Duas semanas depois...
(Narrando o Max)
— Recordo-me do teu sorriso que iluminava meu mundo quando tudo estava sombrio, Alice.
Digo, fitando o teu túmulo, e ajoelho-me para dispor tuas flores prediletas.
— Trouxe as que mais gostava! — Meus olhos enchem-se de lágrimas novamente; não entendo como ainda continuam a cair.
Recordo-me do dia em que tudo desmoronou, senti teu corpo frio e teu rosto sem vida. Jamais verei aquele sorriso, nunca mais contemplarei aquele olhar que fazia meu coração palpitar. Não mais ouvirei tua voz que acalmava meu coração nos dias difíceis, nunca mais sentirei teus lábios nos meus, nunca mais sentirei a presença do teu perfume.
— A saudade aperta, como se a cada lágrima caída, fosse um pedaço de mim que se vai contigo, Alice.
Permaneço ali, perdido em pensamentos, relembrando momentos que agora parecem distantes. O vento sussurra memórias e as lágrimas teimam em não cessar.
— A vida parece vazia sem ti. Às vezes, fecho os olhos na esperança de encontrar-te em meus sonhos, sentir novamente a doçura do teu abraço.
A tristeza é como uma sombra constante, mas agradeço por termos compartilhado risos e instantes de felicidade. Hoje, deixo aqui as flores, símbolo frágil de amor eterno, na esperança de que, onde quer que estejas, sintas a energia do meu carinho.
— No silêncio do cemitério, busco consolo nas lembranças que compartilhamos, Alice. Cada pétala depositada sobre o túmulo é como um fragmento do meu amor por ti.
Ao fitar o horizonte, percebo que a vida continua ao meu redor, mas um pedaço de mim permanece contigo. Em cada brisa, procuro sinais de que ainda estás presente de alguma forma.
— Às vezes, a noite se torna um labirinto de saudades, onde tua voz ecoa em minhas memórias. Os dias, antes repletos de cores, agora são matizes de uma melancolia persistente.
Enquanto o tempo avança, carrego o peso da tua ausência, mas também a gratidão por termos compartilhado uma história que deixou marcas eternas. Coloco as flores como um tributo à tua existência, na esperança de que, onde quer que estejas, sintas a eternidade do meu afeto.
Ao tocar as flores sobre o túmulo, sinto a fragilidade da vida e a crueldade da separação. A dor é como uma ferida aberta, nunca cicatriza completamente, apenas se transforma em uma dor mais silenciosa, mas persistente. Cada sorriso lembrado é um punhal no coração, pois sei que jamais poderei vê-lo novamente. Mesmo o sol mais brilhante parece ofuscado pela sombra da tua partida, e as lágrimas, antes salgadas, tornaram-se o amargor da perda.
Pego a foto de nós dois, cobertos de farinha de trigo, fazendo caretas, e a coloco no seu túmulo, sentindo meu coração se despedaçar ainda mais. A saudade é avassaladora, e a certeza de nunca mais te ver é dolorosa.
•••
Fim!
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Max, Meu Melhor Amigo
Romance✨ SINOPSE ✨ Oi, me chamo Alice, tenho 17 anos e estou no 3º ano do ensino médio, junto com meu amigo Max. Eu o conheço a vida toda, e ele é meu único amigo, pois não sou boa em fazer amizades, mas ele sim! Não sei como ele consegue, e ele também p...