Athena acordou com uma dor latejante na cabeça.
Sua visão estava turva, mas ela podia distinguir a silhueta de Leah na sua frente, uma arma apontada para o seu rosto.
Com um esforço tremendo, ela tentou se levantar, mas suas pernas estavam fracas e suas mãos presas.
— Não tão rápido. — Leah murmurou, voltando-se para Athena com um olhar de desprezo. — Eu esperei por esse momento por muito tempo.
Athena levantou bem a sua cabeça, ficando com a expressão neutra enquanto olhava para a loira.
Por um tempo, as duas ficaram em silêncio, apenas se encarando.
— Eu sei o que voce quer. — Athena sussurrou de volta. — Tambem queria isso por muito tempo. Mas me matar seria muito fácil. Se você quisesse me matar, já teria o feito.
Soltando um suspiro que estava preso, Leah baixou a sua arma.
— Você quer que eu sofra. — Athena continuou a falar. — Quer que eu sinta toda a dor que voce sentiu. Mas isso nao vai tirar a sua dor. A dor nunca vai embora, voce se acostuma com ela.
— Você está errada. — Leha finalmente falou e Athena manteve o olhar fixo no dela. — Nao é so voce. Quando eu terminar com voce, todos aqueles que voce ama vao morrer.
Athena sentiu um calafrio percorrer sua espinha ao ouvir as palavras de Leah. Ela sabia que a loira estava falando sério. Leah deu um passo à frente, aproximando-se ainda mais de Athena, que estava presa e indefesa.
— Você acha que pode me deter com palavras? — Leah zombou, um sorriso cruel se formando em seus lábios. — Eu vou destruir tudo o que você ama, e você vai assistir.
Athena respirou fundo, tentando manter a calma. Ela sabia que precisava ganhar tempo, encontrar uma maneira de sair daquela situação.
— Leah, você não precisa fazer isso. — Athena disse, sua voz firme. — Podemos encontrar outra maneira. Não precisa haver mais mortes.
Leah riu, um som frio e sem alegria.
— Outra maneira? — Ela repetiu, balançando a cabeça. — Não há outra maneira. Isso é o que eu sou agora. Isso é tudo o que me resta.
— Voce quer saber? — Athena interrogou, um pequeno sorriso em seus labios. — Eu matei seu povo porque eu queria. E ver cada um deles morrer me deu satisfação.
Com o rosto furioso, Leah pegou novamente na sua arma e apontou para Athena.
A Dixon permanecia sentada, mas movia as suas mãos. Estava conseguindo se soltar da corda que enrolava os seus pulsos.
— Tony. — Leah falou e Athena arregalou seus olhos.
— O que?
— Tony. — Leah repetiu. — Meu filho. — Ela falou, mantendo a arma levantada. — Eu quero ve-lo, ele merece ouvir minha versão da história, ele é meu filho.
— Não, ele é meu. — Athena falou, sua voz gritando.
Suas mãos se mexiam com mais força, o odio percorrendo as suas veias. Com Tony ninguém podia mexer, era seu garotinho.
— Seu? — Leah retorquiu, começando a rir por um tempo. — Voce não gerou ele, voce não carregou ele por noves meses. Eu que coloquei nesse mundo, então ele não é seu filho.
— Não importa se eu gerei ou não, mas ele é meu filho. Não é de sangue mas ele é meu e eu o amo. — Athena continuou. — Voce pode ter colocado nesse mundo mas eu que sou a mãe dele, que deu amor e cuidado e carinho que toda criança precisa.
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Together
HorrorO grupo de Rick conhece finalmente Alexandria, mas, a partir dali tudo vai ser diferente. Alexandria era muito estranha, todos felizes e bem arrumados. Todos, menos uma... Uma mulher um tanto selvagem, ela se parecia com o grupo de Rick, isso sim. ♡...