3: Sentimentos à Flor da Pele

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  O almoço já estava pronto, e era realmente lasanha, minha mãe fez duas travessas, e eu estava torcendo para que a sobremesa fosse o bombo de uva verde. Sentei ao lado do Max, e todos começaram a se servir. Como havia duas travessas de lasanha, peguei um pedaço grande para mim, e percebi todos olhando para mim.

- O que foi, gente? - perguntei confusa.

- Meu Deus, filha, você vai conseguir comer esse pedaço de lasanha? - assenti com um sorriso largo.

- Hehe, Max, você vai ter que ser rico para sustentar minha filha quando casarem - meu pai soltou isso na mesma hora em que eu e o Max engasgamos. Queria rir, mas estava ocupada tentando desengasgar.

  Durante toda a refeição, fiquei quieta, estava muito envergonhada depois de ter ouvido duas vezes que eu e o Max parecíamos namorados.

  Esse pessoal adora me fazer passar vergonha. Quando todos terminaram de comer, o Max e eu ficamos encarregados de lavar a louça. Havia um silêncio na cozinha, e o Max resolveu quebrá-lo.

- Você está animada para amanhã? - ele disse, sem tirar os olhos da louça enquanto a ensaboava.

- Acho que sim - dei um sorriso sem mostrar os dentes. - Mas e você? Está animado? - falei, pegando e secando os pratos.

- Estou, porque este ano vou tentar entrar no time de futebol 🏈 da escola, e espero que este ano eles me deixem jogar - ele disse todo animado, sem perceber que havia deixado água e um pouco de sabão no chão.

- Seu desastrado, vou pegar um pano antes que alguém caia - disse rindo e fui em direção ao local onde tinha produtos de limpeza.

  Como também sou desastrada, não percebi que a área estava molhada, e acabei escorregando. Quando achei que ia cair e fraturar um braço, senti uma mão segurando minha cintura. Quando abri os olhos, ele estava muito perto, e dava para sentir sua respiração. Ficamos trocando olhares, e analisei seu rosto bem. Meu Deus, ele é tão bonito. Mas logo afastei esse pensamento.

  Não percebi quem tinha entrado na cozinha, só escutei alguém "limpando a garganta". Eu e ele nos afastamos, e o clima ficou estranho. Já estava me esquecendo de limpar o chão, kkk. Terminamos a louça sem dizer nada. Eu estava vermelha só de pensar na situação.

  Fui direto para o meu quarto, ninguém entendeu meu desespero subindo as escadas. Chegando no meu quarto, fechei a porta e fui em direção à cama, deitando-me sobre ela. Meus pensamentos não paravam de fluir depois do que aconteceu na cozinha.

- Por que minhas bochechas parecem que estão pegando fogo? - disse a mim mesma e corri em direção ao espelho. - Droga! Odeio ficar vermelha e ainda pensando no Max. Calma, Alice, isso não foi nada demais, e não vai acontecer de novo, disse a mim mesma em meus pensamentos.

  Escutei alguém bater na porta e autorizei a entrada. Era o Max, senti um nó na garganta, e minhas bochechas estavam ficando vermelhas só de olhar para ele. E espere aí, por que meu coração está acelerando como se fosse dar um ataque cardíaco?

•••
Continua...

Max, Meu Melhor Amigo Onde histórias criam vida. Descubra agora