CAPÍTULO 63: Convalescência Aconchegante

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  Fiquei assistindo filmes natalinos com o Max, aconchegados sob uma coberta silenciosa, enquanto nossos pais jogavam baralho na cozinha, preenchendo a casa com risadas infindáveis.

— Assim não conseguimos ouvir o filme — comentei em voz alta, tentando competir com o som da diversão deles.

— Vocês estão se curtindo e nem estão prestando atenção à TV — disse minha mãe com um tom mais alto que o meu.

Olhei para o Max, enrubesci e ele depositou um carinhoso beijo no meu rosto.

— Não acredito que você fica envergonhada — ele me envolveu em seus abraços.

— Bem, acredite, mesmo quando tivermos 80 anos, ainda vou sentir como se fosse a primeira vez — olhei para a TV.

— É mesmo? — ele começou a fazer cócegas em mim. — Você é tão adorável. — Ele selou nossos lábios com um breve beijo.

— Te amo — olhei em seus olhos, que brilhavam e tinham as pupilas dilatadas.

— Também te amo — ele se aproximou para unir nossos lábios em um beijo apaixonado.

Ficamos ali, perdidos naquele momento de carinho e conexão, enquanto os sons de alegria dos nossos pais na cozinha pareciam desaparecer. Era como se o mundo ao nosso redor desvanecesse, deixando apenas nós dois e a magia daquela noite natalina.

A luz suave das velas de Natal e a árvore iluminada criavam um ambiente acolhedor e mágico. O filme continuava a rodar na TV, mas nossos corações estavam focados um no outro. Cada toque, cada olhar, era uma lembrança preciosa da nossa paixão.

Finalmente, nos afastamos e sorrimos um para o outro, ainda envoltos na atmosfera aconchegante da sala.

— Esta é a melhor maneira de passar o Natal, ao seu lado — Max sussurrou, seus olhos brilhando de felicidade.

— Concordo plenamente — respondi, sabendo que este momento especial seria uma memória que guardaríamos para sempre em nossos corações.

Voltamos nossa atenção para o filme, mas, naquele instante, não era apenas a história na tela que aquecia nossos corações; era o amor e a conexão que compartilhávamos que tornavam aquela noite de Natal verdadeiramente inesquecível.

[•••]

  Às vezes, tenho dificuldade em acordar devido à preguiça. Minha cabeça começa a latejar, e sinto como se estivesse doente. Fico enrolando na cama e meu corpo parece dolorido. Curiosamente, parece que sempre fico doente quando chega o inverno com a neve. Solto alguns espirros e faço minha rotina de higiene matinal quase arrastando, e ocasionalmente volto a dormir sem perceber.
 
  Às vezes, parece que a cama tem um ímã, me puxando de volta para um sono profundo. É como se o frio lá fora tornasse ainda mais difícil sair da cama aconchegante. No entanto, preciso me convencer a levantar, mesmo quando tudo em mim quer ficar sob as cobertas. Mas não consigo.

  Sinto alguém me chamando e tentando me acordar, mas o sono é tão acolhedor.

— Filha, você está com uma febre alta. Vou ligar para o médico — ela sai do meu quarto.

Eu cochilo, embora ainda consiga ouvir o que está acontecendo ao meu redor. Ouço a porta se abrir.

— Vou preparar uma sopa, tente ficar acordada — ela tenta me ajudar a levantar.

— Tudo bem, mãe, vou fazer o meu melhor — sento na cama com dificuldade, ainda sonolenta.

  Aproveito para jogar água no rosto para tentar despertar, e surpreendentemente funciona. Volto a me sentar na cama, embora meu corpo ainda esteja implorando por sono. Quase pegando no sono, ouço o meu celular tocar.

Ligação

Alice: — Alô?

Sophie: — Oi, é a Sophie. Como você está?

Alice: — Mais ou menos. E você? — Minha voz fica rouca por causa da gripe.

Sophie: — Está gripada?

Alice: — Sim, e com febre também — toussicando entre as palavras.

Sophie: — Espero que melhore em breve. Queria te avisar que estaremos aí à noite.

Alice: — Ah, está bem.

Sophie: — Cuide-se e melhoras.

Alice: — Obrigada, tchau.

Sophie: — Até.

Jogo o celular de lado e pego meu notebook para passar o tempo jogando, a única maneira de fazer o tempo passar rapidamente. Enquanto me acomodo com o notebook, o quarto ainda parece um refúgio aconchegante, apesar da febre e da gripe. A tela do computador ganha vida, e mergulho nos jogos para distrair minha mente da doença que me aflige.

  Tomei minha sopa e decidi cochilar um pouco mais, como costumo fazer quando estou doente, embora às vezes me questione se isso é bom.

[•••]

Sinto alguém brincando com meu cabelo e meu reflexo me assusta, fazendo me cair da cama.

— Amor?! Você está bem! — Max me ajuda a levantar.

— Por que você fez isso? Pensei que fosse algum bicho — dou um tapa e ele faz uma careta antes de se deitar ao meu lado.

— Vai voltar a dormir? Já são 18:00. Esqueci que quando você está doente, você dorme mais do que o normal — ele comenta enquanto se acomoda ao meu lado.

— E você vai me deixar tirar uma soneca? — pergunto.

— Não — ele sorri e se inclina para me beijar.

Eu me afasto.

— O que foi? — ele levanta uma sobrancelha.

— Você vai pegar minha gripe também — me ajeito na cama.

— E você acha que isso vai me impedir de te beijar? Se não desisti de você após tudo que passamos, agora uma simples gripe não será um obstáculo — ele faz eu olhar em seus olhos.

— Sério?

— Sim — ele ri e se aproxima ainda mais.

— Espere — sussurro — Vou ficar sem ar.

— Obrigado — ele sorri, convencido.

— Não foi um elogio, é porque meu nariz está entupido.

— Tudo bem, vou te dar selinhos, então. — ele ri.

  Nossos momentos juntos são sempre um alívio, até mesmo quando estou doente. Seu sorriso e a maneira como cuida de mim fazem com que eu me sinta melhor.

•••
Continua...

Max, Meu Melhor Amigo Onde histórias criam vida. Descubra agora