Luke e eu estávamos no restaurante que só servia frutos do mar, ele foi um cavalheiro o tempo todo e agradeceu com timidez.
— Posso anotar o pedido? — o garçom tirou a caneta do bolso e segurou seu caderno na outra mão.
— Vou querer alguns camarões — ele anotou e depois veio tomar o meu pedido.
Como eu não estava familiarizada com muitos pratos do cardápio, escolhi o camarão, algo que eu já conhecia.
— Você parece conhecer bem este restaurante. Optei por algo comum, porque não quero pedir algo que eu possa não gostar — brinquei, tomando um pouco de água da taça.
Conversamos sobre nossos gostos e desgostos, rimos bastante, e tentei controlar minha risada escandalosa, mas às vezes era impossível.
— Desculpa, você deve estar arrependido — tentei tampar minha boca e o garçom chegou com os pratos.
— Adoro ver você sorrir! Seu sorriso é lindo — ele sorriu de um jeito fofo e ficou vermelho.
Comi meus camarões e bebi um pouco de vinho sem álcool, estava muito bom. Já estava satisfeita, e era hora de pagar a conta.
— Não, pode deixar que eu pago — ele insistiu.
— Por favor, deixe-me pagar.
— Vamos fazer assim, cada um paga metade, está bem?
— Tudo bem — peguei a quantia exata em dinheiro, e ele chamou o garçom e entregou seu cartão.
— Não íamos dividir a conta? — levantei uma sobrancelha.
— Não desta vez — ele piscou, o garçom trouxe o cartão e a nota, e Luke me devolveu o dinheiro.
Quando saímos do restaurante, percebi que havia começado a chover. Estava tremendo de frio e senti algo me cobrindo. Virei-me e vi que era Luke, colocando seu casaco sobre os meus ombros.
— Você não vai ficar com frio? — perguntei.
— Não — ele sorriu.
— Finjo que acredito — caminhamos na calçada e a paisagem estava linda.
— Quer nadar? — Luke ficou ao meu lado.
— Não, deve estar um gelo kkk — eu estava tremendo mesmo com o casaco.
— Então eu vou — ele correu em direção à praia e tirou suas roupas, pulando na água.
— Você vai ficar doente — eu disse.
— Vem, está quentinha — ele mergulhou e arrumou o cabelo.
— Nem a pau! — sentei na areia e fiquei admirando a beleza da lua.
— Vem, está quentinha — ele me pegou no colo.
— Não faça isso, Luke! — ele me jogou no mar, e eu gritei.
— Viu, a água está quentinha — ele riu.
— Quentinha!? Só se for na China, está gelada para caramba! — eu estava tremendo de frio. — Minha maquiagem deve estar toda borrada.
Luke voltou para a superfície da água e começou a nadar em minha direção.
— Continua linda — ele tocou minha bochecha com carinho, e sua mão estava quente.
Senti sua respiração ficar mais próxima da minha, e nossos lábios se tocaram em um beijo suave. Ele segurou minha cintura, e nossos lábios permaneceram unidos. Borboletas reviraram meu estômago, e o frio que eu sentia não tinha nada a ver com a temperatura da água. Depois de alguns segundos que pareciam minutos, nos separamos.
— Vou sair da água antes que eu fique gripada — nadei até a superfície e peguei meu casaco, que ainda estava seco.
Luke voltou à superfície também e começou a se vestir. Eu percebi que seu queixo estava tremendo de frio.
— Olha quem está com frio! — eu o provoquei.
— Você é bem espertinha, Alice — ele sorriu enquanto se vestia. — Pronta para voltarmos?
— Com certeza! — seguimos de volta para casa. Ele abriu a porta, e eu tirei meus sapatos.
— Que alívio — falei, fazendo massagem nos meus pés cansados.
— Por que eles estão molhados? — Emille perguntou quando entramos.
— Pegamos chuva — Luke explicou, e eu apenas balancei a cabeça.
Max apareceu na escada e subiu.
— Max! Não íamos ver aquele filme? — Flávia o seguiu subindo os degraus.
— Não estou com vontade! — ouvi sua voz vinda do cor
Subi para meu quarto e tirei aquela roupa molhada. Dirigi-me diretamente ao chuveiro, e a água estava na temperatura morna que eu tanto apreciava. Enquanto a água caía sobre mim, os pensamentos sobre Luke invadiram minha mente. Comecei a relembrar o beijo que compartilhamos, e um sorriso involuntário surgiu em meu rosto. No espelho do banheiro, notei meus olhos brilhantes e minhas bochechas coradas.
Após o banho, me vesti com meu pijama quentinho e fechei a janela para bloquear o vento frio. Meu celular começou a tocar, e percebi que era uma chamada de vídeo das meninas.
Amber: — CONTA TUDOOOOO!!!
Sophie: — Meu Deus! Estourou meus tímpanos.
Scarlet: — Imagina os meus! Ainda estou de fone e no máximo kkkk.
Amber: — DRAMÁTICAS.
Scarlet: — Vai, Alice!
Alice: — O quê!?
Sophie: — Detalhes, quero detalhes.
Alice: — A gente... nós jantamos no restaurante de frutos do mar e conversamos...
Amber: — E então? Se beijaram?!!
Scarlet: — Não interrompa, Amber.
Amber: — Tá — ela fez uma careta engraçada.
Alice: — Fomos à praia, e ele me jogou no mar, e aí... — um sorriso bobo apareceu em meu rosto.
Amber: — E aí... Diz logo, menina, está me matando de curiosidade, embora eu esteja desconfiada desse seu sorriso!
Ouvi um barulho na chamada de vídeo.
Alice: — Meninas, está tudo bem? Kkk.
Scarlet: — Tropecei em alguma coisa aqui! Mas estou bem.
Sophie: — Diz logo, Alice!
Alice: — Nos beijamos.
Amber, Sophie e Scarlet: — AAAAAAAA.
Amber: — Então, você e o Luke se beijaram? Mas e o Max?
Sophie: — Verdade, o que você irá fazer a respeito do Max, se você ainda gosta dele?
Scarlet: — Está pensando em dar uma chance para o Luke??
Alice: — Acho melhor esquecer o Max. Eu tentei conversar, e ele me ignora completamente. Cansei mesmo. Ele decidiu me tratar como uma estranha, e nem sei o motivo. Respondendo à sua pergunta, Scarlet, sim, vou dar uma chance ao Luke. Não quero correr atrás de alguém que não demonstrou interesse e não se importa com meus sentimentos.
Amber: — Não vou dizer que sua decisão está certa ou errada, mas só o tempo irá dizer. Você deve dar uma chance para ver no que dá, e se não der certo, é só continuar nadando.
Alice: — Tá bom, Dory kkkk. Já vou indo, meninas, bye — nos despedimos, e eu desliguei o celular.
Hoje foi um dia agitado entre amigos, e o gosto do beijo de Luke ainda estava em meus lábios. Acho que, aos poucos, estou começando a gostar dele.♡︎
•••
Continua...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Max, Meu Melhor Amigo
Romance✨ SINOPSE ✨ Oi, me chamo Alice, tenho 17 anos e estou no 3º ano do ensino médio, junto com meu amigo Max. Eu o conheço a vida toda, e ele é meu único amigo, pois não sou boa em fazer amizades, mas ele sim! Não sei como ele consegue, e ele também p...