II

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  Estava rindo igual louca por causa da formiguinha que passou na parede, me deitei na cama olhando para o teto vendo uma vaca voando me fazendo rir mais ainda, realmente parecia que eu estava voando.

Ouvi uma voz distante me chamar e cada vez eu ficava mais perto, com dificuldade me sentei pois estava tendo alucinações que estava deitada em uma gelatina.

Olhei para frente vendo o Hades e o Poseidon me encarando rindo também me fazendo rir mais ainda, senti o Poseidon segurar meus ombros fazendo caretas engraçadas fazendo meu estômago doer, eu nunca estive tão feliz e risonha em minha vida, aquilo era incrível.


: Poseidon meu amor, você é tão babaca e tão gostoso. - ri  alto vendo ele rir também junto com o Hades - 


 Vi o Hades segurar o Poseidon falando piadas para ele o fazendo rir igual a mim, os dois me olharam com a cara pintada de palhaço me fazendo deitar na cama versão gelatina de tanto que ri. 
Olhei em volta vedo que eles não estavam mais ali, meus olhos fecharam por um estante tentando controlar a risada.


°°°


  Acordei animada, aquilo realmente tinha me feito bem, eu estava tão leve igual uma pena e a sensação foi incrível.


  Me levantei saindo do quarto vendo minha mãe chegar com meu pai, os dois conversavam sobre algo que pelo visto era bom pois ambos sorriam muito, aquilo me dava uma paz tão grande.


Medusa: Querida finalmente acordou. - sorriu me abraçando - 

Tupã: O que te fez rir tanto ontem? - me olhou curioso - 

 Pelo visto eu dormi muito.

: Lembrei de uma coisa. - sorri sem graça - 

Medusa: Tem haver com o Poseidon não é mesmo? - me olhou - 

: Como que...

Tupã: Enquanto ria você o xingou de babaca e disse que ele era um gostoso. - me respondeu - 

Medusa: O que ele fez com você? 

: Nada demais. - me sentei na cadeira sentindo um nó na garganta se formou enquanto eu olhava para o teto - 


  Eu sei que nossa relação era só por causa da profecia e dos status, que não existia amor entre nós três mas por que aquela simples coisa doía tanto? 

  Só de lembrar disso uma leve vontade de tomar aquelas pílulas veio me fazendo bufar.


Tupã: Eu sei que não nós conhecemos muito. - olhei para ele que se aproximou - : Mas pode contar com a gente para qualquer coisa, pode desabafar iremos te entender. - sorriu - 


Desabafar? nunca tinha desabafado com ninguém.


: Não precisa, eu estou bem. - forcei um sorriso - 


 O olhar de pena dos dois era notável me deixando frustrada de ser alvo de pena, queria mostrar para eles que eu não era motivo de pena. 


Tupã: O que acha de conhecer o mudo dos Deuses brasileiros? - sorriu - 


  Não estava muito animada mas concordei porém antes de ir peguei o saco com as pílulas colocando no bolso. 




°°°


Aquilo era realmente lindo mas não conseguia me deixar feliz, estava com raiva de mim mesma por estar tão triste por causa de um homem.

 Sem ninguém ver ingeri uma pílula para ficar mais animada e por sorte funcionou.

 Estava vendo o mundo diferente, com qualquer estava rindo e isso estava deixando meu pai feliz isso era visível em seu sorriso enorme que tinha em seu lábios.



  Quando chegamos já tarde da noite o efeito tinha se passado me deixando triste pois queria ter aquela sensação novamente.

 Por algum motivo curiosidade sobre aquilo era.


: Mãe, pai. - ambos me olharam - : O que são pílulas que deixam as pessoas felizes e tendo alucinações? 


Tupã: Drogas. - bebeu vinho - 

: Drogas? - o olhei confusa - 

Medusa: Drogas são substâncias proibidas no mundo humano, elas são perigosas a ponto de destruir a vida de alguém. - me olhou - 

Tupã: Nunca aceite de ninguém!


 Abaixei a cabeça pensativa sobre o assunto, nunca tinha ouvido essa palavra antes, e como que algo que nos deixa feliz pode nos destruir? 


  Depois do jantar fui para o meu quarto com a cabeça avoada até que meu corpo pediu pela aquelas pílulas novamente.

Peguei o saquinho pensando se realmente devia as toma-las depois daquele aviso, fui até a janela ameaçando joga-las fora, para parar com aquilo de uma vez.



°°°



  Novamente estava rindo loucamente enquanto me divertia com as alucinações, me sentia voando nas nuvens até que me inclinei caindo no chão que parecia uma lagoa, passei meu braço em um local que não vi sentindo algo escorrer nele e quando olhei era chocolate me fazendo rir mais ainda, tinha chocolate saindo de mim e aquilo era extremamente engraçado e divertido, procurei o que tinha feito aquilo para tirar mais chocolate de mim mas infelizmente não achei, voltei a rir igual louca ao ouvir vozes me contando piadas e histórias engraçadas. 


  Acordei feliz, não tinha como aquela pílulas me destruírem, acho que elas não são drogas, elas estavam me deixando extremamente feliz e me fazendo esquecer de tudo.

Me sentei na cama olhando pra o braço que tinha saído chocolate ontem vendo um corte grande junto com sangue seco que estava o cobrindo por completo me deixando confusa.

As três faces do amor. ( O amanhecer )Onde histórias criam vida. Descubra agora