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- — Bom dia!—eu falo com a bebê que já acordou me procurando.

— dia!—ela fala meio embolado por conta da chupeta.

— Tá pronta pra viajar?—eu deixo ela em cima da cama e vou verificando os armários pra me certificar de que eu não tenha esquecido nada.

— xim!—ela fala descendo da cama e indo em direção a minha mala.

Não sei o que ela viu nessa mala, mas ela ficou impressionada kkkkk.

— Pronto.—eu pego ela no colo, pego nossas malas e vou pra fora de casa.

— Maia.—ela fala apontando pra mala.

— Vai lá.—eu deixo ela no chão e toco no app da Uber, chamo um carro pra me levar até o aeroporto e fico esperando por alguns minutos.

— vamos Ayana.—eu chamo por ela já com as malas nas mãos.

— Boia.—o motorista abre o porta malas e me ajuda a colocar as malas lá dentro.

Entro no carro junto com a Ayana e ele dá a partida no carro

— Tête.—ela fala pondo a mão no meu peito.

— Agora?—eu pergunto já sabendo a resposta.

— xim.—eu ergo minha blusa pro lado e dou meu peito a ela.

Quando minha mãe faleceu no parto, eles me deram duas opções, ou de começar a dar fórmula pra ela, ou começar a produzir leite. Eu escolhi essa opção porque além de ser mais saudável pra ela, eu fico menos preocupada em gastar dinheiro com fórmulas.

— Chegamos.—ele informa, saindo do carro pra pegar as malas.

— Pessoal daqui é tudo sem sal, eu hein, se fosse no rio já tava marcando até churrasco com o motorista.

Saio do carro com ela no meu peito mesmo, pago o motorista no pix, pego minhas malas com um pouco de dificuldade e entro no aeroporto

— Ayana, vamos ali comer algo.—eu falo mais pra mim do que pra ela.

Deixo minhas malas em frente a um banco e vou até uma padaria de salgados que tinha dentro do aeroporto mesmo.

—  Bom dia! O que deseja?—a atendente  dá um sorriso simpático.

— Bom dia! Vou querer dois pães de queijo desses grande aí, e um Dell vale de uva, por favor.

— Ok.—ela embala tudo e me entrega.—qual a forma de pagamento?

— Quanto deu?—respondo sua pergunta com outra.

— Oito reais
— Vai ser no débito.—ela me mostra a maquininha e eu aproximo o meu cartão, pagando os salgado e o meu suco.

—  Obrigada, tenha uma boa viagem.—ela deseja.

— Obrigada.—eu volto pro meu lugar e me sento.

—  Tejo—-a Ayana pergunta apontando pro meu salgado.

— Sim, é de queijo, você quer?—eu ofereço a ela.

— Naum mamãe.—ela fala voltando a mamar e eu, a comer.

Engraçado que por mais que eu não seja mãe dela, eu sinto uma conexão muito forte com ela, como se fosse de mãe e filha mesmo, por isso que eu não me importo que ela me chame de mãe, e também não espalho por aí que ela não é minha filha.

— Vidinha, nosso vôo foi chamado já.—eu guardo meus salgados, pego as nossas malas e caminho em direção a entrada do avião.

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