MON
Mon estava escovando Ônix que estava imundo depois de rolar no chão de terra quando Jane apareceu.
- Oi Mon!
- Oi Jane, tudo bem? Tô aqui limpando esse peste rsrs.
- Tô vendo que ele tá se divertindo muito por aqui rs
- Nem me fale! Tem mais alguém com você... Quem é?
- Nossa, você não muda né? Não dá pra te fazer surpresa nenhuma rs. É a Sophia, estávamos dando uma volta e resolvi parar por aqui.
- Tudo bem Mon ? - diz Sophia.
- Tudo sim... Querem entrar?
- Não, vamos andar um pouco, porque não vem com a gente? - diz Jane.
- Hum, tá bem. Vou avisar minha mãe e pegar o colete do Ônix.
As três foram andando com Ônix guiando Mon como sempre atento e cuidadoso. A mãe de Mon morava em Manchester, numa área rural que tinha caminhos lindos e ótimos para uma caminhada.
- E você, Mon? Está conseguindo trabalhar daqui? Jane me disse que é tradutora.
- Ah, sim. Traduzo e mando tudo online, sem problemas - diz Mon pensando que Jane já estava falando demais sobre a vida dela para Sophia.
- Eh, desculpe, eu nunca tive contato com cegos... posso falar assim?
- Claro, afinal é o que eu sou rs.
- Você tem lembranças? Digo, de alguma coisa, imagens?
- Poucas. Me acostumei a reconhecer o mundo pelo tato, olfato e audição, o tato principalmente.
- Sim, eu andei lendo que vocês ficam com os outros sentidos muito mais apurados.
- Andou lendo? - pergunta Mon suspresa.
- Ah, sim. Procurei me informar para não fazer nada errado, digo, quando te encontrasse...
- Entendo, agradeço a preocupação. A Jane deveria saber disfarçar melhor, sei que ela parou de andar com a gente a pelo menos dez minutos...
- Nossa! Que incrível! Você realmente é incrível.
- Não sou não, é só questão de observar e prestar atenção.
- Mon, eu não sou muito boa em disfarçar, sou ansiosa e acabo falando mesmo. Você tem alguém?
- Não, não tenho ninguém, mas também não estou pronta para ter. Tive algumas decepções, coisas da vida. Preciso de um tempo para mim, entende?
- Sim, claro, desculpe perguntar, mas é que você me atrai muito, eu tinha que falar.
- Admiro sua franqueza. Hoje em dia é difícil achar pessoas assim.
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O amor dos meus olhos
FanfictionSam é dona de uma rede de restaurantes e vive basicamente para o trabalho tendo que lidar com a conturbada relação com sua mãe, exigente, invasiva e controladora, que regula a vida da filha de todas as formas possíveis. Sam nunca quiz os negócios da...