CAPÍTULO 7: Despertar, Café e Encontros Indesejados

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( Narrando Alice)

  Escuto meu alarme e vou até ele para desligar cheia de preguiça e sono, ainda é 06:00 e às aulas começam às 07:30, então poderei me arrumar tranquilamente.

- Aaah que preguiça - resmungo - Perai, como eu vim parar na cama? Ah, foi o Max - não dou muita importância e vou me arrumar.

  Tomo banho logo de manhã para despertar e relaxar um pouco. Quando saio do banho, visto uma blusa listrada branca e verde musgo de frio, uma calça folgada preta e um casaco grande preto. Penteio meu cabelo e faço umas ondas, passo uma maquiagem natural e saio do quarto.

Será que o Max já acordou?

  Escuto uns barulhos vindo da cozinha e vou na sua direção. Quando chego na cozinha, me deparo com o Max fazendo o café da manhã: panquecas de morango e pão de forma com muçarela e presunto. O cheiro estava maravilhoso.

- Já está pronto para casar - digo com bom humor e ele se assusta por ter aparecido do nada.

- Um dia você vai me matar do coração - diz respondendo com o mesmo humor que eu - Só casarei com alguém especial - ele vira outra panqueca no prato.

- E não esqueça que eu tenho que aprovar a sua escolha, viu? - pego o prato com panquecas e uma pequena quantidade delas, e os sanduíches.

- E eu tenho que aprovar a sua, não quero que ninguém magoe a minha pequena - disse sério só que deu um espaço para um sorriso de ladinho.

- Ok, papai kkk - digo indo à geladeira para pegar um pouco de suco natural.

  Tomamos café, rindo das nossas loucuras, e conversando sobre como seria o nosso 3° ano. Eu estava criando várias expectativas sobre como será o último ano (até que enfim, não aguento mais), mas depois de terminar o ensino médio, vou ser uma desempregada. Que vida injusta!

- Vamos, senão vamos nos atrasar - Max diz colocando o resto da louça e indo no "seu quarto" pegar sua mochila.

  Eu vou no meu para fazer a mesma ação, me olho mais uma vez no espelho e pego uma bala de menta e meu celular. Desço as escadas, e o Max já estava me esperando na porta, concentrado no seu celular, e vou bem de fininho para ver do porquê ele está tão concentrado.

- Huum, tá conversando com uma crush? - faço ondas com a sobrancelha.

- Não, só é a Flávia - ele diz ainda com o olhar vidrado no celular.

- O que essa garota quer? - meu bom humor já foi embora só de ouvir o nome dela.

- Ela só começou a me seguir no Instagram - ele desliga o celular e coloca no bolso.

- Menos mal - reviro os olhos.

- Está com ciúmes, minha pequena? - ele diz com tom provocador e isso me irrita.

- Não estou com ciúmes nenhum, vamos antes que nós atrasemos - pego a chave e ele já está do lado de fora, e a tranco.

  Flávia, como posso descrevê-la? É uma pessoa egoísta, nada simpática, quer ser melhor em tudo e de todos. Típico de meninas mimadas de filmes, ricas e sem caráter, que se acham por terem beleza extraordinária.

  Caminhamos alguns quilômetros, até chegarmos à escola, e encontramos um rosto familiar, o rosto da Flávia.

  Ela estava vindo em nossa direção com uma mini saia rosa, quase mostrando a polpa da bunda, e com uma blusa colada que marcava seus silicone e mostrava sua barriga. E, claro, acompanhada de suas amigas sanguessugas Amanda e Eduarda. Como uma pessoa pode achar que isso aqui é uma boate? As pessoas podem usar o que se sentir confortável, mas a escola nos prepara para o futuro profissional. Óbvio que não vamos a uma reunião de trabalho quase nus. Mas fazer o que?

- Oi Max - diz quase grudada nele e mastigando um chiclete.

- Oi - ele diz sem prestar muita atenção e olhando para outro lado, provavelmente procurando seus amigos - Até depois, Alice - ele acena com um sorriso, e eu faço o mesmo.

- Ah, oi, Alice - diz com nojo.

  A expressão de Flávia se transformou em um misto de raiva e desprezo quando a ignorei e continuei meu caminho na direção dos papéis com as salas de aula. Ela nunca foi uma pessoa que eu suportasse, e sua presença sempre foi como um espinho irritante no meu cotidiano.

•••
Continua...

Max, Meu Melhor Amigo Onde histórias criam vida. Descubra agora