[69]-Capítulo

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Um pouco desorientado era assim que Tony se encontrava. Cerca de alguns dias depois, para alegrar o garoto, passar tempo com ele e encontrar alguma coisa sobre Rick, Daryl o levou para caçar.

Pai e filho caminhavam lentamente, com passos pequenos, pela floresta.

Tony finalmente conhecia um pouco da vida de seu pai. Seus olhos brilhavam tanto como estrelas quando pode ver que o mais velho era a pessoa mais leal que conhecia. Continuava a procurar por seu amigo, seu irmão, por seis anos seguidos.

Daryl também falou que Athena o ajudava mas, os deveres de líder a mantinham a maior parte do tempo em Alexandria.

- Ei, não se mova. - Disse Daryl, parando a caminhada de seu filho.

Tony manteve o seu olhar perdido sobre seu pai. Quando, finalmente, o mais velho baixou a arma e apontou para a sua frente, o garoto pode abrir um enorme sorriso.

Na frente deles um cervo.

Tony não conseguia parar de sorrir. Aquele animal era magnífico. A sua postura era bela e tinha uma cor linda. Com aquele cervo tudo parecia normal, sem mortos-vivos para matar.

- Posso tocar nele? - Perguntou Tony.

Daryl ficou receoso.

- Não sei. A gente precisa levar ele pra casa, para comer. Se tentar chegar perto ele pode fugir.

Tony entendeu a situação e aproximou-se mais um pouco de seu pai.

Daryl se inclinou um pouco para a frente e ajeitou a besta em seu ombro, pegando numa arma para atirar. Voltando a sua atenção para seu filho, a visão do Dixon permitiu ver que Tony não tirava os olhos do animal.

Daryl sentia pena mas tinha de o fazer.

- Ei... essa é a lei da vida, meu filho. - Disse o mais velho, pousando uma mão sobre a cabeça do mais novo.

Tony levantou o olhar e parou de encarar aquele cervo, observando somente seu pai.

- Ele não vai sentir nenhuma dor.

Assim que Tony baixou o olhar, Daryl ajeitou a arma em suas mãos. Levantou os braços, ficou rígido e prendeu a respiração. O tiro tinha de ser certeiro. Matar o cervo de primeira para não o fazer sofrer muito.

Tendo cuidado para não quebrar nenhum galho e assustar o animal, Daryl deu um passo em frente para aumentar a sua visibilidade.

O pobre animal balançou um pouco as orelhas mas não demorou para voltar a comer.

- Papai?

Daryl baixou a arma e olhou para trás.

- Sim?

- Posso atirar? - Questionou o mini Dixon, convicto das suas palavras.

Sem obter resposta, Tony aproximou a sua mão da arma.

- Posso atirar? - Ele voltou a repetir ao ver que seu pai não falava nenhuma coisa. Vendo que Daryl continuava com a pistola na mão, Tony resolveu falar. - Você tem razão, pai. Nesse mundo temos de fazer coisas para sobreviver. É o ciclo da vida. Este cervo nasceu e, desde cedo, tem na mente que a morte pode chegar a qualquer hora.

- Tony...

- Eu quero aprender a sobreviver. Matar alguns animais. - Continuou o garoto. - Você me ensinou a capturar coelhos. Agora é a minha vez de o ajudar a matar um cervo.

Daryl deu um sorriso de felicidade e entregou a arma para seu filho.

Colocando-se atrás do garoto, Daryl ajudou o seu filho a relaxar e respirar bem fundo. Logo depois afastou-se um pouco e ficou apenas observando.

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