Capítulo 3

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Mondtstadt: Cidade

Diferente de Diluc, Kaeya sempre foi bastante resolvido com sua sexualidade, saia com as pessoas independente do gênero, e nunca se importou com comentários homofóbicos.

Já teve pessoas dizendo que ele era apenas um "gay incubado" mas ele nunca ligou, ele sabia o que era, já estava acostumado com a invalidação de pessoas bissexuais e pansexuais.

Até para explicar que a única diferença de bi e pan são o contexto histórico era um sofrimento.

Ele se já pensou que era gay, mas se relacionou mulheres e gostou tanto quanto de se relacionar com homens.

Mesmo sendo experiente, a única pessoa que ele amou verdadeiramente foi Diluc, e sempre foi um amor puro, o sentimento de querer cuidar e proteger o outro era incondicional.

E pela primeira vez teve um sonho erótico com o mesmo, já era acostumado a ter sonhos do tipo, mas sendo com Diluc foi um surto.

Depois do que aconteceu na taverna Kaeya evitou todos os lugares que Diluc ia, principalmente o bar.

Não esperava que encontraria ele ontem tão tarde da noite, ainda mais segurando livros.

O que despertou a curiosidade de Kaeya, ele até iria descer pra perguntar sobre mas depois do que Diluc disse ele ficou em tela azul.

"Na verdade eu gostei muito" as palavras do ruivo soou na mente de Kaeya, o que obviamente gerou muitas dúvidas na cabeça do azulado.

"Ele sente o mesmo por mim? Não não, ele me odiou todo esse tempo, isso seria possível? Além do mais, desde quando ele gosta de ler livros da biblioteca!?"

Ele já tinha superado o fato de que não conseguiria ter nada com o ruivo, mas após o acontecido de ontem a noite ele começou a questionar se realmente era um "fato".

Ele pensava que se tivesse alguma chance faria uma declaração planejada junto com um pedido de namoro, mas acabou que soltou tudo enquanto estava bêbado em um bar.

"Será que poderíamos ser um casal feliz? Como seria se fossemos namorados?"

As esperanças antes apagadas voltaram a ascender e Kaeya queria fazer de tudo pra conquistar Diluc.

E caso não consiga ele renunciaria os próprios sentimentos para não perder Diluc.

Perdido em pensamentos ele decide dar uma volta pela cidade, que por sinal estava morta, nada acontecia e tudo estava calmo.

Nem mesmo os irmãos viajantes ele tinha visto recentemente, provavelmente ambos estão se divertindo mais do que ele.

"Aether deve estar em liyue agora né? Ou será que já partiu para sumeru? Queria fazer uma visita pra ele, acho que seria uma boa."

Ele pensou em até pedir conselhos sobre a situação do Diluc para o loiro, já que o mesmo era mente aberta e namorava um tal de Xiao.

Kaeya fez todas suas obrigações do dia e foi conversar com Jean no quartel.

- Férias? No meio da semana? Você sabe que temos poucos cavaleiros aqui na cidade, metade saiu para trabalhos fora, se algo acontecer toda a ajuda será necessária.

- Jean, essa cidade tá parada! Nada vai acontecer, confie em mim, vai ficar tudo bem.

- Okay, eu deixo você tirar férias mais cedo.

- Sério!? Muito obrigado Jean, você é a melhor, tchauzinho!

Kaeya foi em direção a porta e antes de relar na maçaneta ouviu a voz feminina voltar a falar.

- Eu deixo você ir se me der um motivo plausível pra isso.

"Estou indo em busca do meu camarada Aether para pedir conselhos amorosos de como conquistar meu amor. Fora de cogitação, não vou falar isso"

- São motivos pessoais, mas posso fazer um relatório assim que eu voltar, se você quiser.

Assim que Jean foi se opor a resposta de Kaeya, outra pessoa entrou no escritório da loira.

- Amor? Oh, Kaeya você está aqui também.

- E aí Lisa, amor hein? Clima de casal, não tô afim de ficar de vela então já vou indo, obrigado Jean fui!

- Espere Kaeya!

Nessa hora o Kaeya já estava longe saindo correndo pelo portão principal, e Jean suspirou.

- Onde ele foi?

- Ele pediu para entrar de férias mais cedo, por "motivos pessoais" besteira, é só desculpa pra fugir do trabalho.

- Hehe, acho que sei quais motivos pessoais são esses, começa com D e termina com Luc.

- Diluc? O que aconteceu com eles?

- Ora meu amor, Kae é apaixonado pelo ruivinho, depois do que a Rosaria me contou eu tenho certeza que ele tá surtando e precisa esfriar a cabeça.

- Vocês duas deveriam fofocar menos e trabalhar mais!

- Ah deixe disso, vem aqui dar um beijo na sua esposa.

Nesse momento Kaeya viu que já estava longe o bastante do quartel e sentou no branco que tinha perto da casa de Mona.

- Tá parecendo um fugitivo correndo desse jeito.

- Caralho! Da onde você veio sua perseguidora.

Nenhuma surpresa que a pessoa que apareceu era Rosaria, a rosada é uma ótima espiã e muito ágil, além dos ótimos ouvidos.

- Você vai viajar pra onde, pode desembuchar.

- Oi pra você também Rosaria.
Eu tô' indo pra liyue me encontrar com Aether, preciso de uns...conselhos.

- Conselhos? porque você não veio me pedir, pediu até férias pra isso?

- Você é uma péssima conselheira Rosaria.

- Eu também te amo.
Vai, tenta aí, me pergunte.

Enquanto Kaeya pensava se falava ou não, Rosaria se sentou do seu lado com as pernas cruzadas.

- O que você diria se eu quisesse saber uma maneira pra conquistar o Diluc?

- Dar pra ele seria uma boa forma.

O rosto de Kaeya se formou em um grande o.

- Que!? Eu tenho cara de passivo por acaso?

- E não é? Chocada.

Rosaria começou a rir da cara de espanto que Kaeya fazia, a mesma sempre achou que Kaeya sempre era o passivo em todos seus relacionamentos com homens.

O que fez uma chave virar na sua cabeça. "Nunca conversamos sobre ele ser passivo ou ativo, será que ele é versátil?"

Rosaria foi tirada de seus pensamentos com o Kaeya se levantando do banco.

- Você não ajudou em nada, e eu não sou passivo!

- Praque todo esse medo de dar o cu?

- Você! Argh, sério, adeus Rosaria!

Ela fica para trás rindo do amigo enquanto ele some na sua frente.

As conversas entre eles sempre foram desse jeito, descontraídas e sem filtro, mas ela sabia que o amigo ficaria bem depois.

A distância entre nós - (KaeLuc)Onde histórias criam vida. Descubra agora