CAPÍTULO 38: Novos Amigos à Beira-Mar

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(Narrando o Max)

- Luke! O que você faz aqui? - com certeza a Alice o chamou.

- Vim passar a semana com vocês - ele sorri.

Saio dali e vou para a praia.

Como posso estar com uma pessoa e ficar pensando em outra? Nem mesmo namorar a Flávia faz a Alice sair da minha cabeça. Quando vi eles juntos, senti um aperto no peito e ciúmes, é óbvio, mas com a Flávia, nem sinto metade do que sinto pela Alice.

- Oi - um rapaz com prancha se aproxima.

- Oi - achei isso estranho.

- Você quer surfar com a gente? - ele aponta para o grupo de garotos pegando onda.

- Eu nunca surfei na vida, mas tudo tem uma primeira vez, né? - ele me dá uma prancha.

Surfei por horas e nem percebi o tempo passar. Eles são legais, resolvemos dar uma pausa.

- Não me apresentei, me chamo Max - cumprimento com um aperto de mão.

- Jacob, e esses são David e Logan - ele aponta para um rapaz negro e um moreno.

Ficamos conversando, pegando onda e eles mostraram a cidade. Resolvemos comer um lanche.

(Narrando a Alice)

Fiquei conversando com o Luke e resolvemos passear na praia.

- Quer sorvete?

Estava com os pensamentos longe.

- Quê? kkk - ele aponta para o carr
inho do sorveteiro - Quero sim!

Ele pega um sorvete que aparenta ser de milho verde e coco.

- Prefere coco ou milho verde? - ele estende o sorvete.

- Milho verde - pego o sorvete e começo a saborear.

- Então... Alice, o que você gosta de fazer?

- Ler, escrever histórias e ouvir música. E você?

Jogamos conversa fora e rimos bastante. Até conheci um lado divertido do Luke.

[•••]

Agora estou no quarto, deitada e jogando um jogo aleatório no celular. Percebo que já são 15:00. Como não estou com fome? Afinal, comi igual uma porquinha durante a viagem toda kkk.

Vou para a cozinha, e o cheiro de comida invade meu nariz. A barriga roncou ainda mais.

- O que vai ser de bom, mãe? - sento na cadeira.

- Vai ser macarrão com cheddar - lambo os lábios - Me ajuda a fazer uma sobremesa tropical? Comprei umas frutas que têm no Brasil, não tem nada mais tropical do que o Brasil.

- Concordo! Vamos fazer uma salada de frutas, só sem açúcar para ficar fitness.

- É você mesma, filha!! Não quer colocar açúcar nas frutas? Mas sem açúcar não é sobremesa kkk - começamos a rir.

- Pelo menos um dia tenho que ser fitness kkk - tenho que ser saudável pelo menos um dia, não é minha gente! - Vai uma sobremesa diferente, zero açúcar.

- Eu vi o Max com uma tal de Flávia. Espero que ele perceba o erro que está cometendo - minha mãe diz triste porque ela sempre quis ter o Max como genro e eu como namorado.

Nem tudo na vida sai como planejamos, não é? ʕ⁠'⁠•⁠ ⁠ᴥ⁠•̥⁠'⁠ʔ.

- Concordo. Também viu? - a mãe dele entra na cozinha e levo um susto, e minha mãe dá um pulo - Eita, mulher! - gargalhamos.

Cumprimento a mãe dele com um abraço, e minha mãe também.

- Acredita que prefiro você de nora! - ela sussurra e pisca com um sorriso.

- Oi, sogrinha! - Flávia chega e abraça ela.

- Oi - dava para notar que ela não estava muito à vontade.

Elas começaram a conversar, e eu fui para outro cômodo, não aguento ficar no mesmo lugar onde tem poluição. Resolvo passear na praia para descansar a mente um pouco. Quando chego à praia, sento na areia.

Fico olhando o mar, meu olhar e minha mente ficam distantes desse lugar.

- Olá - me viro para o lado e vejo três meninas com biquínis, shorts e pranchas.

- Oi - sorrio simpática.

- Desculpa, a minha amiga aqui não tem noção das coisas e conversa com qualquer estranho.

- Ei! Não converso com pessoas estranhas, só quando vejo alguém que parece ser simpática e legal de longe, quero fazer amizade.

- Então, aparenta ser legal e simpática? - fico surpresa por meu rosto mostrar isso. Às vezes ando na rua com a cara séria, então as pessoas podem pensar muitas coisas de mim.

- Sim! Qual é o seu nome? - a menina loira pergunta.

- Alice e o de vocês?

- O meu é Amber, prazer! - a menina loira estende a mão, e cumprimento.

- Scarlet - a menina negra com cabelos mais lindos que já vi.

- Sophie - a menina do cabelo colorido.

- Alice! Você já surfou na vida? - Amber diz.

- Nunca!! Tenho muito medo do mar, ainda mais do que vive nele, né? - elas riem, e começo a rir também.

- Você gostaria de experimentar? - Sophie pergunta.

- Tudo tem uma primeira vez, né? E se estou numa praia, tenho que perder esse medo do mar kkkk - fico um pouco tímida e com medo.

- Ah, sim, é isso aí, menina! - Scarlet diz empolgada - Vou arranjar uma prancha para você, ok?!

- Ok, vou colocar uma roupa apropriada para isso. Daqui a pouco estou de volta - me afasto delas e vou em direção à casa.

Vou para o meu quarto correndo, troco de roupa e uso um biquíni amarelo, um short preto e um boné de praia. Desço as escadas e aviso minha mãe para onde estou indo, antes que ela tenha um treco do coração.

Encontro as meninas sentadas, e seus olhares se voltam na minha direção.

- Vamos lá! - sorrio, e elas prontamente entregam minha prancha amarela.

- Combina com seu biquíni! - ela sorri de forma encantadora, e eu retribuo o gesto.

Na primeira tentativa, foi um fracasso total. Não consegui ficar em pé direito na prancha e caí diversas vezes, resultando em risadas contagiantes. Apesar de todas as quedas, consegui finalmente permanecer em pé por alguns segundos, mas logo acabei caindo novamente.

- Você está se saindo bem, Alice! - Amber sorri de incentivo.

- Espero que sim, viu? - sinto algo tocar meu pé e solto um grito alto.

- O que foi, Alice?! - As meninas ficam apavoradas com meu grito repentino.

- Relaxem, era apenas uma sacola! - Sophie pega a sacola e me mostra que não era nada sério.

- Por que as pessoas não jogam isso no lixo? Sou muito pacífica, mas se eu pegar alguém fazendo isso na minha frente, vai ouvir um sermão! - Amber desabafa sua indignação.

- Calma aí! Amber é agressiva e doce ao mesmo tempo, mas eu entendo sua raiva - Scarlet diz sorrindo, mas sua expressão logo fica triste. - As pessoas não têm noção do mal que isso causa aos animais marinhos e ao próprio ambiente.

- O ser humano pode ser terrível mesmo - concordo, refletindo sobre como as pessoas podem ser cruéis mesmo diante das consequências evidentes para a vida marinha.

•••
Continua...

Max, Meu Melhor Amigo Onde histórias criam vida. Descubra agora