Tudo começou quando minha mãe faleceu e deixou uma bebê pra eu cuidar, e pra piorar, sem lugar pra morar, minha única opção foi viajar pro meu antigo estado. Rio de janeiro.
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– O que houve ente você e o meu pai que ele saiu com uma cara feia? – Discussão por conta de colchão – Me conta essa–eu falo rindo
Ela me conta a história.
– Vocês são foda cara, vai acabar dando rolo isso daí – Seu pai tem mulher, e ela é sua madrasta – Minha madrasta é o caralho, aquela víbora–eu falo e ela começa a rir – Tá tocando a música que eu gosto–ela fala dançando na cadeira – Bora sambar, tô a dias sem me mexer direito – Bora, gostei da idéia–ela já se levanta sambando e me puxa pra rodinha de pagode que tava rolando ali – Aí como samba–ela fala rindo
Tava tudo bem até aquela piranha chegar
– Miga, tá dando minha hora–ela fala – A não vida, fica mais um pouco – Vamos lá pra casa? – Pode ser, posso dormir lá? – Pode, melhor ainda. Vou lá buscar a Ayana–ela vai em direção a porta de casa e entra, assim que ela entra a lambisgoia da namorada do meu pai entra atrás
Até então eu achei que ela ia pegar alguma coisa né, só que ela entrou gritando igual uma maluca
– Agora pronto, filha da puta–eu vou em direção a casa e meu pai me chama – Que foi? – Tá escutando a gritaria que a sua mulher tá fazendo lá dentro não? A Ayana tá dormindo cara–eu entro na casa e tá ela expulsando a Júlia de lá de casa
– Entrou na casa do meu namorado, entrou no quarto dele pra que?–ela pergunta gritando – Pra que você quer saber? Vai te afetar em algo? – Claro que vai–ela fala–não quero você aqui não – Você acha que você tá falando com quem?–eu falo me metendo–primeiro, pode ralando de dentro da minha casa que ninguém te chamou aqui–eu peito ela pra fora de casa
Meu pai vem em nossa direção e tenta falar com a Júlia.
– O que acon...–ela interrompe ele – Tô indo embora, pode ficar tranquilo que dá próxima eu arrumo um lugar pra minha filha dormir sossegada–ela fala com a Ayana chorando no colo dela
