Capítulo 20 - DIálogo saudável

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- Mãe!

- Oi filha, tô aqui!

- Mãe! Ela me perdoou! Ela entendeu! Ainda vamos acertar algumas coisas, mas mãe, ela não me odeia, ela me ama!

- Ah filha, não te disse? - senhora Chaisee abraça Mon com força.

- Mãe, quer conhecer ela agora?

- Claro que quero! Agora mesmo!

Mon foi até a porta e disse para a mãe:

- Mãe, ela está com vergonha porque está muito machucada e tá se achando horrível, tadinha. Não repare se ela parecer encabulada.

- Pode deixar filha.

- Sam? Aqui está, essa é Chaisee, minha mãe.

- Ah, oi muito prazer senhora Chaisee.

- Ô meu bem, o prazer é meu!

- Queria que nos conhecêssemos em outras circunstâncias - diz Sam.

- Imagina! Esse foi o momento que Deus escolheu, então é o momento certo. Finalmente conheci a famosa Sam.

- Famosa? Ah, senhora Chaisee eu...

- Meu bem, não precisa me falar nada, já sei de tudo que aconteceu.

- Só posso pedir desculpas por tudo que minha mãe fez... Ela sempre foi fria e ambiciosa mas eu nunca pensei que chegaria a esse ponto. Desculpe por Mon ter sofrido, desculpe.

- Ei, calma! Tá tudo bem Sam. Eu não sei como pode existir pessoas assim, mas infelizmente existem né? Agradeça a Deus que você não herdou nada dela, deve ser parecida com seu pai.

- Sim, segundo a Prija, sou uma cópia dele rs.

- Então, é a isso que deve se apegar, às coisas boas. As coisas ruins a gente joga fora, não servem pra nada a não ser para aprendermos.

Mon segura a mão de Sam e recebe um leve aperto. Sim, elas concordavam.

- Me diga como foi que isso aconteceu? - pergunta senhora Chaisee.

- Foi muito rápido. Eu não andava dormindo bem desde que... bem, eu estava esgotada, tendo que trabalhar. Num segundo eu estava dirigindo e no outro estava na contramão com um carro vindo direto na minha direção, só deu tempo de virar o volante para o acostamento, mas como estava com o carro em movimento, derrapei e meu carro capotou.

- Minha nossa senhora!

O médico disse que tive sorte por estar de cinto de segurança e devo agradecer ao meu anjo da guarda rs. Só saí com esses arranhões, um corte na cabeça, esses roxos e a cirurgia na perna, de resto estou bem.

- Que resto? Não sobrou nada Sam! Toda machucada... - diz Mon.

- Quer que eu descreva pra você filha?

- Não! Ela não precisa saber - fala Sam.

- Sam, a Mon foi criada para lidar com as verdades da vida. Por que você acha que ela é tão independente, mora sozinha, vai pra onde quer, pratica aquele esporte... qual é mesmo? Ah, Krav Maga não é isso filha?

- Isso mãe.

- Porque nunca escondemos nada dela e se ela vai ficar perto de você, é bom ela saber onde estão seus ferimentos.

- Viu a quem puxei Sam? Essa mulher aqui me ensinou tudo. Eu estaria perdida sem ela ou se ela me criasse numa redoma.

A Sra Chaisee relatou e foi guiando a mão da filha em cada local machucado de Sam.

O amor dos meus olhosOnde histórias criam vida. Descubra agora