DEAN ESTACIONOU O IMPALA em frente ao necrotério da cidade.
O corpo de Steve Shoemaker estava ali, o único problema era como iriam fazer para conseguir vê-lo.Os irmãos desceram do carro e saíram andando na frente, confiantes com o que iriam fazer. Sarah nunca tinha caçado antes, então não fazia ideia do que estava por vir. Apenas os seguiu para dentro do prédio.
A iluminação do lugar era péssima, as luzes eram fracas e as janelas pareciam estarem todas fechadas. Bizarro.
Entraram na sala 144, onde havia um homem careca sentado de forma preguiçosa.
— Oi. Posso ajudar?
Ele perguntou. Sarah estava ao lado de Sam, olhando para o cara, tentando fingir naturalidade. Sua expressão era de desconfiança. Ela não deveria ter vindo.
— Claro. Somos... alunos de medicina.
Dean disse. Sarah o olhou, porque de fato ela era estudante de medicina. Talvez ela pudesse ajudar na mentira.
— Quem?
Sério? Esse cara era idiota ou o que?
Sarah cutucava a cutícula da unha de forma discreta, uns dos seus tiques que indicava que ela estava nervosa. Ela colocou as mãos no bolso da calça, para ninguém notar seu tique.
A sala estava gelada por conta do ar-condicionado e Sarah não havia levado nenhum casaco. Ela não era acostumada com o frio, o tempo quase nunca esfriava em Miami, então ela raramente usava casacos. Havia saído do hotel só com a regata, e tinha se arrependido disso. Os pelos de seu braço se arrepiaram por conta do frio, e, no instinto, ela chegou mais perto de Sam.
Ela não percebeu que fez isso, mas ele a encarou, de forma confusa. Sarah continuava olhando para o homem sentado a sua frente, ela não notou que Sam a olhava com uma expressão estranha.
— O doutor Feiklowicz não avisou? Nós falamos ao telefone. Somos da universidade de Ohio.
O homem estava com uma expressão de desinteresse, ele certamente não estava querendo atende-lós.
— Ele ficou de nos mostrar o corpo de Shoemaker.
Dean mentia com uma facilidade admirável. Tava na cara que ele já fazia isso há um bom tempo.
— É para um trabalho.
Sarah finalmente falou algo desde que chegaram ao necrotério. O ajudante ou assistente, seja lá o que ele for, a olhou, parecendo notar que ela estava ali. Parece que consigo ficar invisível se fico quieta, ela pensou. Bem, talvez fosse isso, ou ele só fosse um daqueles babacas que ignoram as mulheres.
— Bem, desculpe, ele está no almoço.
— Mas ele disse... Bom, deixa pra lá. Você não poderia nos mostrar o corpo?
— Desculpe, eu não posso. O doutor volta em uma hora, podem esperar se quiserem.
Meu Deus, aquele cara estava irritando Sarah. E não era bom quando ela ficava irritada.
Dean continuava tentando persuadi-lo para mostrar o corpo, mas o cara não cedia.
Não é tão difícil mostrar um corpo de um defunto, Sarah pensava, sem paciência.
Sam estava o tempo todo calado ao lado de Sarah. Ele não falou nada desde que entraram na sala.
Dean soltou uma risadinha, nitidamente irritado, e sussurrou para Sam:
— Vai lá, senão eu quebro ele.
E deu as costas.
Sarah só percebeu que havia chegado perto demais de Sam quando ele se mexeu e deu um passo à frente, tirando notas do bolso do seu moletom e colocando em cima da mesa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐁𝐚𝐝 𝐁𝐥𝐨𝐨𝐝 - Sam Winchester
Fanfic𝐁𝐀𝐃 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 | ೃ⁀➷ ׂׂૢ 𝐒𝐀𝐑𝐀𝐇 𝐅𝐎𝐒𝐓𝐄𝐑 𝐄𝐒𝐏𝐄𝐑𝐀𝐕𝐀 𝐓𝐔𝐃𝐎, menos o sumiço do seu pai, o único parente que ainda a restava. Havia se passado duas semanas desde que seu pai saiu para "pescar" e, desde então, Sarah não ouviu notícia...