Logo de manhã, Crepus sentiu falta dos meninos pra tomar café, e foi procurar eles no quarto, cuja porta não estava trancada, e os dois muito menos vestidos. Aquela cena dos dois deitamos na cama abraçados sem roupa ficaria na mente dele.Crepus era um homem rígido mas mente aberta, mas aquilo era muito pra cabeça velha dele, principalmente porque ele via os dois como irmãos, e pensava que os mesmo se viam assim.
Ele não disse nada, apenas fechou a porta de novo e desceu pra sala, abriu um whisky e tomou um copo cheio.
- Adelinde.. venha aqui por favor. -Crepus chama uma das empregadas da casa-
- Sim?
- O que você acha sobre..os..err.. como posso dizer, os homossexuais? -A dúvida repentina deixou Adelinde com uma cara confusa-
- Desculpa senhor, não entendi sua pergunta, mas se você quer saber se eu acho certo, então a resposta é sim.
- Se fosse um filho seu...você ainda acharia?
- Senhor, acho que está meio tarde pra você ter essas duvidas-
- Não não! Você confundiu, eu só estou tentando ser um pouco mente aberta.
- Entendo..bom, se fosse filho meu, ainda sim acharia normal, ninguém escolhe quem amar, não é mesmo? Você escolheu amar sua esposa?
As lembranças da sua mulher já falecida vem a mente, todos os bons momentos que passaram juntos, o primeiro encontro, o namoro, e principalmente o casamento, onde Crepus chorou igual uma criancinha ao vê-la entrar com vestido de noiva. Quando eles tiveram Diluc e caiu a ficha que era pai, todas essas memórias fizeram ele sorrir, mas uma lágrima escorreu do seus olhos.
Quando ele encontrou Kaeya e o trouxe pra casa, cuidou dele do mesmo jeito que cuidou de Diluc, ele ama os dois intensamente.
- Sim, você está certa, não se escolhe algo do tipo. Esse mundo.. é perigoso. Diluc não escolheria sofrer com isso.-Adelinde que ainda estava de pé ao lado de Crepus arregalou os olhos.-
- O Luc? Ele..
- Aparentemente sim. Ah e não comente nada por favor, quero conversar com ele em particular.
- Entendo, isso foi uma notícia e tanto pro senhor imagino.
- Foi, eu pensei que ele se casaria com uma mulher um dia, teria filhos...bem, ele parecia feliz, e a felicidade dele é mais importante que tudo. -Ele solta um sorriso triste- Vou ter que desfazer essa imagem que criei.
- Não é necessário desfazer isso, ele ainda continua sendo seu filho, isso é um tema delicado, você deveria apoiar e proteger, ele vai precisar do pai dele nesse processo.
- Obrigado por isso, desculpa te incomodar. Ah, Moco e Hillie já estão vindo, você já pode ir embora descansar. -Adelinde acena com a cabeça e se retira-
Após ela sair, Kaeya e Diluc desceram as escadas indo na direção da cozinha, onde Crepus estava.
- Bom dia, pai. -Kaeya e Diluc disseram juntos-
- Bom dia filho..e Kaeya. Mais tarde preciso conversar com vocês dois. -Crepus rapidamente se levanta da mesa e sai de casa.-
- E Kaeya? O que foi isso? Ele sempre me chama de filho também.
Kaeya ficou triste com a ação inesperada de Crepus, pensava que tinha feito algo errado, mas o mais velho apenas estava tentando descontruir a imagem de Kaeya como filho, para poder lidar melhor com a relação do seu filho e dele.
Kaeya não queria pensar sobre isso agora, ele precisava ir procurar por Rosaria, ela provavelmente já entrou pra igreja como freira, o que não faz o menor sentido, porque além de ser ateu ela não usa roupas de uma freira.
- Eu preciso ir pra igreja, você vai ir pra taverna?
- Você vai confessar pra Barbara é?
- Haha, muito engraçado. Preciso procurar uma pessoa, vamos juntos, já te deixo na taverna.
- Namorado protetor. -Luc diz com um sarcasmo na voz-
Diluc conseguia ver as engrenagens do cérebro dele se movimentando agora, e apenas riu da situação.
- Somos namorados? -Kaeya finalmente sai do choque e consegue perguntar-
- Hum? Você quer definir nossa relação tão cedo?
- Ah, não, tudo bem, quando você souber o que é a gente pode conversar e-
- Eu sou gay. -Kaeya se engasgou com a saliva e sentiu um déjà vu-
- Simples assim? Então, eu sou pan.
- Ficaria mais surpreso se me contasse que é gay, você é mulherengo desde sempre. -Diluc da de ombros indo em direção a porta- Vamos logo.
Fazia um tempo que Kaeya ficou enrolando pra ir procurar Rosaria, e agora tomou coragem. Chegando na igreja procurou primeiro por Barbara, e quando a viu teve flash becks dela tentando parar seu sangramento.
- Ei, você aí. -Uma vez feminina surge atrás de Kaeya-
- Merda! Que susto -Kaeya se vira de forma abrupta-
- Oi Kaeya. Quanto tempo. Finalmente consegui me lembrar, de onde conheço você.
A maneira como Rosaria disse a frase sanou a dúvida que Kaeya tinha, Rosaria se lembrava de tudo, e sabia que tinham voltado no tempo. Então eventualmente Diluc também se lembraria.
- Rosaria..
- Pare de me olhar com essa cara de quem sentiu minha falta. Vamos conversar em outro lugar.
Espinha do dragão: Laboratório do Alberto
- Tinha tantos lugares pra conversar, tipo, na onde não era frio.
- Aqui é mais seguro, para de reclamar.
O laboratório de albedo tinha várias todas de fogo, e duas cadeiras pra se sentar. Os dois se sentaram e começaram a conversa.
- Você sabe de tudo?
- Eu sei que você é um burro que fez algum contrato que te trouxe de volta a vida. Depois de eu ter chorado na sua morte. Mas isso não foi nem o pior, o pior foi que eu simplesmente tomei consciência de que voltamos no tempo.
Kaeya suspira e explica o que aconteceu pra Rosaria, sobre o contrato que fez com Morax e tudo relacionado.
- Não sei se te mato de novo ou fico feliz. Francamente. Deve ter um motivo pra gente lembrar. Você procurou pelos dois deuses que você fez contrato?
- Sim, falei com Barbatos mas ele não apareceu de novo.
- Maldito bardo preguiçoso. Ele deve estar bebendo por aí e te evitando.
- Não dúvido muito disso. Mas a gente se lembrar de tudo não é o certo. Até mesmo ele ficou surpreso que eu lembrava. Assim como você o Diluc também tá tendo uns sonhos sobre o que aconteceu.
- Isso deve ser alguma coisa que você não observou quando assinou o contrato. Além do mais, cadê sua visão?
- Eu não tenho mais. Fazia parte do contrato.
- Você escolheu ficar sem visão por causa de macho? Espero que a pica dele seja maior que a sua.
- Rosaria!
- Eu nada! Você é burro! Sério, você vai procurar esses arcontes e ver o que tá acontecendo. E eu vou junto com você.
- Eu senti sua falta Rose. - Kaeya disse lentamente-
- Eu também senti, idiota. -Rosaria sorriu de volta pra ele-
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A distância entre nós - (KaeLuc)
Fiksi PenggemarA infância de kaeya sempre foi conturbada, ter crescido junto de Diluc deu á ele a esperança de uma vida feliz, mas desde criança ele sabia sobre seus sentimentos, ele nunca viu Diluc como seu irmão, e Diluc descobre isso de forma inusitada, descobr...