Capítulo 14

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Após o trabalho eles não resistiram a tentação de beber uma garrafa de vinho, mas dessa vez ao invés de dividirem, cada um pegou uma garrafa e beberam como se fosse água.

Diluc foi o primeiro a ficar ruim, mesmo o vinho não tendo tanto álcool, ele ainda ficava bastante tonto.

Os dois já tinham voltado pra casa e beberam no chão do quarto de Kaeya, que por sinal era o maior quarto da casa, o que fazia Diluc pensar que não era o favorito de Crepus.

Kaeya virou para olhar Diluc, como sempre fazia quando tinha a oportunidade, reparar em cada detalhe dele jovem era nostálgico demais.

- Você me encara muito sabia, e não use a desculpa de estar bêbado.-ele diz deitando de frente para Kaeya-

- Difícil, você é muito bonito para não observar. -Kaeya diz sem pensar muito, naquele momento não importava-

O silêncio permaneceu no quarto após as palavras, mas não era desconfortável. Quase fez Kaeya pensar que era tão certo quanto as estrelas no céu.

Os olhos deles brilhavam em uma intensidade absurda, seus corpos pareciam imán. Eles estavam em uma distância grande, mas a química que sentiam fazia parecer tão perto.

- Você me considera seu irmão, Kae? -Diluc é o primeiro a quebrar o silêncio- Seria estranho se você respondesse que sim, considerando a situação atual.

Aquilo pegou Kaeya de surpresa, Diluc parecia desconfortável com a ideia de serem associados a irmãos, e nas lembranças que Kaeya tinha, Diluc não parecia se incomodar, mas nesse momento o ruivo estava incomodado.

"Estamos bêbados e Diluc tem a memória ruim, então foda-se" Kaeya avançou na direção do ruivo, selando seus lábios lentamente, o beijo foi se intensificando, e em nenhum momento Diluc se afastou.

- Isso responde sua pergunta? -Kaeya se afastou mas ainda se manteve perto, apenas para dizer a frase e voltar a beija-lo.-

Eles ficaram um bom tempo naquilo, ninguém queria separar o contato, o beijo agia como um calmante, suas mentes nubladas e seus corpos quentes, cada toque e mãos se espalhando pelo corpo um do outro era a melhor sensação que poderiam sentir.

- A quanto tempo você tá querendo minha boquinha linda em -Kaeya diz em puro sarcasmo-

- Ah não, o mais temido voltou, Kaeya irônico, me salvem me salvem!

- Shiuuuu, a barbara pode ouvir lá da catedral e vir de converter!

O efeito do álcool era totalmente visível agora, começando a fazer mais efeito ainda. Os dois ficaram rindo por um bom tempo, até Crepus entrar no quarto sem um aviso.

- Vocês! O que é essa barulheira!?- Crepus analisa os dois jogados no chão, com as pupilas dilatadas e completamente bêbados, o sangue de Crepus começou a ferver-

Kaeya e Diluc se entre-olharam e começaram a levantar desesperado tentando ficar em pé, com várias tentativas falhas eles finalmente conseguiram.

Os dois correram para atrás da mesa de centro que tinha no quarto tentando se esquivar de Crepus, quando conseguiram saírem do quarto os dois caíram na risada enquanto corriam pela casa toda.

Adeline que estava lá ainda, apenas soltou uma risadinha baixa e colocou a mão na testa "esses dois não tem jeito".

A brincadeira não durou muito, Diluc foi tentar subir a escada e pisou errado, caindo de cara no degrau e fazendo Kaeya cair pra trás com a bunda pra cima.

Crepus levou os dois arrastados para o quarto e trancou os dois enquanto gritava com eles.

- NADA DE BEBIDAS, NADA DE TAVERNA E NADA SE TREINAMENTO! vocês vão ficar dentro dessa casa!

A distância entre nós - (KaeLuc)Onde histórias criam vida. Descubra agora