Capítulo 11

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"É muito bom estar de volta, somos jovens de novo e tudo pode seguir caminhos diferentes." Foi o primeiro pensamento que Kaeya teve, após todo esse tempo se questionando como seria voltar no tempo sem as memórias que ganhou ao longo da vida, e agora ela vai viver tudo isso.

A luz do sol entrando pela janela e as cortinas balançavam, parecia o dia perfeito. "Se eu voltei pra antes do Crepus morrer, então somos adolescentes de novo."

Kaeya novamente era o único que ama a Diluc, tudo de novo..

"É, não podemos ter tudo na vida né"
Kaeya pensou e riu pelo senso de humor que ele sempre teve, como uma forma de se proteger da tristeza que sentia.

- Kaeya? vim informar que o jovem precisa se levantar, Crepus quer tomar café da manhã com você e Diluc.

A voz soo por de trás da porta, era a voz de Adelinde, Crepus realmente estava vivo.

- Já estou indo Adelinde, avise eles que desço em um segundo.

Kaeya se trocou e desceu rapidamente para a sala, Crepus estava lá, o homem que cuidou e criou ele como seu próprio filho, ele estava vivo.

Kaeya sentia o peso e culpa, nesse momento ele apenas pensava em ir embora da casa e deixar os dois vivendo felizes, mas, ele não podia, iria retribuir e estar com eles o máximo possível.

- Kaka! Filho venha aqui, vamos tomar café, coma antes que esfrie.

Kaka foi o apelido que Kaeya ganhou de Crepus quando ainda era uma criança, era muito constrangedor ouvir aquilo sendo um homen já crescido, mas nessa realidade ele ainda é só um menino.

- Bom dia Kae, mais tarde você quer ir treinar comigo nas linha ley?

Diluc sempre treinava depois de fazer duas tarefas e ajudar o pai, ele ganhou sua visão bem cedo, e sempre se orgulhou dela, mesmo mantendo a alegria pra si.

Os trajes que ele usa é sofisticado e elegante, digno de um filho de um pai com tanta influência em Mondtstadt. As cores vermelhas e pretas destacavam ele de uma forma brilhante.

Kaeya poderia de apaixonar pela milésima vez apenas o admirando, mas desviou o olhar tentando não corar.

- Mas é claro, quem recusa um treinamento, não é mesmo? Podemos apostar quem termina o desafio antes.

- Hm? Você pensa que vai ganhar de mim? Tente.

Diluc deu um sorriso de lado e voltou a comer, "não vejo ele sorrindo a anos..", Kaeya abriria mão da sua visão em quantas vidas ele pudesse, apenas para ver Diluc voltando a sorrir.

Crepus observava a conversa enquanto lia seu jornal e bebia um café amargo.

- Nada de briga em meninos, aproveitem a tarde, eu vou precisar ir pro trabalho agora, então se divirtam.

Crepus se levanta da mesa e bagunça o cabelo dos dois, pegando sua espada e saindo da Adega.

Diluc se aproxima de Kaeya e fala baixinho no seu ouvido.

- Você quer roubar uns vinhos e deitar na montanha?

Eles viviam fazendo isso toda vez que saiam pra treinar, Kaeya se sentia tão nostálgico que começa a rir da "rebeldia" de Diluc, o ruivo conseguia ser bem divertido antes de tudo.

- Oh? O filho certinho quer quebrar as regras e beber escondido? Haha, eu com certeza topo.

Os dois saíram da mesa e pegaram seus pertences principais e suas espadas, saíram corrente pelos fundos da casa para pegar uma garrafa e fugir antes de Adelinde pegar eles.

A distância entre nós - (KaeLuc)Onde histórias criam vida. Descubra agora