[78 - Capítulo]

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Na manhã seguinte, o sol desaparecer por uma longa noite noturna, o casal Dixon continuou mais uma vez a sua investigação sobre o novo grupo que usavam máscaras como os mortos.

Daryl e Athena decidiram levar o café da manhã para Lydia na cela e conversar com ela. Ao descerem, encontraram Henry sentado ao lado de Lydia, segurando a mão dela com firmeza.

Daryl entregou o café da manhã a Lydia, que aceitou com um aceno tímido. Athena, sempre sensível às emoções dos outros, ofereceu um sorriso encorajador.

— Lydia não queria ficar sozinha. — Disse Henry, afastando-se um pouco.

Lydia, com os olhos baixos, começou a falar.

— Minha mãe não vai vir atrás de mim, nenhum deles vai. Se alguém morre ou é levado, eles seguem em frente, como se essa pessoa não tivesse existido. Sempre foi assim. — Ela fez uma pausa, lutando contra as lágrimas. — Por isso estava tentando descobrir tudo sobre vocês, porque se eu fugisse, teria algo para contar. Eles teriam um motivo para me aceitarem de volta.

— Você é filha dela. Isso não importa? — Henry perguntou, tentando entender a frieza da mãe de Lydia.

Lydia abaixou a cabeça, sentindo o peso da rejeição de sua mãe.

— E o nosso pessoal que sumiu? — Daryl perguntou.

Lydia ficou calada, incapaz de olhar para Daryl.

Athena se aproximou lentamente até Lydia.

— Estamos aqui para te ajudar, Lydia. Você pode confiar em nós. — Athena  disse com uma voz suave.

Lydia respirou fundo, sentindo um pouco de conforto nas palavras de Athena. Ela olhou nos olhos de Athena, buscando alguma esperança.

— Se minha mãe encontrou seu pessoal, não vai achar nenhum motivo para mantê-los vivos. Sinto muito — Lydia disse, sua voz cheia de arrependimento e tristeza.

— Ela tem algum acampamento? — Daryl perguntou calmo

— Estão perto da ponte, uns 2 km a leste. Mas eles não ficam em um lugar por muito tempo. — Ela explicou, sentindo-se culpada por não poder ajudar mais. — Desculpa não poder ajudar vocês. Desculpa vocês perderem tempo. — Lydia se desculpou novamente, sua voz quase um sussurro.

— Tudo bem. — Daryl disse.

Daryl saiu apressado para falar com Tara, e Henry rapidamente o seguiu, deixando Athena e Lydia sozinhas.

Athena, sempre atenta às emoções dos outros, percebeu que Lydia estava escondendo algo mais.

— Você pode confiar em mim, Lydia. Sei que você quer me falar algo. — Athena disse com uma voz suave e encorajadora

Lydia olhou para Athena, seus olhos cheios de dor e medo. As lembranças começaram a inundar sua mente, os abusos que sofreu nas mãos de sua mãe, Alpha, e as atrocidades que sua mãe permitia que os homens do grupo cometessem contra as mulheres principalmente com ela. A dor era quase insuportável, e ela sentiu as lágrimas começarem a escorrer pelo rosto.

— Eu... eu não consigo. — Disse Lydia, a voz quebrada pela emoção.

Ela queria desesperadamente contar tudo a Athena, mas o medo e a vergonha a impediam.

— Está tudo bem, Lydia. Você não precisa dizer nada agora. Só quero que saiba que estou aqui para você. Quando estiver pronta para falar, estarei disposta a ouvir.

Lydia assentiu sentiu um pequeno alívio ao ouvir as palavras de Athena.

Embora ainda estivesse assombrada pelas memórias dolorosas, a presença reconfortante de Athena lhe dava uma sensação de segurança que ela não sentia há muito tempo. Ela sabia que, eventualmente, teria que enfrentar seus demônios e contar a verdade, mas por enquanto, apenas a companhia de Athena era suficiente para lhe dar forças.

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