O CORPO DE Sarah estava pesado nos últimos dias, não que ela tivesse engordado ou algo do tipo, mas ela sentia que o peso estava difícil de carregar, o que significava que: ela estava há um passo de voltar para a sua pior fase, algo que ela evitou por tanto tempo. Ninguém sabia o que ela estava sentindo, mas Gaby desconfiava de que havia algo errado. No fundo, Sammy sabia que estava acontecendo alguma coisa, mas queria acreditar que não, porquê talvez ele não aguentasse se Sarah piorasse. Tudo que ele poderia fazer era ajudá-la de forma que ela não percebesse.
As últimas semanas estavam sendo difíceis, muito difíceis. Sam e Gaby estavam tendo uma ligação estranha, espécie de sonhos parecidos. Sarah chamava de premonição. Mas o fato de Gabrielly e Sam estarem tendo as mesmas visões sobre os mesmo eventos era algo a se investigar. Principalmente depois de descobrirem por John e Pietro que o demônio fez a mesma coisa que fez com Sammy com outra crianças que tinham seis meses na época. Talvez ele tivesse tentando criar um exército, mas isso não tinha nada a ver com Gaby, ou tinha?
Ficar no mesmo local que John e Sam era estressante, eles viviam discutindo, e depois de um tempo Sarah não conseguia mais aguentar. Ela não ficava presente nas reuniões, apenas Gaby. Gabrielly ouvia tudo e depois lhe contava. Sarah estava muito ausente nos últimos dias, e isso preocupava seus companheiros.
A última discussão com John havia sido sobre as visões do Sammy, e Sarah jura que se tivesse presente, teria feito ele repensar o tipo de pai que é e foi.
Pietro e John iriam sozinhos em uma missão para enganar Meg, o que era uma péssima ideia, mas todos torciam para que eles ficassem bem.
Aguardar dentro de um carro na calada da noite não parecia ser uma forma de diversão tão legal assim, mas pelo menos Gaby e Sarah conseguiram conversar sobre as visões longe de John. Elas tentavam ignorar a conversa dos irmãos, mesmo que Sam estivesse tentando agradecer a Dean e a elas e se despedir e Dean estivesse brigando com ele, porque eles não iriam morrer. Sarah esperava que isso fosse verdade.
Uma vibração diferente e estranha soou no rádio do carro, e as luzes da vizinhança começaram a piscar.
── É agora, vamos.
Os meninos saíram correndo para fora do carro e entraram na casa. Sarah discordava sobre esse plano, mas tudo que pôde fazer foi correr atrás deles.
── Que idiotice ── murmurou, correndo ao lado de Gaby. Quando chegaram a casa, Dean socava o morador e Sammy subia as escadas correndo. ── Gaby, vá com ele. ── Poderia ser uma boa ideia, afinal ela tinha poderes.
Gaby seguiu Sammy escada acima, mas quando chegou no quarto, só viu a sombra do corpo do que deveria ser o demônio e um ar frio tomou conta de seu corpo antes de Sam disparar a arma e a sombra desaparecer. Gabrielly pegou a criança no colo e saiu correndo para fora do quarto quando Dean apareceu, evacuando todos de lá. Como havia acontecido nas histórias anteriores, a casa iria queimar nas chamas do fogo demoníaco.
No lado de fora, Sarah tentava acalmar o marido, que estava sendo um tanto irritante.
── Cara, eu já falei que estamos apenas tentando ajudar...
── Vocês invadiram a minha casa!
Sarah revirou os olhos e deu um passo para trás, dando as costas para o homem, ela não iria mais trocar nenhuma palavra com ele.
Sam saiu tossindo da casa ao lado da mulher, com Dean e Gaby atrás.
── Fique longe da minha família! ── O cara esbravejou outra vez.
── Não, Charlie. Eles salvaram a gente!
Sarah se virou de novo quando ouviu a voz da mulher os defendendo. Seu coração esquentou com a cena de Gaby segurando a bebê com todo o cuidado do mundo.
Gabrielly entregou a criança para a sua mãe, e juntos eles assistiram a casa pegar fogo. O demônio novamente apareceu na janela, e aquele ar frio percorreu o corpo de Gaby outra vez, antes de ele sumir na fumaça.𖤐
── Você não vai se sacrificar, Sammy! ── Sarah implorou, as mãos trêmulas e os olhos brilhando com lágrimas não derramadas.
