Capítulo doze.

61 5 5
                                    

• Antes de começar queria indicar uma música pra que vocês ouçam assim que eu mencionar "play" durante o capítulo. Ela é perfeita pra cena, vai se encaixar muito e vai levar vocês pra outra dimensão.

Música: Eyes on Fire — Blue Fundation

Bom capítulo, xoxo, beá <3

/

Pela primeira vez eu vi o Josh desconcertado, suas bochechas estavam coradas e ele não conseguia me olhar direito. Não faço ideia se ele já se declarou pra alguém ou se ao menos namorou. Joshua sempre passou a imagem de ser muito bem resolvido, calmo, sabe oque falar e quando falar. Vê-lo assim era até que cômico.

– É... eu recebi uma mensagem do Krys, eles querem fazer uma parada pra ir no banheiro e esticar um pouco as pernas. – digo.

– Tudo bem, tem uma lanchonete em alguns quilômetros, dou seta um pouco antes de entrar. – ele responde calmo e eu encaminho a mensagem pra Sabina.

Tentando quebrar o gelo continuo a conversa.

– Acho que você vai gostar da casa de campo, é aconchegante, tem uns jogos bem legais e o melhor de tudo, uma floresta enorme. – falo animada.

– Isso me fez lembrar de uma coisa. – ele se vira e olha pra mim. – Não teve mais problemas com sua inquietação?

– Hum, bom, é uma coisa que eu aprendi a lidar. Mas com certeza eu vou me sentir melhor no campo, na floresta. – brinco com meus dedos. – Tenho um pouco de medo sobre o assunto.

– Por qual motivo? Você é diferente, isso é incrível! – Joshua diz animado.

– Eu já li e vi muitas distopias em livros e filmes, não é muito legal ser diferente.

– Só que aqui é o mundo real, Any. Ser diferente não vai ser um ato de revolução.

– Será? Eu não sei oque pode acontecer quando eu falar pros meus pais que talvez eu não pertença a nenhum guardião, mas sim que eu criei outro, sei lá. – balanço minha cabeça confusa. – Se é que a fênix é um guardião.

– Eu acho que a fênix pode sim mudar tudo, mas pra melhor. Eu a vi pelos seus olhos e minha intuição não falha, isso é bom, ela é boa!

– Eu espero que sim... – respiro fundo

Josh entra com o carro no estacionamento da lanchonete. Tomamos um chocolate quente se seguimos viagem.

/

Finalmente depois de algumas chegamos a casa de campo. Somos recepcionados pelos caseiros, a família Bravo, os conheço desde que me entendo por gente. São adoráveis.

Todos se instalam nos quartos, eu fiquei no meu que foi construído estrategicamente de frente pra floresta. Já são mais ou menos 22:40, está chovendo e o clima das árvores, o vento frio e as janelas grandes transparentes fazem meu coração se acalmar imediatamente. Eu amo esse clima, amo esse lugar, me sinto em casa.

A casa de campo tem uma estrutura que foi feita pros visitantes se sentirem confortáveis. É feita com madeira e um ar mais moderno. Tem lareira, sala de livros, jogos, e tudo que alguém precisa pra se manter ativo.

Colocamos a comida na geladeira e pegamos nossas cobertas pra nos sentar na sala de estar. Está frio, então já ligamos a lareira pra esquentar. É óbvio que Krystian e Bailey trouxeram bebidas, e ali mesmo já começamos a virar alguns shots.

– Podíamos tentar nos conectar com os guardiões, como na noite da fogueira. Vai ser uma experiência legal. – Krys sugere.

– Não acha que já estamos com muito álcool no sangue? – Brinco.

– Acho que vai ser legal. – Josh diz. – Eu nunca vou me cansar de saber a qual guardião eu pertenco.

Savannah retira o livro dos guardiões e coloca no nosso centro. Nos aproximamos e ficamos envolta da lareira. É sempre muito incrível quando vamos nos conectar, tudo ao nosso redor muda, como se o chão sumisse, ficamos mais leves e a tranquilos.

Josh começa e é lindo ver sua admiração. Do fogo surge a imagem do leão rugindo. Seus olhos brilham, ele está radiante. Bailey, Sabina, Krystian e Savannah fazem o mesmo.

Chega minha vez, estou com medo, medo dos meus amigos descobrirem oque de fato está acontecendo na minha vida. Fecho meus olhos sentindo a onda enérgica passar por todo meu corpo. Minha pele está quente, quase pegando fogo. Abro meus olhos e como uma pintura viva, a fênix surge diante de mim. Viva, colorida e surreal.

– Any? – Sabina grita assustada.

– Calma, ela tá bem. – Josh intervém e segura nas minhas mãos. – Você está bem, não está?

– Sim... – respondo baixo.

– Que bom! – Bailey diz me encarando assutado. – Porque seus olhos estão laranjas.

Balanço a cabeça e me levanto correndo indo pro meu quarto. Droga, aparentemente tudo tem que acontecer comigo. Sempre tive essa sensação de ser diferente, de me sentir inquieta, mas uma fênix? Porra, eu não sei oque fazer.

Ouço alguém entrar no quarto, só não sei quem é.

– Não estou muito afim de conversar agora... – digo chateada.

– Eu também não ia querer.

É Joshua. Ele se senta silenciosamente do meu lado.

– Acha que eles podem me odiar ou achar que sou uma aberração? – pergunto.

*PLAY*

– Any, claro que não. Essas pessoas que estão aqui te amam! – ele me olha com paixão.

– Você me ama? – questiono o olhando intensamente.

Joshua se vira pra mim e estende a mão. Eu me levanto e ele passa a mão levemente no meu rosto. Sinto meu rosto queimar.

– Meu coração queima toda vez que te vejo. – seus dedos deslizam até minha boca. – Eu queimo por você, Any! Amar é supérfluo perto do que sinto.

– Eu também queimo por você, Joshua!

Neste momento não existia mais Any e Joshua. Somos apenas dois adolescentes na flor da pele. Ansiosos, quentes e com sentimentos reprimidos.

/

Oie, novamente só postando Fênix porque AMO escrever essa história. Não é mais por views, comentários e curtidas, é só eu e meu mundinho que é compartilhado com vocês.

Xoxo, beá <3

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jan 23 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Fênix ─ A revelaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora