Capítulo 12

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Era final de tarde e Natália lia um livro, feito por um trouxa "Romeu e Julieta" sentada em frente ao lago negro, se admirava pelo amor que alí era descrito, afinal esse amor não existia em sua casa.
Ela lia cada detalhe admirada, até que se assusta ao escutar passos atrás dela e se vira vendo quem ela menos esperava ver.
-Lupin?- pergunta ansiosa

-Oi Naty- ele disse tímido- Não esperava que tu estivesse aqui- olhava para o chão e assim ela reparou que ele carregava um livro.

Ela sorriu sem jeito e se levantou.

-Fica à vontade, já estou de sai...-antes que ela pudesse continuar Remus a interrompe

-NÃO - Fala rápido - Quer dizer, não vá.... Não precisa

Ela sorri sem jeito e volta a se sentar novamente.

-Posso?- ele pergunta apontando para o seu lado.

-É claro- ela sorri para ele gentil.

Ela percebeu que ele parecia nervoso. E segura em sua mão automaticamente e ele a olha assustado.

-Desculpa- ela faz menção em retirar suas mãos de cima dele, mas ele segura e lhe dá um sorriso que ela queria deixar registrado para sempre se pudesse em sua cabeça.

-Eu que tenho que pedir desculpas Naty- ele diz e ela o olha confusa - Fui rude contigo naquele dia na biblioteca.

-Eu que fui intrometida - ela balançou a cabeça em negação - E sinto muito por aquilo, fiquei sem jeito de falar com você depois daquilo.... Foi bem indiscreta da minha parte

-Ta tudo bem, você só ficou curiosa, eu não precisava ter agido daquela forma- ele fala tímido.

-Eu fiquei preocupada, não curiosa - ela diz o olhando séria e ele olha para baixo- E como não vamos entrar num consenso de quem errou, proponho a gente fazer uma trégua.

-Uma trégua então- ele concorda rindo- Romeu e Julieta? Esse é um clássico no mundo trouxa

-Lily me emprestou, ela disse que é um romance trágico, mas bonito- ela disse olhando para os livros em sua mão- Eu ainda tô na parte bonita

Os dois se olham e dão risada, Remus lê o livro da 5 série de defesa contra as artes das trevas, enquanto Natália continuava no Shakespeare.
Ele logo percebe a morena fungando em seu lado e a olha preocupado.

-Cheguei na parte triste- Ela se explicou quando percebeu o olhar dele nela.

-Ah- ele disse achando a coisa mais fofa do mundo - Vai ficar tudo bem - E ela o olha esperançosa e ele logo se corrige- Não, no livro não, o livro é bem trágico mesmo

Ela olha para ele e para o livro e faz beiço. E ele não resiste e aperta sua bochecha.
-Você vai ficar bem- ele sorri assim que ela sorri para ele.

Ela deita a cabeça em seu ombro e continua a ler e ela podia jurar que ele sorria.

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-Aonde estava- Lily pergunta preocupada assim que ver Natália

-Estava lendo em frente ao lago negro- ela diz sorrindo.

-TU SUMIU A TARDE TODA REMUS- escutaram a voz de James indignado assim que Remus se aproximou dos meninos.

E Lily e Marlene olham na hora para Natália.

-Sozinha?- Marlene perguntou com um sorriso malicioso.

-Com o Lupin, mas deixe de besteira- Natália a empurrou brincando- Somos só amigos

-Como se amigos olhassem um para o outro dessa forma- Lily disse rindo junto com Marlene.

-Quer saber, vou fugir de comentários desnecessários que vai vim da mesa da Grifinoria hoje, então boa noite meninas- ela disse dando um beijo na bochecha das amigas que davam risada e vai para a mesa da Lufa Lufa se sentando junto com Aspen e Arturus.

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Assim que acaba o jantar, Natália vai correndo para o seu quarto, vai ao banheiro e toma um banho longo e quente. Logo se veste e coloca um pijama quente e confortável, e se deita.
Logo o restante das meninas que ela dívidia o quarto chegam e vão para o banheiro tomar banho. Elas voltam e se deitam apagando a luz.

Natália percebe que todas dormiam e se levanta devagar para não fazer barulho e pega o seu pequeno diário e uma pena com tinta, e sai do quarto. Passa pela sala comunal e sai, passando pela cozinha que ficava ao lado da sua casa e torcendo para que ninguém visse ela, vai até a torre de astronomia, e lá fica admirando o céu e as estrelas. Estava ansiosa pela Lua cheia que era a coisa que ela mais admirava.

Era sempre para o telhado que ela subia quando brigava com seus pais, quando ficava triste ou ansiosa. O céu era como se a abraçasse nessas horas.
Por ela, passaria horas olhando a imensidão azul que era.
Pegou o seu diário e começou a desenhar as estrelas, a floresta que se destacava em baixo do céu.

Sorria enquanto fazia os detalhes. Ela amava desenhar, obviamente era um hobbie desconhecido para as outras pessoas, mas naquele momento era somente ela e o abraço que ela recebia da imensidão azul.

Stars On My Scars- Remus Lupin Onde histórias criam vida. Descubra agora