O que deveria ser uma conversa tranquila virou uma discussão. Talvez a primeira discussão do casal. A atmosfera estava carregada de emoção, e cada palavra parecia carregar o peso do mundo
Dean e Gaby estavam em algum lugar aturando a presença um do outro enquanto Sarah e Sam tinham uma conversa estressante no quarto de hotel.
── Se isso for necessário...
Sallie deixou uma risada irônica e nervosa escapar entre seus lábios.
── Não vai ser! ── ela se virou, as mãos no cabelo em uma tentativa de conter o estresse. ── Sabe por quantas dificuldades já passamos até aqui? Agora você decide que seria uma boa de você morresse? ── Sarah exclamou, sua voz elevando-se. ── Essa não é a solução, não é...
Sam cruzou os braços, sua expressão era uma mistura de frustração e confusão.
── Por que é tão difícil de ver as coisas do meu ponto de vista?
A tensão entre eles era palpável, como uma corda esticada prestes a arrebentar. Cada palavra, cada gesto, carregava o peso do que Sam esteva pretendendo fazer.
── É difícil de fazer isso quando o seu ponto de vista é uma merda. ── Sarah argumentou, gesticulando agressivamente.
Eles se olharam, olhos nos olhos, e por um momento, o mundo ao redor desapareceu. Era apenas Sam e Sarah, e o abismo que se formava entre eles.
Sam olhou para ela com determinação, seu maxilar travado em desafio.
── É a única maneira de salvar todos. Eu tenho que fazer isso.
Sarah balançou a cabeça, incapaz de aceitar as palavras dele.
── E o que acontece comigo? Com Dean? Com seu pai?
── Eu estou fazendo isso por vocês ── Sam disse suavemente, tentando acalmar a tempestade que via nos olhos dela. ── Para garantir que vocês vivam.
── Não vamos morrer, e você também não vai. Se caçar esse demônio te coloca em risco, não caçamos mais.
── Ele matou a mamãe. Matou a Jess. E pode matar você. ── Sam sussurrou, suas palavras quase perdidas no silêncio que seguiu a tempestade de emoções.
── Elas se foram e nunca mais vão voltar. Eu ainda estou aqui, com você ── talvez ela não quisesse dizer aquelas coisas, mas era verdade, Mary e Jess estavam mortas. Sallie sentiu seu coração batendo em um ritmo descompassado. ── Se você morrer, eu morro junto.
Sammy baixou o olhar, sentindo o peso das palavras que saíram da boca de Sallie. Ela não deveria pensar daquela forma, não era saudável. E nesse momento, Sam não sabia mais o que fazer para tirar aquela ideia da cabeça dela. Sarah poderia ficar triste com a morte dele, mas jamais se deixar levar pelo luto.
Talvez, com a morte de sua mãe e tudo que ela enfrentou, Sarah só precise de um gatilho para se afundar mais uma vez.Sam abaixou a cabeça e tocou o topo do nariz, dando um passo a frente, de forma protetora.
── Sarah, você não pode pensar assim...
── Eu sei.
Ele sabia que não existia formas de mudar o pensamento dela. Sam a agarrou em seus braços fortes, querendo esquecer o que ela falou, mesmo que talvez ele nunca esquecesse.
── Tudo bem, desculpe. Não vamos brigar, esqueça toda essa história de sacrifício, tá?
Sallie concordou e agarrou a cintura de Sammy, deixando que o seu corpo grande a aquecesse e a protegesse. Sam esteva preocupado, mas deixou o assunto de lado, beijando a testa dela e a abraçando forte.
── Tenho que tirar isso da sua cabeça... ── Sussurrou apenas para si mesmo, sem que Sarah ouvisse.
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𝐁𝐚𝐝 𝐁𝐥𝐨𝐨𝐝 - Sam Winchester
Fanfic𝐁𝐀𝐃 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 | ೃ⁀➷ ׂׂૢ 𝐒𝐀𝐑𝐀𝐇 𝐅𝐎𝐒𝐓𝐄𝐑 𝐄𝐒𝐏𝐄𝐑𝐀𝐕𝐀 𝐓𝐔𝐃𝐎, menos o sumiço do seu pai, o único parente que ainda a restava. Havia se passado duas semanas desde que seu pai saiu para "pescar" e, desde então, Sarah não ouviu notícia...