15| Por Westeros

179 16 3
                                    

Após o casamento de Hakon e Maella, eles, o quanto antes, queriam sair para viajar o mundo. Queriam fazer uma tour por Westeros inteira e depois, se sobrar tempo e paciência, partir para outros continentes.

Todos os convidados já haviam voltado para suas devidas cidades, incluindo os Stark. Foi uma despedida dolorosa de se ver, a de Hakon com sua família. No final deu tudo certo e o rapaz conseguiu derrubar uma só lágrima. Maella não pôde deixar de se sentir culpada por estar separando Hakon de sua família, mas era ele ou ela.

Na noite logo após o casamento, a noite de núpcias, não foi das melhores. Maella estava tão envergonhada de ter que consumar o casamento que até chorou e por isso pediu desculpas até para as paredes por tal ato. Hakon riu dela e simplesmente falou:

— E está se preocupando com isso por qual motivo? Temos uma vida toda pela frente — ele disse pegando na mão dela — Me diga quando estiver preparada, não estou com pressa.

Ela que estava sentada encolhida na poltrona com sua camisola costurada com fios de ouro, sorriu chorosa para Hakon que estava sentado no chão apertando gentilmente sua mão.

— Obrigada.

Nesse dia eles dormiram na mesma cama, no quarto que foi designado para Hakon, e de mãos dadas, apenas isso. Porém, era tradição que os recém casados consumassem o casamento logo após a cerimônia. Como não ouviram nenhum barulho suspeito saindo do quarto, os criados que o tempo todo passavam na frente da porta ficaram desconfiados e cochichavam entre si.

— Você fez? — Rhaenyra perguntou com os olhos brilhando para a irmã.

— ... Não.

— Como não?

— Não fazendo — ela olhou para a irmã sentada no banco do jardim com as penas esticadas — Não consegui. Fiquei com vergonha.

— Vergonha do que?

— Não sei... De não saber o que fazer, acho.

— Mas é claro que você não vai saber o que fazer. Você nunca fez.

— Então como vamos fazer se ele também nunca... Será que ele já fez? — Maella colocou as mão na cabeça.

— Não sei — Rhaenyra coçou o queixo — Mas os pais explicam para os filhos como deve ser feito, eu acho, eles não nascem sabendo também.

Nas próximas noites Maella também não teve coragem de fazer nada. O máximo que conseguiu deixar acontecer foi a alça de sua camisola cair em um dos beijos longos que davam agora.

Não poderia reclamar. Eram beijos muito bons. Melhores que os anteriores, e ela não sabia dizer o porquê. Talvez porque se aprofundaram mais. Suas línguas encontraram o ritmo perfeito. Ou talvez fosse a posição das mãos. Hora na cintura, hora no rosto, hora nas costas. O que ela mais gostava era de colocar as mãos no macio cabelo de Hakon, foi uma sensação totalmente diferente desde a primeira vez, já que o fios dele eram tão macios e cheirosos.

Um dia Maella se lembrou do que Hakon disse a ela. Que queria viajar o mundo. E que ela o levaria. E assim seria.

No próximo dia eles partiriam em uma aventura por Westeros nas costas de Silverwing. O pai de Maella, Viserys, vivia falando que Silverwing era pequena de mais para dois montadores em viagens longas. Mas que se dane. Obviamente Maella não queria deixar sua dragão muito cansada. Mas ela faria mais paradas para não a exaurir.

Nessa viagem, eles conheceriam vários lugares de Westeros. E para serem também prestativos, decidiram conversar com lordes e ladys, e com os súditos de seu pai também. Queria conhecer culturas diferentes e ouvir histórias que precisavam ser ouvidas. Estava animada para isso.

𝑇ℎ𝑒 𝐹𝑎𝑖𝑟 𝑃𝑟𝑖𝑛𝑐𝑒𝑠𝑠 - 𝑯𝒐𝒖𝒔𝒆 𝒐𝒇 𝒕𝒉𝒆 𝑫𝒓𝒂𝒈𝒐𝒏Onde histórias criam vida. Descubra agora