Estávamos assistindo ao filme Indiana Jones 5 e, de repente, um cheiro desagradável surgiu.
- Ah não! Não acredito, Max! - tampei meu nariz e dei um tapa no seu braço.
- Foi mal kkkk, não consegui segurar. - ele continuou rindo.
- Porquinho, vocês meninos são uns porquinhos. - fui até à janela para pegar ar fresco.
- Ei! Agora só porque soltei um pum sou porquinho? Desculpa aí, engraçadinha. - ele fez um gesto de deboche, e eu mostrei a língua.
- Coitada da menina que vai te namorar. - voltei para o sofá e continuei assistindo ao filme.
- Porque sou um gostoso e ela vai ter que acostumar com um monte de meninas dando encima de mim! - diz convencido
- Não! É porque você é porco mesmo kkkk. - ele pegou uma almofada e bateu na minha cara. - Vai ser desse jeito mesmo!? Então tá bom.
Peguei uma almofada e comecei a bater nele kkk. Ficamos nessa guerra de almofadas por alguns minutos até que... Nós caímos do sofá e, adivinhem? Isso mesmo, ele caiu em cima de mim. Ficamos nos olhando até que senti borboletas dançando na minha barriga, o coração acelerado, e o brilho nos seus olhos era tão lindo. Ele estava olhando para minha boca e se aproximando mais e mais, até que...
- O que está acontecendo aqui? - meus pais chegaram na sala.
Como não os ouvi entrando? Parece que só havia eu, o Max e o mundo parou completamente.
Saímos daquela posição estranha para mim e meus pais. Não dissemos nada, e meus pais nos olharam e não tocaram no assunto.
[•••]
À noite, foi um completo silêncio. Apesar de termos comido enquanto assistíamos ao filme, jantamos mesmo assim, e o clima estava estranho. Meu pai e o Max estavam conversando entre si.
- Tá tudo bem? - minha mãe perguntou.
- Tá sim, por quê? - peguei mais um pouco de suco.
- Entre você e o Max? - não sabia onde ela queria chegar.
- Sim. - disse num tom estranho.
- Eu não te contei isso, mas eu e seu pai já fomos assim, como você e o Max são. - ela falou num tom que só eu pudesse ouvir. - Eu sei o que tá rolando entre vocês.
- Não tá rolando nada entre nós, mãe, não viaja. - espero que ela acredite.
- Quer mesmo que eu acredite nisso? Pode falar comigo, você sabe que sou sua melhor amiga, né? - balancei a cabeça concordando. - Então diz, minha flor.
- Tá, mas não aqui. - saímos da cozinha e fomos para o quarto da minha mãe.
- Meninos! - minha mãe chamou a atenção deles. - Lavem a louça. - e subimos para o quarto.
Ela fechou a porta e a trancou para que não houvesse distrações na nossa conversa.
- Pode falar. - ela deu alguns segundos para eu começar a dizer tudo o que estava acontecendo comigo nas últimas semanas.
(Narrando o Max)
- Agora podemos conversar. - o Eduardo disse, e eu fiquei curioso sobre o que ele queria dizer para mim.
- Sobre o quê? - confesso que estava curioso.
- Quando chegamos aqui e vimos aquela cena... - eu o interrompi.
- Me desculpe, senhor Eduardo, mas não era o que o senhor está pensando. - fiquei apavorado com a ideia de ele pensar que eu estava envolvido romanticamente com a Alice.
- Não precisa ficar assustado, não pensei em nada disso. Sei que vocês estão nessa idade de querer namorar. - ele disse calmamente. - Eu e a Jennifer resolvemos conversar com vocês antes de tirarmos conclusões erradas sem ouvir a versão de vocês primeiro.
- Acho que não estou pronto para ter essa conversa ainda. - olhei para ele, e ele concordou balançando a cabeça.
- Te entendo, principalmente porque eu e a Jennifer passamos por isso. Éramos melhores amigos, como você e a Alice são. Mas sei que se fosse para minha filha se relacionar com alguém, com certeza você não precisaria da minha autorização, né? - ouvir isso me deixou feliz.
Porém, o problema era: será que a Alice sentia o mesmo por mim? E se esse sentimento fosse passageiro e eu acabasse arruinando nossa amizade de anos?
•••
Continua...
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Max, Meu Melhor Amigo
Romance✨ SINOPSE ✨ Oi, me chamo Alice, tenho 17 anos e estou no 3º ano do ensino médio, junto com meu amigo Max. Eu o conheço a vida toda, e ele é meu único amigo, pois não sou boa em fazer amizades, mas ele sim! Não sei como ele consegue, e ele também p...