𝐂apítulo 23

582 40 0
                                    

𝐏ov's 𝐓om 𝐊aulitz

  Estava dormindo, principalmente por conta dos meus remédios, ouvi o toque do iPhone que tocava ao meu lado, acordei meio desnorteado e em minutos que recuperava a minha consciência, consegui ver o nome, era Mary, mas Mary de madrugada?
  Atendi rapidamente e me sentei na cama, eu não fazia ideia do que poderia ter acontecido.

- Mary?... Está tudo bem?

Mary: Tom, não... Você, você pode vir até aqui?

- O que aconteceu? Por que está chorando? Sua voz parece fraca.

Mary: Eu... Me cortei, mas dessa vez fui longe demais, eu realmente fui longe, eu estou no chão, tem muito sangue saindo... E eu, estou fraca, minha visão está turva Tom...

- Não se mexe, eu estou indo, não desliga a ligação! - me levantei e peguei um casaco.

  Desci as escadas e peguei a chave do carro, logo saindo com pressa, ela sabia que se ligasse eu iria correndo, ela tinha esse poder sobre mim.

- Você ainda mora no mesmo lugar?

Mary: Sim, a mesma casa de sempre...

  Liguei o carro e comecei a dirigir rápido como um louco, como se a minha vida dependesse daquilo, Mary morava um pouco afastado.
  Tudo que eu amava residia naqueles olhos, eu daria a minha vida por ela, era fato.
  Foram longos minutos, todo tempo eu tentava acalmar ela, mas teve um momento que o desespero tomou conta de mim.

- Mary?

Mary: quando chegar, entre pela janela... Eu não quero preocupar a minha mãe.

- Mary?

Sem resposta e meu coração gelou por instantes.

- Mary, por favor fala comigo, você está acordada?...

  Meu coração começou a pulsar forte, logo acelerei mais do que os limites de trânsito permitem pela rodovia, mas cheguei na casa dela em tempo recorde.
  Sai do carro e me dirigi a janela, subi com o pé apoiado pela varanda, entrei na casa e abri a porta do quarto, a porta do banheiro estava aberta, eu entrei no banheiro, ela estava caída no chão, seu sangue estaria no chão, parecia desacordada, a puxei então para perto de mim e tentei ouvir seus batimentos cardíacos, não estava ouvindo nada aparentemente.

- Mary, eu preciso de você! Não me deixa, por favor...

  A ansiedade tomou conta do meu ser naquele momento, era um dos maiores desesperos que eu já havia sentido, será que era pode me ouvir gritando? Implorando por ela.
  Mary acordou minutos depois toda desnorteada, arranquei a minha camisa e molhei na água, logo amarrando seu pulso para estancar todo aquele sangue.

- Eu vou te levar pro hospital, vai ficar tudo bem, ok?...

  Peguei a garota no colo com dificuldade e sai da casa rapidamente, deitei o banco da frente e coloquei ali, seu corpo estava pálido, ela provavelmente teria perdido muito sangue.
  No carro comecei a dirigir rápido, mas não tanto, afinal ela estava passando mal, em pouco tempo estávamos em um dos hospitais mais caros da nossa cidade, eu não a levaria para um lugar público, ela poderia morrer...
  Chegando lá, colocaram a mesma em uma maca e a levaram para emergência.

???: Certo, o que você é da paciente?

- Eu... Eu sou o namorado dela! - aquilo passaria mais confiança do que só um amigo.

???: está com os documentos dela aí?

- Estão aqui.

???: O que aconteceu?

- Ela me ligou, dizendo que tinha se cortado, e bem, estava perdendo sangue, eu fui pra casa dela o mais rápido que pude, amarrei o pulso dela para estancar o sangue.

???: Você fez bem, vou passar a ficha para a médica, qual tipo de ocupação você vai querer para ela?

- A melhor que tiver, quero que ela tenha o melhor conforto possível.

???: certo, tudo ficou em oito mil euros senhor.

- Pagamento a vista. - entreguei o cartão para ela.

???: Vai dar tudo certo, não se preocupe.

  Me sai do balcão e me sentei na recepção, eu estava tão desesperado, eu tentei ficar sentado mas foi sem sucesso, sai andando de um lado para o outro totalmente desesperado, foram as piores horas da minha vida.
  Era por volta das sete horas da manhã quando a médica chegou a recepção e me chamou.

Dra. Walters: Acompanhante de Mary Diehl Hoffmann?

- Sou eu doutora! Sou eu... - fui até a mesma.

Dra. Walters: Bem, eu me chamo Morgan Walters, sou a médica responsável pela sua namorada, ela já está bem, está na sala de descanso, vai precisar ficar em revisão mas acredito que até o final do dia ela possa ter alta. Logo mais eu te darei as indicações corretas e passarei alguns medicamentos. Pode entrar se quiser, ela está desacordada ainda.

  Senti um alívio tão grande ao ouvir aquilo, logo fui para o quarto em que ela estava e apaguei no sono na poltrona que havia lá.

[ . . . ]

𝗨𝗟𝗧𝗥𝗔𝗩𝗜𝗢𝗟𝗘𝗡𝗖𝗘 | 𝖳𝗈𝗆 𝖪𝖺𝗎𝗅𝗂𝗍𝗓 [finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora