ㅤㅤㅤㅤPRÓLOGO

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SARAH ADENTROU A RESIDÊNCIA do seu pai usando a chave que ele sempre deixava embaixo do sapo de cerâmica, ao lado da porta. Quando Sarah era mais nova, tinha um duende no lugar do sapo, mas desde que sua mãe foi morta por um vampiro e seu pai conheceu o sobrenatural, o duende foi substituído por esse sapo esquisito.
Pietro Foster acreditava que os duendes eram coisas malignas. Ele não estava errado.

A casa estava do mesmo jeito que Sarah viu da última vez que ela esteve aqui, mas algumas coisas estavam empoleiradas pela falta de limpeza. Pietro não era o tipo de pai que abandonava suas responsabilidades por causa da morte da esposa e também não ficará desleixado por conta disso. Sua casa era arrumada, tudo estava em seu devido lugar. Mas ele também não era o tipo em que deixava o assassino da sua esposa vivo, andando por aí como se não tivesse acabado com a felicidade de uma família. Ele estudou por meses e rastreou o vampiro responsável pela morte de Emilly Foster, e enfim conseguiu o que queria, vingar sua esposa.

Pietro tinha um pequeno arsenal no porão da casa, onde ele treinou e treinou Sarah por anos, até que ela conseguisse se proteger. Ele não a criou para caçar e se envolver em brigas que não eram dela, Pietro apenas a fez abrir os olhos para os perigos sobrenaturais.

Sarah desceu as escadas que dava acesso ao porão escuro, ela sabia que se naquela casa tivesse alguma pista do paradeiro do seu pai, não seria em qualquer outro cômodo que não no porão.

Ela apertou o interruptor no canto da parede e a luz iluminou o lugar inteiro. Havia algumas caixas de munições em cima da mesa, um pouco de sal grosso derramado no canto dela e vários papéis. Jornais, cartas e documentos irrelevantes.

Foster começou a vasculhar todos aqueles papéis, haviam cartas com envelopes rasgados com remetentes que eram desconhecidos para ela, mas não para o seu pai, ele provavelmente conhecia todos eles.

Mexendo em todas elas, nenhuma parecia dizer sobre o paradeiro do seu pai, até que ela olhou para o armário e viu o seu antigo urso de pelúcia, Toddy, ali em cima. Toddy sempre ficava em seu quarto, não ali embaixo.

Sarah foi até ele e o agarrou, lembrado de sua infância doce e inocente, como a de qualquer outra criança. Embaixo de Toddy havia um envelope com seu nome escrito na caligrafia de seu pai. Um pouco aliviada por ter achado alguma pista, ela rasga o envelope e começa a ler.

"Querida Sarah, se você está lendo isso significa que ainda não voltei para casa e que você já percebeu que seu pai aqui não foi pescar. Peço desculpa por te preocupar com o meu sumiço, você deveria estar estudando, e não procurando seu pai.
Mas, sobre o meu paradeiro, há alguns dias, o meu velho amigo John Winchester me ligou, pedindo a minha ajuda, e eu, como um grande idiota, fui até ele.
Se eu ainda não voltei para casa, vá a procura dos filhos dele, Sam e Dean Winchester. Talvez eles saibam de algo.

Te amo, filha."

𝐁𝐚𝐝 𝐁𝐥𝐨𝐨𝐝 - Sam WinchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora