𝐂apítulo 18

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𝐏ov's 𝐌ary 𝐇offmann

𝐅𝐥𝐚𝐬𝐡𝐛𝐚𝐜𝐤 -

  No meio do caminho, como se fossem uma maldita maldição, eles apareceram na rua com o enorme carro e pararam ao meu lado.
  Eu comecei a hiperventilar, não conseguia respirar, a ansiedade já tomava conta de mim por inteiro.
Victor abaixou o vidro e me encarou com um sorriso no canto dos lábios.

— Você já se esqueceu do nosso combinado, Mah? — Ela diz tristonho com aqueles malditos olhos baixos. —  Por favor, entre no carro... Você sabe que vai ser divertido. Afinal, não há nada melhor do que se divertir sem limitações, não é?...Mary você é a estrela da festa! Todos querem você lá, gatinha...

— Estrela? Que eu saiba, foram vocês que ganharam o jogo, não eu... — Respondi sem atitude alguma.
Victor soltou um riso baixo começando a balançar a cabeça de um lado para outro.

— Eu amo seu senso de humor, gatinha! — Ele aperta o volante me analisando como uma presa, logo mordisca seu lábio inferior e tomba a cabeça para trás. — Entra no carro...

  Victor deferiu palavra a mim com a voz rouca e leve me causando arrepios pelo corpo todo.
Como se eu já não tivesse mais controle sobre mim, eu engoli seco uma última vez e entrei no carro com a cabeça baixa.
Pude ver os três comemorarem como se eu fosse um prêmio.

. . .

  Já na festa eu dançava com um enorme copo de bebidas em mãos me sentindo dissipar da realidade...
  Quando cheguei, os garotos diziam que eu estava muito tensa e precisava relaxar um pouco, logo me entregaram bebidas obviamente batizadas e fui forçada a toma-las.
  Nunca me senti tão fraca em toda minha vida...
  Eu me deixei levar pelo medo e angústia, achei mais fácil me render, talvez eles me deixariam em paz se eu desse o que eles queriam, mas eu não tinha idéia de que eles iriam tão longe...

— Olha só para você Mah! Se soltou que é uma beleza, ein!? — Victor diz chegando por de trás de mim enquanto ainda dançava, assim puxando minha cintura com força para trás. Logo tombei a cabeça para trás em seu peito a risos.

— Me soltei graças ao que você colocou aqui...— Disse molenga segurando seu braço em fraqueza.

— É, acho que você já bebeu demais...Porque não vem descansar um pouco? — Ele me puxa pela mão e me guia até a um quarto no final do corredor, onde seria um dos únicos quartos na casa não sendo feito de motel.

  Seus amigos estariam reunidos alí sentados a cima de sua cama enquanto jogavam videogame e tragavam.
  A risos me joguei sobre o colchão e Victor logo mandou seus amigos saírem do quarto.

— Qual foi!? A gente não vai filmar ela? — Daniel pergunta e eu solto uma risada sem muito entender.

— Filmar quem?

— Ninguém, princesa. — Victor disse acariciando meus fios, pude me sentir segura por instantes. — Já disse para caírem fora. Vocês pegaram pesado na droga, se filmarmos ela assim vamos nos dar mal com toda certeza.

  Eu já não conseguia mais assimilar nada, os amigos de Victor logo saem de seu quarto com a cara emburrada e uma câmera em mãos.
Quando eles saem, Victor tira sua camiseta e se joga na cama ao meu lado, assim voltando a acariciar meus fios com delicadeza.

— Você é linda Mary, linda...— Ele se aproxima pouco e segura minhas mãos ainda moles, assim as pousando a cima de seus ombros enquanto curvava o pescoço e beijava delicadamente minha pele exposta na clavícula. — Não sabe quanto tempo faz que lhe admiro de longe, peço desculpas do fundo do meu coração por ter sido bruto ao falar com você das outras vezes, mas suas curvas me tiram do sério...E aquele Kaulitz  sempre no seu pé me irritava profundamente. — Ela desce os beijos ainda sobre minha vestimenta levando uma de suas mãos a minha cintura apertando-a firmemente.
  Meu corpo inteiro se arrepia e eu logo aperto seus ombros com força levando minha cabeça para trás.
  Eu não me sentia atraída por Victor, mas a droga me deixava totalmente inconsciente, então assim como das outras vezes, não conseguia fazer nada além de aceitar seus toques por mais que eu os odiasse.
  Isso não estava certo, somente consegui sentir meu interior se revirar em nojo e repulsa sobre mim mesma quando escutei Victor mencionar Tom, assim voltando para a realidade por segundos vendo em frames borrados o moreno tirar minha camiseta por cima dos ombros.
  Depois disso, eu pareci ter apagado por mais que não tivesse.
Era como se meu cérebro tivesse parado e minha alma novamente saído do corpo, a única coisa que pude ver e ouvir depois disso foi um...

“Oh, que gracinha...O Kaulitz realmente não tinha tirado sua virgindade ainda...Isso deixa tudo melhor. ”  — Dizia Victor a cima de mim com seu corpo exposto enquanto eu sentia todo meu corpo arder.

  Na manhã seguinte acordei assustada e alucinada com as luzes. Eu estaria sem vestimenta alguma e me encontrava acima dos colchões de Victor que dormia tranquilamente virado para mim.
  Trêmula, levantei pouco a coberta e me vi cheia de sangue.
Minhas pernas tremiam e não era pouco...
  A única reação que tive foi começar a chorar descompensadamente, o que acabou fazendo Victor acordar e me abraçar fortemente enquanto afagava meus fios em delicadeza...

— Hey, princesa...Eu vou cuidar de você, não se preocupe, eu estou aqui. — Ele novamente me manipulava do jeito mais sujo que existia, e sem dignidade alguma aceitei seus toques e cai em sua linda mentira.

  Não, não era pra ser assim...Não faz sentido ser ele, era para ser o Tom, é ele quem eu amo e sempre vou amar!
Então porque...Me sinto presa a isso?

  Bom, eu definitivamente não tinha idéia do perigo que comecei a correr depois desse dia.

[ . . . ]

O último capítulo e este aqui, foram escritos pela Mary luluwnby deixo completamente os créditos pra ela.

- com amor, Eric.

𝗨𝗟𝗧𝗥𝗔𝗩𝗜𝗢𝗟𝗘𝗡𝗖𝗘 | 𝖳𝗈𝗆 𝖪𝖺𝗎𝗅𝗂𝗍𝗓 [finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora