12| O Norte e o Sul

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Maella ainda estava com as bochechas coradas da noite anterior.

Havia saído daquele jardim com o rosto vermelho. Não sabia se era de vergonha ou emoção, mas o beijo com Hakon tinha mexido com ela de uma maneira que nunca havia experimentado antes.

Maella acordou com um misto de sentimentos. A lembrança do beijo ainda ecoava em sua mente, e ela se perguntava o que aquilo significava para ambos. Afinal, eles ainda estavam no meio de negociações importantes para o casamento e não podiam se deixar levar apenas pelas emoções.

Mas ela sabia de uma coisa, que aquele beijo foi maravilhoso. Não que ela soubesse como era beijar outra pessoa, aquele havia sido o primeiro beijo dela. E ela esperava que tivesse se saído bem, pois Hakon foi o melhor possível.

Maella se lembrou de quando a irmã disse que beijou o tio e como tinha sido maravilhoso, e realmente, beijar era uma sensação muito gostosa e calorosa. E por mais que Maella não quisesse admitir, ela realmente almejava experimentar novamente.

Ao se levantar, ela foi até o espelho e observou o próprio reflexo. Suas bochechas ainda estavam coradas, e um sorriso discreto brotou em sua boca. Maella tocou os lábios com o polegar lembrando da sensação. Ela sentia um calor no peito, uma sensação de que algo estava prestes a mudar.

Enquanto vagava pelo quarto, Maella pensava sobre como agir naquele dia. Ela queria conversar com Hakon sobre o beijo, mas também não queria parecer precipitada ou inadequada. Afinal, eles podiam mesmo ter feito aquilo?

— Bom dia, princesa! — mais uma vez as criadas entraram pela porta para arrumar Maella e ela sorriu.

— Bom dia, meninas — ela respondeu.

— Qual vestido vai querer usar hoje, alteza? — umas das jovens moças perguntou.

A princesa olhou para elas que estavam se espalhando pelo quarto para cada uma uma fazer uma tarefa e depois ela olhou para a janela. O dia parecia estar ensolarado e com um clima bom, então uma ideia cruzou a mente de Maella.

— Na verdade...

[...]

A princesa ajeitou sua roupa de montaria quando viu à sua frente a enorme besta alada, mais conhecida como Silverwing.

Antes do desjejum, a princesa decidiu que iria voar. Precisava se acalmar, e nada melhor do que um voo matinal. E como havia acordado um pouco mais cedo do que geralmente acordava, não viu problema.

Tubī kesi sōvegon! skoros gaomagon ao pendagon nūmāzma ziry? huh? (Vamos voar hoje! O que acha disso?) — a princesa dizia parecendo minúscula ao acariciar docemente a cabeça da dragão.

— Vai voar? — uma voz conhecida abordou Maella.

— Bom dia, Hakon — a princesa o olhou surpresa — O que faz aqui tão cedo?

— Ouvi um estrondo — ele respondeu sorrindo — Por um momento pensei que o mundo estava acabando, porém me lembrei da fera gigantesca que você mantém.

Maella riu.

— Espero que não se importe de trazê-la para cá. O lorde Rickon me disse que não via problema — explicou o porquê de sua dragão estar no pátio do castelo.

𝑇ℎ𝑒 𝐹𝑎𝑖𝑟 𝑃𝑟𝑖𝑛𝑐𝑒𝑠𝑠 - 𝑯𝒐𝒖𝒔𝒆 𝒐𝒇 𝒕𝒉𝒆 𝑫𝒓𝒂𝒈𝒐𝒏Onde histórias criam vida. Descubra agora