Capítulo 21 - Uma conversa amigável

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Depois do tenso momento em que tanto Mon quanto Sam sentiram a força do ciúme, ambas sentem cada vez mais que não são só as lembranças que as une, são principalmente o que elas poderiam fazer com a segunda chance que estão vivendo, mas nenhuma delas fala sobre isso. Tee chega para ver Sam e a enfermeira avisa que Mon tem que sair, um visitante por vez no quarto.

- Ah sim, já estou saindo. Baby, estarei lá fora.

- Ah, não queria que fosse...

- Nem eu, mas regras do hospital. Também não posso monopolizar você rs.

- Pode, eu deixo.

- Sam...

- Tá bem princesa, te espero quando Tee sair.

Tee está perto da porta quando Mon sai com Ônix.

- Oi, você é a Mon?

- Sim, você é a Tee né?

- Sim, prazer. Nossa, finalmente nos conhecemos! Já ouvi tanto falar de você que já poderíamos ser amigas íntimas - diz Tee sorrindo.

- Também ouvi falar de você. Você e Jim são excelentes amigas para Sam.

- Ela é praticamente uma irmã. Vou entrar porque não posso demorar muito hoje. Bjo Mon.

- Sam amiga! - diz Tee.

- Oi Tee, encontrou a Mon?

- Sim, falei com ela. Linda hein?

- Né? Ela é a mais linda do mundo... Tee, eu contei sobre a dona do bar. Quase fui assassinada! Menina, Mon ficou furiosa e me fez prometer levar ela nesse bar. Disse que vai me dar um beijo de verdade e quer que eu a apresente para a mulher.

- Gostei da Mon! Isso aí, tem que tomar conta da mulher dela. Como vocês estão?

- Bem, conversamos muito, falamos tudo sabe? Desabafamos, contamos o que passamos, mas resolvemos ir devagar. Tenho medo de confundir a saudade da relação que tínhamos e não do que somos agora depois de tudo.

- Entendi, mas posso falar a verdade? Sam, pura perda de tempo. Qualquer um que olha pra você quando fala dela percebe que você é louca por ela e não estou falando de lembranças. Vocês já se beijaram, tocaram?

- Já, não conseguimos resistir.

- E o que você sentiu? Como foi?

- O que senti? Meu peito parecia que ia explodir, meu corpo esquentou e me faltou ar...

- Então vocês parem de perder tempo e fiquem juntas de verdade de novo, eu hein... cada uma.

- Ah, Tee. Medo de estragar tudo... mas vou pensar. Combinamos de deixar fluir, sem deixar de fazer ou dizer coisas, só deixar...

- Quero ver esse "deixar fluir" quando estiverem dormindo na mesma cama - disse Tee com uma gargalhada.

- Besta rs.

- Sam, sua mãe não voltou aqui?

- Claro que não, sabia que não voltaria. Ela não é dada a dons maternais amiga, nunca foi. E Prija já me falou que ela anda se achando muito dentro de casa, claro. Eu aqui no hospital, tá se sentindo dona da casa de novo.

- Tu vai mesmo vender a casa e comprar uma num bairro pobre pra ela amiga?

- Vou sim Tee e ela vai ter que trabalhar pra se manter.

- Amiga, eu sei que ela merece até pior, mas ela não vai conseguir trabalho com a idade que ela tem. O mercado é cruel.

- Eu sei Tee. Mas ela não vai ter mordomias, não às minhas custas porque ela não é confiável. Só porque não estou em casa ela já está se sentindo confiante e vai querer aprontar, não tem outro jeito.

O amor dos meus olhosOnde histórias criam vida. Descubra agora