XVII

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Abri meus olhos, eu estava naquele quarto branco, olhei em volta não vendo nada além do branco que machucava meus olhos, tentei me levantar mas avia uma camisa de força em meu corpo, logo a porta se abriu mostrando um homem de idade com jaleco branco. 


- Vejo que está melhor Megan. - O sorriso dele era gentil.

- Quem é você? Onde estou? -

- Não se lembra? - Neguei com a cabeça. 

 O médico se sentou na beira da cama. 

- Aqui é o instituto psiquiátrico de São Paulo. - 

- O que? Instituto psiquiátrico? São Paulo? - 


 Abri meus olhos vendo o céu azul, eu estava dormindo no meio do Hades e do Poseidon que sussurravam entre si em uma conversa. 

Senti Hades me beijar. 


- Nossa bela adormecida acordou. - Hades brincou.


 Ouvi Poseidon resmungar como sempre. Caminhamos para a casa, Hades tinha deixado o submundo nas mãos do Belzebu, Poseidon teve a opção de deixar o oceano com Zeus, mas preferiu não arriscar. 

   Fiquei observando Hades preparar o jantar, eu estava sentada no colo do Poseidon que bebia tranquilamente o vinho, olhei em volta, em cada detalhe, senti um aquecimento no peito desejando que aquilo nunca acabasse.


- Gente. - Eles olharam para mim. - Vocês conhecem algum lugar chamando São Paulo? 


- São Paulo? - Hades me encarou sério. 

- Algum problema? -

- São Paulo é uma cidade brasileira. - A voz do Poseidon ecoou. - Mas não se importe com isso. 


As três faces do amor. ( O amanhecer )Onde histórias criam vida. Descubra agora